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HELEU e o fim de ano


DRUMMOND já dizia:


"O grande barato da vida é olhar para trás
e sentir orgulho da sua história".

Mas, o mesmo autor também nos faz refletir,
quando diz:
"às vezes se espera demais das pessoas..."

E mais um ano se escorre por entre dedos.
E lá "se" vai 2009...

Muita coisa rolou neste ano que,
ainda no circular de algumas horas,
insiste em ficar.

E que fique tudo o que tem direito.
Afinal, todos nós temos o direito de "ficar",
até que a gente se acabe ou "ex-termine".

Explodam-se os "quês" e os "porquês"!

É assim: ficar até acabar.

Cruel mesmo é fim de baile.
Quando ficamos até o final,
corremos o risco de mostrar a real cara de festeiro:
cansaço e sono.
E de ver o piso sem brilho,
o lixo no espaço e tantas outras coisas
que o cenário encobriu.
Cenário é maquiagem!
Na cara, maquiagem.
No espaço, cenário.
Entendeu?
Continue...

No fim da festa,
mulher sente frio e veste "palitot".
Homem dá de macho e não sente o frio da madrugada.
Se sente e "se sente".
E cede o "palitot" à dama.
Que dama?
Que cavalheiro?
Tudo foi fantasia.
Cadê o glamour?
Foi-se..."mau achado".
Foi-se!

Final de ano também é assim.
Como adoramos começo...
Amor no começo é bom mesmo,
coisa dos deuses.
Não queremos nem saber se há diferenças entre amor e paixão.
É amor e pronto!
Ouvimos (ou dizemos) até "estou apaixonado pelo meu amor".
Estou amando e isto me basta!

O tempo passa, o tempo voa, e voa...
E o amando se torna "a mando".
"Faça isso", "Não faça aquilo".
"Por que veio?" "Aonde foi?"
"Quem é aquele?"
"E aqueeeeeeeeeeela?"

E vai...
A mando de quem?

Desempregado, o cara reza.
Insiste que se "deus" ajudar será fiel.
Depois só reclama.
Do salário, dos amigos, dos inimigos, de tudo.
Fiel mesmo, só "corintiano"!
Larga o timão e só pensa no "Timão"!
Depois...
A vida é que foi injusta com ele.
Quem "torce a dor", provoca-a!
Entendeu?
Continue...

Nós somos os comandantes.
Esqueceu-se?
Então, o injusto somos nós mesmos.
"Pombas", COMANDAR-SE é o verbo!
"E o "verbo" se fez carne..."

Tudo no começo é bom, até que se torne ruim.
Depois do gozo, vira para o canto e dorme.
E ronca!
É assim no amor e na dor.
No trabalho,
nos estudos,
na família...
E nas amizades?
Cara, como manter amigos é difícil!
Se muita amizade, vira paixão.
E isso não é bom.
Se distante, é colega.
Se colega, não é amigo.
E a amizade?
É termo de equilíbrio, por isso para poucos e bons.
Se sou amigo, não devo exigir além da amizade,
Se amor, não me é amigo.
Se amigo, pode ser eterno.
Se amor, só o "terno" e vestido branco.
Felicidade e infelicidade são tão próximos e tão distantes.
Guimarães Rosa já dizia:
"Infelicidade é uma questão de prefixo".
Então... vamos "re-começar"!

Mania nossa de dizer que "na segunda eu começo.
"No começo da semana eu vejo isso."
"Deixa comigo que no mês que vem..."
Não bastasse...
"No ano que vem serei outro".
Coisa de doido, "sô"!

A coisa só pega na primeira.
E a segunda?
"Marcha-ré", nem pensar!
Nem na nota...
Entendeu?

ORRA, MEU!!!

Vamos lá!
Vamos mudar.
Vamos começar agora, ainda no 30 ou no 31.
A vida não começa nos 40?
Então...?
Comece no 31!
Mas não nego, e sei que muitos pensam quase que como eu.
Este quase falecido,
quase passado,
foi "oda".
Ora com "s", ora com "f"!
Mas foi...

No pessoal:
infarto, licença, distancia de pessoas queridas e
"muito prazer" forçado a quem realmente deveria ser "a distância".
Foi "ODA", cara!!!

