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HELEU e a mãe de leite


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O tempo me presenteou com um ser humano para além dos falsos amores urbanos. Abençoou-me com uma santinha por quem muito já orei, minha querida "mãe de leite". Negra que me ofertou leite branco, o qual me energizou e me cadastrou branco e negro neste mundo: fruto de uma negritude terna e eterna, porque verdadeiramente materna. À minha "mãe de leite" solicito proteção terrena, porque estou circundado por ilhas habitáveis e por humanos que me querem apenas coronel, a quem aproveito e peço para saírem da aba do meu chapéu. E por ser assim, melhor que se antecipem os "drinks" para o período vespertino, como no tradicional "chá das cinco". À noite, desejo mesmo a dignidade do álcool, que queima prazerosamente os nossos pecados. Desses "abeiros de plantão", livrai-me, o Mãe Querida! 

Quanto à minha " santa mãe de leite", um reencontro agradabilíssimo, que ativou meu arquivo familiar. Papai partiu na minha infância, nem sei se já reencarnou. Mamãe partiu há quase dez anos, trabalha em uma falange do amor, em outro espaço espiritual, mais perto do céu. Os outros e outros e outros, "abeiros" ou não, todos eles partem comigo cotidianamente. Afinal, cada dia sempre sempre será um dia a menos por aqui. Uns partem com autorização do Criador; outros forçam suas partidas, com êxtase ou sem êxtase, com fumaça ou pó, ou com maquinário específico, comprimido e sem ar. E há aqueles que partem em vida, porque apenas "vampirizam" relações. Não se modernizam assaltando bancos de sangue, sugam energias. Sei que esses podem ganhar mil vidas...dos outros.  

E nessa minha vida que se fez coletiva, minha "mãe de leite" também me ofereceu a oportunidade de amar. Ah, esses amores, que nos enlaçam nas tormentas das paixões! O fato me remete à seguinte dúvida: onde termina a tal paixão e começa o tal amor que tanto nos importunam? Na tenuidade deste questionamento, o que mais me interessa agora, contudo, é saber que minha outra "mãezinha" está "vivinha da silva". Encontrá-la, quando a achava também já partida e "falangeando" por aí, foi o meu melhor presente neste presente.  E por assim ser, tratarei de estar com ela o mais imediato possível. Nas graças de NSJC, abençoe-me, "mãezinha", e me proteja daqueles que enganam por meio de atos, palavras e omissões!


                                                                             João D'Olyveira

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