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HELEU e a solidão




Sozinho, 
ouvindo "Sozinho", 
vou amando você 
em meus pensamentos. 
Às vezes, 
não nego, 
sinto "peninha" de mim; 
mas,
mesmo assim, 
cuido, 
a distância, 
de quem eu mais desejo: VOCÊ!


                                                     JOÃO D'OLYVEIRA

Imagem: https://images.google.com/

HELEU e a saudade, a distância, a ausência, a solidão



http://www.google.com/imghp?hl=pt-BR

Hoje refleti sobre “saudade, distância, ausência e solidão”, até onde essas palavras são sinônimas ou correspondem a ações completamente diferentes em relação à amizade e ao amor. Para John Dryden, por exemplo, “O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos: e cada pequena ausência é uma eternidade”. Já segundo François La Rochefoucauld, a “distância é como os ventos: apaga as velas e acende as grandes fogueiras”. Para Thomas Merton, a “distância mais longa é aquela entre a cabeça e o coração”. 

Nesse emaranhado linguístico, sei que estou sentindo saudade em razão da distância e, consequentemente, da ausência da pessoa amada, o que me conflita entre ausência e solidão. Tento ignorar, dizer que "vai passar", mas não passa, porque não ignoro. Nesse processo de busca, minha cabeça rala e rola, machucando meu coração triplamente infartado. 

Então, lembro-me de Neruda, para quem "a saudade é solidão acompanhada. É quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já". Completo-me confusamente com Sêneca, ao me lembrar de um dito pertencente a ele: "Sentir solidão não é estar só, é estar vazio". Entre encontros e desencontros, somente uma afirmação me parece racional neste momento, aquela que eu mesmo produzi: hoje a saudade bateu tanto, que não tive outra alternativa a não ser apanhar. 


O que me creditou, porém, foi a expressão de Fábio de Melo, ao “mensagiar” que, se pela força da distância nos ausentamos. Pela força que há na saudade voltaremos. Afinal, somente eu sei sobre a extensão dos meus desejos mais íntimos e o quanto eles são verdadeiros. Por esta razão, fiz contatos, para possíveis tatos. O silêncio, todavia, foi resposta derradeira. 

No apagar da tela, exaustos, os toques celulares esgotaram-se, passaram pelo outro e por mim. Entendi, no paralelo, que o agora sentido também iria passar, como tantos outros passaram. "Quintaneando", poeticamente contra, direi a quem me perguntar: "Eles passarão, eu passarinho". 


João D'Olyveira

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