Você deve (com certeza) ter os seus "odas" também!

Conheci gente e "gente".
Um seminarista gente boa,
um motorista sem carteira,
uma diarista que se disse parteira,
um futurista que adora contar histórias,
um sujeito que se diz historiador
e defensor político das artes.
E o cara se sente!

Conheci uma "autruana" que não quer ter filhos,
mas pega no pé pior que mãe que deve pro social.

É...
Mãe que deve para o social é aquela que tudo aprontou
e hoje fica cheia de moral pra cima dos filhos.

Conheci uma "francesa" que me tirou do sério.
Deu vontade até de "ceiá-la".
Gostou do "ceiá-la"?
Então... era francesa.
Se assim não a fosse eu a teria "comido" mesmo!
Não me lembro...
Será que saimos...juntos?
Acho que sim...

À parte,
conheci algumas figurinhas interessantes.
Teve gente boa e "boa gente".
Artistas e arteiros.
E permaneci com os poucos e concretos amigos.
Contei 8 e somei 25.
Foi pura tolerância!
Certamente é assim que também entro em algumas listas.

Rolaram textos e contextos, e sexo.
Já coloquei um "x" em tudo que rolou.
E como "assinalei"!

Foi um ano de muita composição.
"Com-posição".
Fechei o ano deliciosamente no escuro.
N0 "ex-curo"?
Com um "r" apenas.
Deliciosamente o fechei!
Esperei por "amigos" que prometeram estar no Natal,
depois na semana entre Natal e Ano Novo,
depois, que "agendaremos..."
Esquecemos-nos apenas de marcar o ano!
Uma coisa que me chamou a atenção foi o número de pessoas
em dúvida e dívida com o social.
Mulheres que se arrependeram dos "casórios",
filhos que não queriam ter nascido,
"filhos da mãe" que ignoram os pais,
profissionais que não o eram,
homens"masculinizados" que se pensam assim.
É isso mesmo!
Homens que precisam se dizer homens.
Tudo para o social!
Birrento, meu!

Alguém precisa dizer pra eles que bastam ser.
"ODAM-SE" os outros!

Mas, não nego,
conviver com quem não é o que deveria ser é "ODA"!

E foi...

Mas, 2009 teve seus "ss" maravilhosos!

No pessoal, mudei de "canto",
de música e de direção.
Conheci novas pessoas, novos amores, mestres.
Mantive e fiz parceiros.
E joguei de letra, na se (é) ta
ou na "se (ê) ta".
Sei que joguei!

Dos meus dissabores (eles existem),
tem um que insiste em "ficar no meu pé".
Liga, faz convites.
É encontro,reunião, debate...
O cara não toma "semancol".
Sou apenas educado com ele.
Ele já "deu tudo o que tinha que dar".
Aliás, paguei caro.
Ele não me deu nada e ainda me tirou o que possuia.
Estou falando de material mesmo!
E ainda se faz de vítima...
Não bastasse, "enrolou" a outros.
Que o "padre" lhe dê perdão!
Conversei seriamente com um aluno que não sabe o que quer.
E pior!
Não quer o que sabe.
E na mesma escola me apaixonei por "Débora",
e sabia muito bem o que queria dela.
E ela de mim...nada de Maga!
Entendeu?
Continue...

Um outro dissabor é "produtor".
Até agora não sei o que ele produz.
Ou sei!
Para cima de mim, produziu uma pérola.
Disse-me: "Embora não aceite a sua maneira de ser..."
Que maneira, "produtor"?
Com certeza não é igual a sua,
que sempre desconfigurou relacionamentos.
Que nunca perdeu um defeito alheio para fazer "piadinhas".
E nem defeito físico!
E as crises?
Esqueceu do salva-vidas de outrora?
Eu (e o coletivo) é que nunca aceitei sua maneira de ser,
porque você nunca foi.
Para seu alicerce:
"Outros" é a mãe do produtor!

