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HELEU e a paixão

SOBRE A PAIXÃO

Fonte: arquivo pessoal.

Eu me considero um eterno apaixonado pela paixão e não, necessariamente, por uma paixão. Sei que há exclusivismo no sentimento paixão, todavia sou mais o sentimento, que o depósito do sentimento. Entendo que isto não é perder oportunidades exclusivistas, porque jamais desejei o exclusivismo deste sentimento. Desejo apenas o sentimento. Ele por ele mesmo, em mim e no outro ser que comigo "apaixona-se".

A duração ou a extensão (como queiram expressar) desse sentimento tão abstrato dependerá da própria existência sentimental. No particular, prefiro-o sem a ânsia do começo e, muito menos, a agonia do fim. É porque tenho comigo que paixão deve se diferenciar de dor, melancolia e de quaisquer outros sintomas sentimentais acoplados em algumas paixões. Nunca aspiro "brindes" em minhas paixões.

Na livre expressão poético-camoniana, paixão é um querer mais que bem querer a si e ao outro ser que se fez apaixonado por e com você. Se há sofrimentos, trato-os, visto ser martírio (outra paixão; não a que aqui retrato). A paixão em pauta corresponde a um intenso sentimento humano, marcado por um grande interesse e uma grande atração de um ser por outro ser. Não vou entrar no mérito daqueles que se apaixonam por "coisas". Isto ficará para outro momento.

Retomando...

Já mantive relacionamentos longos, medianos e curtos. Todos eles, sem exceção, foram bons, porque dosados de otimismo e/ou de excelência. No geral, bons. O bom é a dose adequada, visto que tudo o que é demais já passou do adequado.

Os entraves sempre ocorreram, e sempre em razão do tal exclusivismo, com o qual não comungo. Talvez esteja aí a resposta para as necessárias podas (podaduras ou desbastes, como queiram) por mim executadas. Elas até podem ter sido sofríveis às parcerias sentimentais; contudo, necessárias. Sempre me preocupei quanto às formas das podas, que fossem bem executadas, visando ao crescimento humano.

Na amplitude dessa ação, compreendo que o podar é uma ação natural humana, ainda que, ao olhar de alguns seres, seja um ato desumano. Entretanto, apreendi, nesta minha terrenidade, que não devo alongar o que se insiste curto. Não devo confundir "botões" que se abrem e se fecham com botões que brotam. Cada qual em sua própria medida e na medida do tempo. E tudo porque há tempo de chegar e tempo de partir, e tempo de "com...paixão".

Nesse contexto, que em mim é processo contínuo, trago o conhecimento de que o "metron" é a receita para tudo, inclusive para as paixões. A minha máxima é que o equilíbrio entre a paixão e a razão resulta da não transgressão de limites. Assim, quando não transgredimos medidas, tudo se equilibra. Já provei do ato contrário e até hoje sofro com os resquícios de minhas transgressões.

Os denominados "erros" e "desvios", assim como as denominadas "falhas" (cada qual em sua própria leitura), sempre deixam resquícios. Em sendo assim, que eu não me perca, em função de "julgamentos alheios", sobre minhas posturas em relação às minhas próprias paixões. Afinal, paixão é sentimento de apaixonados, sendo cada um responsável por sua própria paixão, no tempo próprio dessa paixão.

E as opiniões alheias?

Que continuem sendo alheias, e que cada um seja capaz de cuidar de suas próprias paixões e das ações a elas correspondentes!



João D'Olyveira, 
um eterno apaixonado.

 
                         

Disponível em: https://youtu.be/6Fi_UG_SzN0?si=5M5VEdn3QdrBi1O0
Composição: "Paixão", de Kleiton e Kledir, 1981.

HELEU e a solidão




Sozinho, 
ouvindo "Sozinho", 
vou amando você 
em meus pensamentos. 
Às vezes, 
não nego, 
sinto "peninha" de mim; 
mas,
mesmo assim, 
cuido, 
a distância, 
de quem eu mais desejo: VOCÊ!


