HELEU e o acaso do porquê do acaso




D2 me disse de primeira, ao tratar da saudade, que "a procura da batida perfeita continua". Ninguém havia me apresentado Marcelo nem seus textos poéticos. Lembro-me de que descobri esse artista e suas composições em uma das minhas navegações noturnas, assim, sem compromisso. Todavia, como nunca acreditei em "acaso", porque sempre acreditei na existência divina dos casos, tenho que o tal encontro foi para me dizer, em poucas palavras e por necessidade momentânea, que o "Criador Mor", na sua perfeição, ao produzir o homem, propositalmente fez a cabeça acima do coração. Neste específico, foi somar minhas loucas deduções à de D2, ou seja, "que o sentimento não ultrapasse a razão", e confirmar o que já me era quase fato: primeiramente, ame-se; depois, ame. Simples assim, porque o simples resolve tudo. Então, como podemos ter observado, nada acontece por acaso, porque o todo da vida soma fragmentos de milagres. A quase cura dos nossos cegos olhos pode nos levar a enxergar homens-árvores. A cura, esta sim nos oferece a claridade dos homens-homens (MC 8, 22-25). Tudo na terrenidade e fora dela tem um porquê. Tudo rs

João D'Olyveira


Imagem: homem-árvore in google/images 

HELEU e a atitude




Em nosso vasto universo de ações cotidianas, tantas dúvidas frente às decisões que aguardam nossas tomadas. Às vezes, a "verdade eloquente"; outras, a "mentira do bem". Um duplo entre sinceridade e falsidade humanas. Acabamos num jogo de sentimentos que nos atormenta. Não responde, porque confunde cada vez mais. São tantos porquês injustificáveis, todavia aceitos em nome do "bom relacionamento". 

Tudo bem, mas e aí? Iniciar ou encerrar algo, um relacionamento por exemplo? Dizer a que veio e o que quer ou calar-se para não magoar alguém? Deixar um determinado ambiente ou apropriar-se dele, em nome do "falso poder" terreno ou divino? Declarar-se ou aceitar a declaração alheia? Dizer "te amo" ou "me esqueça"? Largar quase tudo para ser alguém feliz com quase nada ou ter quase tudo e não se ter harmonia no "lar doce lar", ainda que se esteja bem servido? Somar, dividir, multiplicar ou subtrair, qual a melhor conta ou o melhor resultado aritmético? Trair ou coçar? Amar ou deixar-se ser amado? Questionar ou responder...ou responder por questionamentos? Dizer que está tudo bem e seguir adiante ou refletir sobre esse "tudo bem" antes de avançar os sinais? Parar, retornar ou continuar? 

Então...ter atitude, isto sim é o que nos impulsiona à vida. Essa de anjo e demônio em equilíbrio é pura psicanálise: teoria da alma ("psique")...produção imaginária. E  sobre atitude, Lispector já nos alertou: "é uma pequena coisa que faz uma grande diferença". Sendo assim, vamos deixar de ser novelos e nos tornar um belo suéter, porque regrar o tempo é necessário. É pra pensar!


João D'Olyveira


Imagem: Estátua Abstrata Rosto Humano Pensando - CZ Arts & Statues Factory Outlets.

HELEU e a prioridade






O que eu quero e estabeleço como prioridade versus o que os outros desejam e necessitam de mim neste momento. Este pensar resulta em honestidade própria, para uso coletivo. Neste ínterim, parafraseando um poema musical de Vander Lee, sei apenas que estou relendo minha lida, minha alma, meus amores. Estou revendo minha vida, minha luta, meus valores. Estou podando meu jardim...cuidando bem de mim!



João D'Olyveira





Imagem: Homem esculpindo-se a si mesmo, do artista uruguaio Yandi Luzardo, inspirada no princípio da evolução consciente proposto pela logosofia.

DESTAQUES DO MÊS