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HELEU e a lágrima comum





Um mestre do verso,
de olhar destemido,
disse-me uma vez,
com certa ironia:
"Se lágrima fosse de pedra, eu choraria".

Eu,
como sempre perdido,
choro a lágrima comum
que todos choram.

Embora não tenha,
nessas horas,
saudade do passado,
nem remorso ou mágoas menores,
há um rio de murmúrios da memória de meus olhos.

Quando aflora,
serve,
antes de tudo,
para aliviar o peso das palavras,
porque ninguém é de pedra...


Adaptação livre, por João D'Olyveira,
da introdução original de "Bebadosamba", de Paulinho da Viola




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