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HELEU e o equilíbrio (ou desequilíbrio) sentimental





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Sinto muito; logo, penso demais!



Enquanto os dias passam devagar ou depressa, nossos incômodos insistem em sobreviver sob luzes diferentes, fazendo com que nos tornemos impotentes para uma série de decisões, incluindo nesse emaranhado de tudo e mais um pouco as "coisas do coração". O que nos parecia resolvido volta à tona sem pedir licença. O denominado simples torna-se agora um ser deveras complicado. As respostas ofertadas, então vistas por nós como eloquentes, apresentam-se como itens quase indecifráveis, exigindo de nós outras respostas, que se tornarão novas questões, e assim sucessivamente. É uma "bola de neve" lançada na lama do pântano dos monstros que nós mesmos criamos. É como se tudo ressuscitasse das cinzas. Um "draculizar-se" em meio a zumbis que nos apavoram, criaturas que vão nos devorando pouco a pouco.


Nesses momentos, se buscarmos a fundo o porquê desse ressuscitar, é possível que possamos encontrar uma "brasinha encapetada", aquela que não se apagou, insistindo em sobreviver do nosso constante sopro humano, o qual ofertamos a "outro", sem querer e até sem perceber. Isto a cada lembrança, a cada imagem desenhada, a cada trago dos nossos estragos orgânicos. Uma espécie de remorso corrosivo que criamos em nossa alma. Um cancro que vai destruindo nossa tão prazerosa "colcha de retalhos". 

Em comparativo livre, podemos dizer que, como normalmente as dores físicas indicam transtornos físicos, os incômodos indicam "dores sentimentais". E todo tipo de dor, seja ela física ou sentimental, carece de merecidos cuidados. No específico, a aprendizagem é que as nossas "dores sentimentais" (ou nossos "incômodos") devem ser tratadas com percepções elevadas, exigindo de nós fórmulas para além da química terrestre. E como há casos e casos, cada qual deverá ser analisado diferentemente. Querer resolver essas questões a partir de uma única fórmula é  mergulhar em águas profundas, sem saber nadar.

Assim, durante esses "incômodos", que possamos iluminar a nossa própria consciência e ampliar nossa visão de mundo. Ouvir o outro e ouvir-se pode (e deve) ser percepção superior necessária. Talvez uma das mais significativas. Um cuidado, porém, é não querer se apresentar sempre como o "filho pródigo" das narrativas, porque essa personagem indica duplo sentido: experiência adquirida ou falta de objetividade. Ela pode ser interpretada, por quem assim desejar, como ausência de determinação e foco. Temos, então, que o "ir" e o "vir" são direitos adquiridos. Já o "saber ir" e o "saber vir" são aprendizagens.

Por essa razão, que os nossos movimentos de "ir e vir" e as nossas pertinentes decisões de "voltar ou não voltar" não sejam ações e reações incômodas, somente busca de solução. O importante mesmo é movimentar o coletivo do nosso ser, porque viver é e sempre será um eterno movimento, seja este progressivo (velocidade positiva), retrógrado (velocidade negativa), acelerado (aumento da velocidade) ou retardado ( diminuição da velocidade).

No dizer do Macaco Simão: "Quem fica parado é poste.". Sendo assim, o importante disso tudo é que os nossos movimentos estejam sempre em equilíbrio com a nossa bússola interna: mente, coração e porta aberta...caso queiramos voltar!


                                                                              João D'Olyveira 



HELEU e a alma




TOQUE 

A ALMA 

COM CALMA

TOQUE

TOC, TOC, TOC...



                                                                     João D'Olyveira

HELEU e a imprópria indecisão







Arquivo Pessoal

Por não entender suas idas e voltas,
essa sua indecisão,
simplesmente me ponho a escutar minha mente e meu coração.
A cada novo calo em meu falo,
nada falo pra não te sufocar.

Suas ligações não mais as atendo,
porque não mais as entendo,
não mais as compreendo,
não mais as interpreto,
não mais as consigo analisar.

Suas mensagens eletrônicas eu as apago,
cancelo os seus perfis nas redes sociais.
Em nossos mínimos contatos,
hoje quase sem tatos,
invento histórias,
tentando ganhar tempo pros comerciais.

No dia a dia leio, escrevo, desenho, toco e pinto;
componho muito ou nada  a cada arte produzida.
Na velha cadeira de balanço,
quase em loucura induzida,
descanso um corpo plenamente abduzido.

Levo comigo somente uma certeza:

nada de você me apavora.
Afinal você não tem hora, 
é meu agora e a hora que chegar.
É minha vasta memória,
uma gratificante história,
 que não inventei,
 pra ninguém contar.

Todavia,
por todas as minhas artérias e veias,
essas sanguíneas vias, 
quando estou quase curado das feridas,
desejando roupa limpa e nova vida,
colocar a casa em ordem na minha desordem,
botar no rosto um sorriso falso pra enganar e me enganar,
eis que você retorna ao lar doce lar.

Expiro, inspiro-me e suspiro,
enquanto você aos poucos novamente me entorna,
retorna, retoma, toma e torna a me indagar.
Daí  não tem mesmo jeito,
perco-me no sacrifício do silêncio,
porque você é um vício que não consigo largar.

Depois da entrega garrida,
no somar das horas escorridas,
ao seu lado ou do seu lado apaixonado,
apenas busco a felicidade cedida em andares ímpares,
jamais a perfeição dos pares carteados.

Depois do depois,

ouvindo no pen drive uma velha canção,
tento entender suas idas e voltas,
essa sua indecisão.
Num dia sou seu grande amor;
no outro, não!

                                                 João D’Olyveira


Inspirado na letra e música "Eu não entendo", Nenhum de Nós. 




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