                                                     JOÃO D'OLYVEIRA

Imagem: https://images.google.com/

HELEU e a paixão



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A viagem está sendo boa; a companhia, ótima! Tudo está conforme o não planejado. Por exemplo: havia muito tempo que não andava de mãos dadas pelos passeios públicos. Não nego que achei estranho, porém, também não nego que gostei dessa nossa atitude desmensurada. Talvez seja porque... Talvez, não! É fato: os meus "amores" têm sido mais de escortina, o que me impede de expô-los como fato comum do cotidiano.

Ontem demos uma literalmente  "de turistas", com ritual guiado e tudo mais. À noite, curtimos  com os amigos, até altas horas, no bar do hotel. Depois, cada qual pro seu próprio quarto. Hoje de manhã, durante o café, cheguei a gargalhar muito, trocando causos escolares e outros. Que me lembre, meu último gargalho ocorreu no final dos anos 90. É... está lá, perdido numa fotografia, a qual não sei por que ainda mantenho no velho álbum.

Café tomado, um  prazeroso passeio ao horto. Diferentemente do dia anterior, fomos apenas nós dois. Os amigos decidiram por outra atração turística. Juntos, papo-livre e boas lembranças diversificadas. Caminhamos por trilhas, que transformávamos em longas avenidas, tamanha estava sendo a nossa felicidade. Sentíamos-nos em uma viagem somente nossa. Estávamos felizes. Aliás, estamos!

No horto, uma oportuna pausa para admirar a natureza, ouvir o canto dos pássaros vencerem o ruído dos motores. Tudo muito zen! E nós dois juntos naquela selva inserida nas pedras urbanas. De um lado, prédios; do outro, uma mata semifechada. Ao centro, dois apaixonados solidários e não revelados. E como todos os apaixonados, hipérboles insistiam em marcar presença em nossas falas, nossas atitudes. Isto justifica o horto em que estávamos se tornar uma selva, entre tantos outros exageros que ocorrem nesses momentos, os quais somente quem se apaixona pode entender.

De repente, novos movimentos das mãos. As danadinhas foram ganhando vida própria, buscando mais que apenas outras mãos. Bem mais "calientes" que as primeiras pegadas. Não nos repreendemos, até porque não havia um porquê justificado. Carícias, toques, aproximação dos lábios em descontrolada respiração. Tudo foi acontecendo sequencialmente. E tudo nos levou a um longo e saboroso beijo. Enquanto o beijo rolava, os olhos se mantinham serrados, talvez para enxergar melhor o nosso íntimo. As mãos é que ganhavam olhos. Assim, também,  nossas línguas. Como somos um todo, nossos sexos também se beijaram da forma permitida para o local e o momento.

Depois, olhares e sorrisos comprometedores. Embora incompleta, a ação havia sido prazerosa. A respiração mantinha-se rápida e aquecida, provocando risos mais declarados. Nossos sexos apenas "deram um tempo", mas explodiam em nossas intimidades. É... Não havia dúvidas sobre nossos desejos, muito menos arrependimentos. Nesse contexto, aquela fala mansa e desejosa: "Vamos voltar pro hotel?" Sem exitar, a minha maneira de responder nessas horas: "- Humhum..."  E fomos!

Para conhecimento, a viagem continua sendo boa; a companhia cada vez melhor! Passamos a tarde no quarto do hotel, que agora estamos dividindo. Sexo, sexo e sexo. Também, um "lanchinho da hora". Depois do sexo, sempre sinto uma "larica" danada. Neste momento estou na sacada do hotel, observando os transeuntes decididos ou indecisos caminharem pelos passeios da longa alameda calçada de paralelepípedos. Enquanto os observo, traço um "baseado", baseado em algo que não consigo ou não quero entender. Sei lá!  Concreta mesmo, apenas a brisa leve e fria que toma conta da noite. A impressão que tenho é que ela me solicita ser aquecida.

