HELEU e Fanny

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Fanny, onde foi que você se encondeu?
Fanny, por que ele e não eu?

Oh, Fanny!!!
Oh, Fanny!!!

Cadê você?

Venha , Fanny, matar me para que eu não morra. Socorra-me enquanto há tempo!

Fanny, outro dia te olhei de frente, e seu sorriso esfacelou a minha mente.
Tudo foi diferente, mas você não estava por lá. Era eu quem pensava, que você estava,
sem estar, sem estar, sem quase nunca estar.

Oh, Fanny!

Eu fiquei na espreita da mureta dos meus olhos, na mureta  dos olhos da sombra também,
na mureta da sala-de-estar do meu carro que nem sempre está lá,
tirando um sarro, dois sarros, três sarros.
Estacionados, ambos,  na esquina da vida dos carros e dos sarros, Fanny!

Que vida, Fanny!
Fanny, que vida?

Sem vida, sem carro, sem sarro, sem você...

E você, Fanny? Por que não apareceu? Por que não me disse olá, olé ou pelo menos adeus?
É...você nem me abençoou com seu sorriso, que me é tão preciso, meu duplo paraíso de pecado e salvação.

Oh, Fanny!
Fanny?

Fanny, onde foi que você se encondeu?
Fanny, por que ele e não eu?

Oh, Fanny...

Você sabe que te quero, te espero e te amo sem fim. Afinal o que começou um dia já era...nosso!

Oh, Fanny!
Fanny?

Sempre estarei por aqui, Fanny. Um copo, dois copos sobre a mesa. Três ou quatro se desejar. 
Um corpo, dois corpos sobre o tapete
da sala de estar. Três ou quatro se desejar.
Uma cama vazia, duas almas carregadas de prazer...oh, Fanny!
Três ou quatro se desejar, Fanny!

Uma coisa é preciso ser dita: "Nunca me importei a três...a quatro. Tendo você, todos os outros poderão se ter, Fanny!
Adoro montanhas. O legal das montanhas é que, depois de alguns relacionamentos, alguns adoram se jogar pelas portas e janelas montanhas abaixo. Casas invisíveis. Nem todos retornam.
Melhor assim, Fanny!
Dá um friozinho, né?! Arrependimento...?
 Não. Arrependimento, não.

Fanny, vamos que já está tarde, e os convidados já estão chegando!
Fanny, você já fez a faxina?
Ainda, não?!
Tudo bem!
Eles sempre demoram um pouco mais que o combinado.
Então...quem começa? rs

Você começa. Domine. Agora você já ouviu minha história, minhas notícias. Agora meu homem pode ir sem rumo montanha acima. Abaixo nunca!
Eu tenho Obluess Monteses mais Pretos Monteses mais Pretos...rs

Fanny!
São eles? Diga que sejam bem-vindos à nossa montanha encantada...
Estou terminando a outra faxina. Já vou, Fanny!

Fanny! 
Fanny!
Fanny?

Fanny... Oh, Fanny!




Texto inspirado nos 134 minutos do Drama - Romance "O Segredo de Brokeback Mountain", directed by Ang Lee. Roteiro: Diana Ossana e Larry McMurtry. Estados Unidos/Canadá (2005). 





http://youtu.be/vNteg4pYfZo




HELEU e o sentimento duplo e quase único do amor e da paixão.


Neste momento não desejo isolados vocábulos,
nem apenas expressões coletivas.
Desejo apenas que se possam fazer as minhas corretas ou incorretas reflexões,
aquelas que aprendi a conhecer e a praticar no cotidiano da vida, sobre essa tal PAIXÃO e esse tal AMOR.

Quanto à PAIXÃO,
é uma dúvida que carrego há tempos,
que me encarrego por momentos de tentar solucionar,
 um algo que insiste em permanecer e ao mesmo tempo continuar.
Um sentimento de prazer e desprazer em coletânea,
um querer que se assemelha à posse,
um "abobamento" oportuno e oportunista.

Quanto ao AMOR,
um misto diferenciado do sentimento anterior,
porque singular, pleno e quase calado,
que se faz no presente,
como apenas presente e todo onipresente,
único e de longa duração.

Nesse percurso,
na tênue tentativa de uma resposta,
sigo distraído, indeciso e confuso.
O que se deixa perceber é a PAIXÃO
nada sustenta,
nada assume
e "some do nada".
Apenas vem e vai,
luluzeando santificada,
"como uma onda no mar".

Já o AMOR,
esse se faz ardência e fogo momentâneo,
leite instantâneo,
saboroso,
fortificador.

PAIXÃO
é extensa.

AMOR
é intenso.


E por  achar que pode ser assim,
na PAIXÃO e no AMOR,
assim como em qualquer outro sentimento,
tudo tem hora de baixar a guarda,
mesmo que no guarda ou na guarda geral!

Então...beijos na nuca, filhos de Maria!


João D'Olyveira





HELEU e um amor a dois

SUJEITO DIRETO NÃO É OBJETO

Hoje um ser divino me fez repensar o amor,
desejar o amor,
sentir o amor...
Há quantos ele não se fazia presente,
estava ausente,
quase inocente...?

Há quantos ele não se apresentava,
não me questionava,
não me motivava a amar...
Hoje alguém me fez sentir o amor,
que me fez vivo,
atrevido por querer re-amar...

Há quantos eu não amava,
não ouvia,
não o via,
não o queria...?

Há quantos?

E saber que sempre foi tão simples,
que ele era tão nada e tudo,
que me bastava...

Nada como um encontro,
dois encontros,
um encontro a dois..

Hoje um ser divino me re-fez... e desejei amá-lo!

João D'Olyveira

DESTAQUES DO MÊS