HELEU e o librianismo do artista

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Se você deseja saber onde estou, jamais confie somente nas suas verdades e certezas. Acredite que sabe pouco de você e menos ainda dos outros. É isto que justifica, respectivamente, viver e parceirizar-se em vida. E sendo assim, não me procure longe de mim nem distante de você. Se realmente me desejar, estarei sempre por aqui, que não se adverbializará por aí. É aqui mesmo, sem por nem tirar! O sucesso dos nossos achados dependerá do posicionamento físico e mental do procurado e do procurador. Neste momento, posso estar em seu pensamento ou em seu coração. Posso até não estar. A única incerteza é que, no cotidiano dos meus passos, revivo-me e revigoro-me. A certeza é que acredito nesta possibilidade. Sempre, no silêncio sonoro das palavras emanadas ao Universo, ecoo meu grito de esperança, ainda que neutra. E mais neutra será a audição não praticada frente às testemunhas cartoriais. Noutros momentos e tempos residuais, resido nos mais diversos olhares, e loco-me no fixo olhar d'alma, na calma e no vazio de um olhar que me preenche e me vivifica para novos olhares. Todavia, somente me realizo no grito dos amantes. Afinal, amo as diversas formas de amar e de fazer amor. Ilusão achar que sou apenas um artista, sou a própria arte em mim e por mim produzida, no coletivo d'outros que me apreciam e, sutil ou violentamente, me moldam ou me amordaçam, quando me divirto em risos ou em prantos. É assim a arte, como um tear. Ela me compõe e me recompõe. Independentemente do gênero que a denomina, revela-se, fernandinamente pessoal, na dupla vida de todo artista: é a representação da verdade até então omitida, a qual nos representa em procuração por nós mesmos proposta, assinada e reconhecida no cartório dos nossos bens sentimentais mais prezados e caros.


Arte, João D'Olyveira

HELEU e a Luz no Fim do Túnel

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LUZ NO FIM DO TÚNEL OU O PRÓPRIO TÚNEL?


Procurava por minhas publicações e me encontrei no interior de uma delas. Se todas elas eu encontrasse, em todas lá eu estaria. E me pus a pensar...


O elemento motivador do homem é a eterna procura. Procuramos tudo de quase tudo em quase tudo. Procuramos caminhos e soluções. Procuramos parceiros, amores... Procuramos soluções para os problemas que nós mesmos criamos em nossa caminhada. Mas, de que nos vale a luz no fim do túnel, se o mais importante, em vida, é o próprio túnel?
Se assim é, que possamos aproveitar a passagem, curtir o chão, o teto, as paredes desse túnel; e, especialmente, aqueles outros que transitam no mesmo túnel em que caminhamos, e tirar proveito dos seus “ensinares”! Sem medos, curtir a escuridão do túnel! É na escuridão que se valoriza a luz. É na escuridão que exercitamos o olhar, para o necessário ver.

E tudo porque, quando a luz chegar, na boca final desse túnel, uma das nossas vidas se encerrará. Sabedores disso, percebamos que essa luz apenas terá a função de iluminar novas entradas, jamais interiores, apenas portas e portões. Quando auxílio, janelas. E o entendimento é simples, ainda que desconfortável para alguns. Somos nós, nessa procura, os únicos responsáveis pela nossa própria "auto-iluminação".

Dessa forma, não mais percamos o nosso tão precioso tempo desejando a “luz no final do túnel”. Que possamos curtir, sem arrependimentos, o túnel que nos pertence, porque nós mesmos o projetamos!

E, no momento exato, essa luz surgirá, para iluminar nossa passagem para outro túnel, também projetado por nós, em razão do uso qualificado dos talentos que nos foram ofertados, a partir das divinas imagem e semelhança, e do livre arbítrio, que nos é singular, porque oferece plural.


Portanto, mais que pedir luz, que possamos obtê-la a partir das nossas ações cotidianas! Afinal, quanto mais significativas essas ações, mais luz no final do nosso túnel.


Boa caminhada!

João D’Olyveira

DESTAQUES DO MÊS