Dou às costas pra rua e olho pela vidraça o interior do quarto. Na cama, um corpo seminu movimentando-se pra lá e pra cá, à procura do melhor encaixe para o tronco, os braços, as pernas. E que pernas!  E aquele bumbum angelical? E a boca? Hummm... Lábios carnudos. Gosto de lábios carnudos. Eu frente a um ser tão cheio de vida, tão jovem, tão belo. Vencido pelo prazer, não resisto e volto pra cama. Sorriso matreiro e pensamento maroto: "Que bom que essa viagem só vai terminar daqui a dois dias!"


João D'Olyveira




HELEU e os amores eternos




TUDO TÃO SIMPLES


É tudo tão simples: algumas pessoas entram em nossas vidas apenas para nos proporcionarem memórias maravilhosas. São nossos amores eternos!



João D'Olyveira


HELEU e o outro oculto



"Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher"

Caetano Veloso

O momento sugere 
reconhecer que a vida 
é muito mais ampla do que muitas vezes percebemos.

Comprovadamente, 
nossos limites 
são sempre indevidos.

Erroneamente, 
achamos que nossas opções são restritas.
o que é um ledo engano.

Estamos enganados,
 não devemos ignorar a extensão 
das nossas reais possibilidades.

Colocar na cabeça somente "aquela coisa" e
colocar no coração somente "aquele alguém"
é esquecer que há um redor próprio a ser explorado,
para além daquilo ou daqueles que nos foram valores.

Os valores se tornam ultrapassados:
 "tudo no seu devido tempo".
.
Nesse contexto,
há tempo para chegar e há tempo para partir,
por isso  "não podemos perder tempo".

Logo, 
se tivemos um tempo para ter e não tivemos,
se tivemos um tempo para amar e não amamos,
"perdemos tempo".

Então...

Vamos olhar com mais atenção ao nosso redor,
 para enxergarmos outras possibilidades,
que são portas ou janelas que se abrem para alívio da alma e consolo do coração.

Nesse contexto,
outras "coisas" e outros amores serão muito bem-vindos,
assim como  serão mais uma vez bem-vindos "coisas" desejadas - agora renovadas - e amores - agora "outros".

Já estou com a minha plaquinha no peito: 
PROCURA-SE!

João D'Olyveira


HELEU e a porta entreaberta




PORTA ENTREABERTA

Está muito difícil
acordar de manhã e não ter mais você ao meu lado,
mordendo minhas orelhas,
recitando Cecília, Clarice, Pessoa;
cantando Caetano, Chico, Elvis.

Está muito difícil
curtir o bem-te-vi das manhãs na vidraça do quarto,
não ter mais a mesma visão de outrora:
nós e o pássaro,
o cantar do pássaro e o nosso cantar.

Está muito difícil
dobrar a roupa de cama,
recolher o pijama e o lençol,
sentir apenas o meu cheiro no travesseiro.

Está muito difícil,
preparar apenas uma xícara de café,
ladear apenas um prato de sobremesa e um casal de talheres,
omitir o sabor e o aroma prazerosos de outrora.

Está muito difícil
passar mel e requeijão no pão de forma salpicado com castanhas,
espremer as laranjas no liquidificador,
lembrar-me daquela sua sensual lambidinha...no pão e no meu pescoço.

Está muito difícil ouvir Dio come ti amo
que se fez tão nossa,
rodando num vinil postado na velha sonata do armário de ferro,
enquanto nos banhávamos em nossa branca banheira de pés curvados.

Está muito difícil
conviver com esses gritos e gestos tão íntimos, internos e intensos,
assim como aceitar que recordar é viver,
enquanto morro de saudade a cada nova manhã.

Está muito difícil
achar respostas para a sua partida,
que não teve requinte de despedida nem entrega das chaves.

Está muito difícil...


                                                                                                                   João D’Olyveira



"Nosso caso
É uma porta entreaberta [...]
Há um lado carente
Dizendo que sim
E essa vida da gente
Gritando que não..."


(Gonzaguinha)




HELEU e a sensibilidade à flor da pele


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"Se você não entende não vê,
se não me vê não entende.
Não procure saber onde estou,
se o meu jeito te surpreende [...]"

(Kiko Zambianchi)

Lembrei-me de uma personagem de um humorístico da TV Brasileira, que fazia uso do seguinte bordão: "Tô porraqui!". A lembrança tem um motivo rs É que hoje estou extremista para muitas coisas: "Tô porraaquiaodobro!". Sabe o que é? Não sabe? Eu digo... As coisas estão chatas e confusas. Muito chatas com "ch" e confusas demais com "s", ou seja, sem pôr nem tirar. Chatas e confusas mesmo! Tô naqueles dias que você abre a geladeira, procura algo para beber ou comer, mas nada encontra. Abre o guarda-roupa, procura uma peça de roupa, mas não a encontra. Nada serve. Não bebe e nem come nada, e acaba se revestindo com uma peça de roupa que acabou de tirar. A peça não importa.  É isto que está acontecendo comigo.

No fundo do fundo do fundo, quando estamos assim é porque nós é quem estamos vazios, ocos, loucos e os cambaus. Fazendo uso de uma expressão dos anos 70, "podes crer"! Tudo está vinculado aos nossos primeiros erros praticados a cada etapa de um desses inúmeros erros que a vida nos proporciona. No misto de "pode" e "não pode", acabamos aceitando, porque quem não está servindo para o mundo é o próprio que lança seu reclame de graça. Então...hoje estou assim: uma vontade de comer "algo gostoso". Só que este "algo gostoso" não está na geladeira e muito menos no guarda-roupa. O "algo gostoso" que desejo está na minha mente ou no meu coração. Na alma, quem sabe, sei lá!  Oh Santa Fragilidade Humana!

Uma gelada? Uma purinha? Oração? Sei lá de novo...não está sendo fácil! Não bastasse, tem essa das ausências demarcadas. É fato. Nesses momentos, lembramo-nos muito daqueles que simplesmente não aparecem mais. Sabe aquela rotina boa que rolava entre você e alguém que te completava? Então... só lembranças! Havia até frases feitas, tipo "Ei, você está em casa?" "Estou indo pr'ai!" "Quer que leve alguma coisa?" "Beleza, daqui a pouco to chegando!" Era bom, mas hoje nada conforta mais nada. Caiu tudo no esquecimento do "outro", é claro! Isso incomoda tanto que até a gente acaba se ausentando da gente mesmo. Fique tranquilo, prometo que não vou chorar. Pra chorar, a coisa tem que rasgar fundo, mesmo! Ainda não rasgou rs

Não é uma questão de gosto ou de aceitação, não. É pura sacanagem íntima da fragilidade humana, dos nossos primeiros e constantes erros de sustentação. Estou até pensando em fazer uma campanha para que não caiamos com tanta emoção na tentação do "outro". Vamos decretar: se o "outro" partir fora do tempo normal, vai ter que pagar multa. Agora...o difícil vai ser determinar o que é o "normal" frente à atitude desse "outro". Quem determina o "normal" e o "anormal" nesta esfera terrestre?.

No entanto, é real o fato na anormalidade do tempo. Até porque é uma maldade não planejada, apenas ocorrida e não socorrida por falta de expressão adequada ao adequado rs O sujeito está confuso e confunde o próprio sentimento que já se apresentava confuso, é isto! E na confusão, tem-se o jogo do vice-versa, da esquerda  e da direita, do par e do ímpar... E por aí vai! Os opostos se atraem na maior confusão. Tudo muito confuso mesmo rs Pode rir, pois eu já ri muito dessa pegajosa lamúria dos dias nublados. Dessa  antítese das criaturas...iguais!

Agora estou cá a pensar com os meus botões, mas eles disfarçam, os danadinhos. Fingem não ser com eles o papo reto que estou tentando ter. Deve ser porque estou sem camisa...rs Se estou seminu , sempre perco a autoridade sobre eles. Veja, até os botões estão me dando um tempo hoje! Quase que olhei pra camisa ao lado e disse para os safadinhos dos botões: "nasçam, seus fdp...cresçam, seus fdp..." Tadinhos, mesmo! rs O trabalho deles é somente abrir ou fechar...e prender. Estão longe do abrir ou do fechar das flores... Estou de olho, agora, é no meu fecho-ecler. Ele vai ouvir poucas e boas daqui a pouco. E que não emperre e nem se torne homicida sexual!

É...dizer que está sendo fácil seria mentir descaradamente. Seria omitir a verdade mais sensível do homem: a carência humana. Assim, apenas comento que vou tocando em frente, na espreita de quem virá. Quem sabe, talvez, de quem está e poderá permanecer ao meu lado. Há gente curiosa no pedaço...interessante isso! Na verdade, quase uma afirmação verdadeira, porque estou só, mas não estou sozinho. Entende? Se não entender, "de boa", passe a régua e vamos pra outro boteco!

Sou assim, um ser ambulante naturalmente apaixonado por momentos e pessoas, por pessoas que transitam em meus momentos humanos. Eu me apaixono com uma facilidade alheia e sempre me ferro. Óbvio que também me "desapaixono" com a mesma facilidade. Quando desisto do querer, não tem volta. Basta-me posicionar em regras e normas que o "bem-bom" acaba rapidinho. Não curto discutir relacionamento e muito menos dar satisfação do meu coração para outro coração. Ciúmes, então...não desejo para o meu maior inimigo. Quer destruir um relacionamento do qual sou cúmplice? Se quer, diga-me o que devo e o que não devo fazer, e me impeça de caminhar com as próprias pernas...pronto! Perdeu ao cubo tudo o que havia conquistado. Ô doença esse tal de ciúmes. Estraga tudo...

Uma coisa é religiosa rs Não discuto "pecado" nas relações, apenas valores sentimentais. Lembrei-me agora do grande Machado de Assis, que teceu o seguinte comentário, o qual aqui o lanço parafraseado:  Deus criou a fé e o amor. O homem, por sua vez, transformou a fé em religião e o amor em casamento. Já o grifo que se segue é deste autor: Assim, esse "homem" tira proveitos financeiros das duas bases divinas. Coisa de doido sacana, sô!

Por essa razão, deixo rolar somente quando rola. Se não rola,  atribuo o "não-rolou" a duas razões: ao "não querer" e ao "melhor não querer que vai f...". O primeiro diz respeito à negativa individual, aquela da não-simpatia; o segundo, ao superar os desejos. Ainda que esteja a fim de...melhor não! Sabe-se lá o calo dos próximos capítulos. Contudo, se valer a pena...que vá! Às vezes é difícil resistir à tentação. Já caí algumas vezes nessa de prazer momentâneo e dancei sem música. Foi muito ph...oda!

Já pensei em muitas loucuras, mas me acalmei com uma dose de vinho ou de cachaça amarela. Gosto das amarelinhas rs Envelhecidas, só as cachaças, mesmo rs Na verdade, doses não me excitam, elas me recompõem. Não tomo umas e outras para agir. Tomo-as para pensar se devo ou não agir naquele momento. Essa coisa de razão x coração,  entende? Tem outra também, algumas vezes travo ações enquanto as tomo rs...as doses...rs Agora,  impedir excitações não dá, por mais que as disfarce. Não é fácil desejar e não arriscar cometer o desejo. Haja força nas cabeças! Homem tem que pensar dobrado ou arreado, sei lá! O bom é que somente Eu, Deus e a Humanidade sabemos daquilo que um dia desejei e não fiz rs

Não é que me veio à memória o tanto de "loucurinhas de amor" que já fiz por esse mundo afora? Também, aquelas que não desejei que fossem "loucurinhas"... Que pena que nem todas rolaram! E se não rolaram deve ter sido em razão daquele"não querer" ou daquele "melhor não querer". Já foi o tempo desses amores, passaram qual camelo no buraco da agulha. Agora é tempo passado a ser conjugado na aprendizagem verbal, somente para este fim. De resto, para mais nada servem. Porém, que venham novos presentes! Gente nova me excita em dobro. E  "de novo" dobro os erros. Ô cabecinha infeliz daquele que sabe que é um erro e o deseja porque é prazeroso. Ô minhas cabecinhas danadas!

Então...hoje estou "porraqui". Amanhã poderei estar "porraí"..."porrlá". Tá a fim? Por momento...enquanto você não chega...ou volta...ou revolta...sei lá... rs... vou adotando as palavras de Freddie Mercury e praticando essa "crazy little thing called love." Erros...o que são mesmo erros? Devem ser algo que provocam revoltas por terem provocado prazer em alguém...um dia...por algum motivo injusto. E que sejam eternos esses meus primeiros erros, como deveriam ser os amores! Afinal, erros estão tão vinculados a amores. Tá...mas todo este registro tem como base o amor? Quem sabe... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Até a vista, Baby!


João D'Olyveira






HELEU e o quase começo do fim


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QUASE




Quase fim

de tarde.

Quase começo 
de noite.

Quase começo 
do fim
de um caso
de amor
sem fim...

João D'Olyveira





HELEU e o abstrato sentimento humano




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DECLARAÇÃO DO ABSTRATO: 
A NARRATIVA DE UMA HIPÉRBOLE PLEONÁSTICA NECESSÁRIA AOS SERES HUMANOS



Talvez você não saiba até hoje o quanto eu gostava de você. No entanto, nunca duvidei que soubesse sobre esse sentimento do pretérito. Hoje, estou apenas estou me referindo ao "quanto". Somente a ele, essa mecânica quântica que, cotidianamente, nos conduz de volta ao paraíso ou nos faz permanecer no inferno. É porque a extensão do que sentia por você parecia-me imensurável. Ledo engano comum a todos os apaixonados. 

Quando medimos, na esfera sentimental, nem sempre encontramos um valor preciso. É sim a propriedade intrínseca da "coisa quântica". Nem sempre haverá interação entre a "coisa" e o "aparelho da medida". Um nem sempre será dois e vice-versa. Como na medida exata, nem tudo se prevê, provocando um rompimento clássico. Então, medidas... Para quê mesmo elas servem, quando se referem a sentimento? Para nada, porque tudo vai mais longe do que imaginamos e muito mais perto do que precisamos que seja. Confuso? Sim, pois neste específico as medidas serão sempre enganosas.

Nesse emaranhado quântico, o mais curioso é quando e como comecei a "gostar" de você. Na memória levo alguns "flashes". Estava lá eu no meu canto, que sempre é e será circular. Ou seja, sem cantos. Apenas encantos de uma eterna mesa redonda. Do quase nada você chegou, a fim de tudo o que lhe interessava naquele vão momento. 

Profissionalmente, o que eu poderia lhe oferecer naquele momento da sua vida? O que não estava previsto era o tal imprevisto que acontece nas melhores famílias inglesas e brasileiras também. Eu e minhas dúvidas, frente a você e às suas incertezas. Era tão óbvio. O fato de você estar lá não era eu ou o meu profissionalismo. Era simplesmente você e o seu. Isto tem sido cada vez mais claro com o passar do tempo. Você é sim do jeito que "achei" ser. Alguém que deseja o melhor para si e para os outros que esse "si" possa também estar presente. Típico daqueles da sua espécie profissional.

Bem, no decorrer de todo o processo, muitos papos "rolaram" n'outros "agora" e "depois", de uma forma que não se esperava, ainda que assim se quisesse ou até desejasse. Os papos temperaram todas as ações futuras, ecoando até os dia de hoje, neste futuro do presente que insiste em não se tornar pretérito, mesmo sendo nosso desejo que assim se torne. Sim, nosso desejo, porque já nos desgastamos o suficiente por nos iludirmos em neutras possibilidades

Não me lembro das minúcias, apenas dos detalhes que mais me questionaram naqueles momentos. É isto mesmo. Nós nos questionamos muito e respondemos tão pouco às nossas ações cotidianas. Essencialmente às sentimentais. Profissionalismo à parte e ação laboratorial também, somemos aqui as defesas e acusações. As "águas de março fecharam alguns verões". Os "julhos" se arrastaram melancolicamente. Aqueles "agostos" gostaram daquilo que viram, enquanto os "dezembros" insistiam em cantar "Jingle Bells". Pronto. Foi assim. Um curso em curso seminatural. 

Querendo ou não, "rolou" alguma coisa, e quando "rola" faz rir ou chorar. Diverte ou dói pra caramba. Minha carência, que já estava pra lá de Marrakesh, deu luz vermelha e sinalizou perigo. Nessa hora, a gente faz que não percebe. Olha para a esquerda para enxergar a direita e por aí vai. 

Ainda que fôssemos adultos (eu bem mais que você...ou não), nossas mentes e nossos corações entraram em confronto. Uma batalha real. A sua carência, possivelmente, era passageira. Aliás, sempre fico no "acho" quanto a você. Suas certezas até hoje não convenceram as minhas. Sendo assim, são puras ou impuras incertezas: as minhas e as suas. Já a minha carência, naquele momento, não era passageira como a sua. Era condutora ética e cobradora de mim mesmo. Afinal, eu estava conduzindo aquela narrativa. Era, pois, o que pensava.

O foco narrativo era uma ação de perigo para "gentes" carentes, da qual gosto de participar "avivamente". É que tenho em mente que as boas ações humanas sempre serão divinas. É divino, portanto, gostar de alguém. E isto deve ser considerado como uma boa ação. Pronto, é isso: uma narrativa tradicional com todos os seus ingredientes. Linha horizontal. E como em todas as narrativas tradicionais, o tempo passou cronologicamente em cada espaço físico. 

A carência não desistia de nós, ela era uma constante. Insistia em ficar rodopiando nossos encontros e nossos desencontros, e se fez muito presente na sua desastrosa ausência, que durou o tempo que você precisou fazê-la durar. Não participei dessa decisão, apenas me posicionei para recepcioná-lo. Tenho dúvidas se a tal ausência foi um acaso ou uma ação proposital. Até hoje opto pela segunda hipótese, que insisto em chamar de conclusão. 

À parte, sobre os meus "falecidos" sentimentos, cada qual já havia "par-tido". Não havia mais cordão umbilical entre mim e minha suposta família. E assim tem sido até agora. Em suma, estava só, mas não queria "ficar sozinho". Sempre acreditei que "pra ficar" tem que ser com alguém. Difícil de entender esse aparte? Sei que não é, porque nós não estaremos sozinhos nunca. 

A coisa funciona assim: nossa mente nos condena e nos ajunta; depois, descaradamente, nos separa. Contudo, entrega-nos "coisas" que nos acompanham por longa temporada, tais como mágoa, tristeza, melancolia, revolta e tantos outros sentimentos desumanos. Todos eles cruéis, brutais, hediondos. Sinônimos que se fazem hipérboles explicativas. 

A surpresa foi que, neste específico, tudo " do antes" se concretizou como passado. Então, tudo resolvido. Esta certeza me estimulou a oportunizar a saga bendita. E lá fui eu. E lá fomos nós e os outros que nos circundavam naquele momento de nossas vidas. O sentimento vinculado a você é que não passava com o passar do tempo. Ele não era tão tradicional como a narrativa que se desenhava entre nós; portanto, um sentimento não apenas cronológico, mas psicológico também. 

Ele ocupava o espaço físico e o mental ao mesmo tempo cronológico e psicológico. Nós, personagens planas e esféricas, no arrolar dos fatos, amarrotávamos o que achávamos que passava. E todo o sentimento, com medidas imagináveis apenas, estava subentendido nos meus gestos, no meu olhar, no meu toque, na minha toda tola crendice da possibilidade zero. 

Às vezes, até acho que estava no seu toque também, assim como no seu olhar, nos seus gestos. Pode ser loucura pensar dessa forma, mas como uma "loucurinha" não faz mal a ninguém...penso. O curioso é como consegui sobreviver a tudo isso de novo. Seria tão mais fácil se tivesse me lançado ao infinito do olhar e mergulhado no oceano da paixão; porém, não. Decidi nadar no raso das possibilidades e... não é que acabei me dando bem? 

As águas profundas mesclavam-se às pedras. Havia lama também. As águas eram turvas, plenamente enganosas. Eu que as havia visto cristalinas. Doce ilusão dos olhares sentimentais dos apaixonados e dos carentes. Do outro lado você, essa água enganosa e oportunista. Queria me afogar? Se queria, quase conseguiu. 

O que não estava previsto, porém, era a marcante presença de um Salva-vidas. E  muitas salvas e vidas para esse Salva-vidas. Ele me colocou na balança e me reequilibrou. Livre das tentações, "vou tocando em frente [...] tocando a boiada"...hoje, salvando vidas com Ele.

É fato que não lancei somente esse sentimento na balança, e nem queria dessa forma. A balança respondeu também pelo orgulho, pela ética, pelo profissionalismo, pelo homem que me fiz e por aí vai. Neste caso, nem tento "me responder" o que foi perda e o que foi lucro. No meu esconderijo, desejo apenas que eu seja apenas o único a saber de mim mesmo; depois os outros. O "outro", por ser uma incógnita, que saiba apenas dele próprio sem a presença de outros. 

Agora, não nego, já balancei nas estruturas quando você, numa fatídica madrugada, rompeu meu silêncio com uma pergunta propositalmente abstrata. O fato é que nos fizemos parceiros e "amigos", e que as águas do mar das nossas vida nos levaram a compromissos morais e sociais...e confidenciais, graças ao bom Salva-vidas, limitados. 

Naquela madrugada, porém, entre papos e doses, a danada da "perguntinha" veio à tona. O bom é que foi uma única vez, mas o mau é que foi. Ela se verbalizou como língua satânica. E se se fez verbo, logicamente, habitou entre nós. Contudo, como era abstrata a pergunta e abstrato também o sentimento que a provocou, nada se respondeu e nada mais se questionou. Noutras madrugadas, a "tal" pergunta até pairou no ar, mas se eclodiu. E tudo graças às graças, que não se desgraçaram.

Quer saber? Foi melhor assim, pelo menos para você, que nunca se comprometeu comigo, quanto mais com esse sentimento que parecia confuso sem o ser. E tem sido melhor para mim também, ainda que paulatinamente. Sofrível, mas tremendamente bom.  Já não sinto mais vontades. A saudade eu a deixo para outros merecimentos. 

Não nego que ter gostado de você daquela forma foi uma loucura gostosa de sentir. Agora, porém, tudo no pretérito: foi, foi e foi. Não nego, também, que desejei fosse diferente, mas se assim o fosse não o seria como o é. Eu estaria preso à falsa ideia da possibilidade infinita. Um desgaste que já havia sentido noutras narrativas terrestres e, por Deus, não mais desejada por acreditar não ser mais merecedor.

Quer saber da verdade mais plena? Antes preciso revelar que estou rindo neste mesmo momento que lhe pergunto se quer sabê-la. E com razão. Sim, eu gostei muito de você. Gostei. E esse gosto já me bastou. Talvez tenha até exagerado nesse gosto, o que pode lhe ter perturbado também. Seu afastamento, certamente, tem tudo a ver com esse meu exagero, o qual assumo fora das quatro paredes que muitas vezes nos foram "fortes" frente ao cotidiano. Retornando, eu gostei muito de você. Gostei.

Contudo..."Um, dois, três. Chega. Chega por hoje. Chega de histórias." De resto, que eu possa não perder o meu gosto por outros que o mereçam e me mereçam. E que eu também faça por merecê-los. Saiba que, apesar do desconforto que a situação causou," você me ensinou milhões de coisas lindas [...] certamente eu vou ser mais feliz". 

A você, desejo sucesso em sua caminhada. Eu já estou seguindo a minha...faz um tempinho. E o bom de "tudo isso" é que "tudo" não passou de uma narrativa ficcional até que mediana para os padrões temáticos. Certas histórias precisamos vivê-las para melhor escrevê-las e descrevê-las...em minúcias!


 João D'Olyveira




HELEU e o advérbio de intensidade






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INTENSA IN-TENÇÃO




"MUITO"

NÃO

ME

INTERESSAVA

POR

ALGUÉM.

TODAVIA,


ALGUÉM

POR

QUEM

ESTOU

ME

INTERESSANDO

"MUITO" !


                                                João D'Olyveira




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