Sei que, nesses dissabores, feri.
Sei que magoei pessoas queridas.
Mas, "orra"!
Se elas me entendessem tanto como dizem,
não me forçariam ao "zero".
Elas sabem que usaram o compasso sem passos, na hora e no espaço errados.
Se é que sei o que é "certo" ou "errado".
Ou se isso existe mesmo ou é real invenção escolar.
Quer saber a verdade?
(O interessante é que, quando usamos essa expressão, mentimos o resto.)
Sinto apenas a falta de três dessas pessoas.
Como diz o sorocabano Glauber que não é Rocha, embora a seja:
"Dizer te amo virou expressão fácil, banal".
E concordo, Glauber!
Por isso vou dizer:
"Te quero", "Te gosto", "Te desejo".
Não vou dizer mais
"Te amo" com tanta facilidade,
a não ser na hora do "rala, rola e se esfola",
aí não tem como segurar expressões:
"Tudo o que vier eu topo...".
Lembra-se dessa?
Mas também sei que fiz sorrisos
e me fiz sorrir por isso.
E amei profundamente, mesmo que sem amar.
E foi muito bom!
Coisa de doido, não?
E como algumas pessoas me fizeram feliz..
Algumas com palavras, sorrisos, coisa leve.
Outras, "peso pesado"!

Bem...
Se você me entender, já me basta.
Caso contrário, também!

E que venha 2010!
Venha me fazer cinquentenário!
Jamais direi que estou pronto,
todavia direi que estou.
E estarei com as minhas janelas abertas,
escancaradas para fotografar o diferente.
E isto também me basta!

É senhores!
Tudo chega ao fim.
Para existir começo, algo termina.
"Ex-termina"!
E não façam como uma das minhas amigas eletrônicas,
que precisa mudar e não muda.
Não arreda o pé do nada e deixa o tudo passar.
Jura que o "próximo" vai ser diferente e se difere desse próximo.
Coisa de quem tem o que pediu e não o quer mais.
Se criança, poderia deixar de lado.
Como adulto, sofre por assim o ser.
Sê criança, menina!

Sendo assim, desejo a todos muita verdade,
muita capacidade,
muito bom resultado.
Também desejo poucos problemas.
Quiçá nenhum!
Que problemas sejam questões matemáticas
e nada mais!

E que não tenha ninguém para te "aporrinhar" a vida.
É de amigos que precisamos.
Os outros que passem,
ou que se tornem,
ou que nos conquistem para nos tornarmos!
E "aqueles outros",
que não retornem,
porque nunca me foram.
Se não "me", não "se"!
Entendeu?
FINALIZE, ENTÃO!

E por favor!
Não force ninguém a nada.
Não se sinta um "deus" e nem "endeuse" ninguém.
Apenas viva em paz e paz ofereça ao outro.
E paz não é bandeira branca.
É atitude,
ainda que com a bandeira vermelha nas mãos!

Lembro-me de um trecho de uma letra de música de Renato Teixeira e Jessé,
que diz:

"Somos todos irmãos da Lua/ Moramos na mesma rua/
Bebemos do mesmo copo/ A mesma bebida crua/
E o caminho já não é novo/ Por ele é que passa o povo/
Farinha do mesmo saco/Galinha do mesmo ovo [...] /
E o simples resolve tudo..."

A todos...

Boa passagem e feliz aterrissagem!!!
Saimos do 9.
Chegamos no 10.
E que sejamos 10!!!

E (ainda) nas palavras de Carlos Drummond de Andrade:
"...que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!"

Até 2010!!!!
Com carinho,
João D'Olyveira

HELEU e o ano novo..."dinovu"


Por favor...

Chega de pensar na ceia,
na veste branca,
no vinho importado,
na casa à beira mar...

Pare com essa de "pular ondinhas",
ver tarot,
búzios,
oferecer flores à Iemanjá...

Por favor!

Arrisque fazer diferente,
com outra "gente",
em outro
lugar.

Na "virada",
nem capacho,
nem capataz.

É tudo...ou nada vai mudar!

Sirva a ceia da justiça,
coloque branco na alma,
brinde apenas por ser...

Depois,
"champagnize-se!"

Torne-se oceano,
seja o próprio novo ano
e agradeça por estar.

Mas, por favor...chega de assim pensar!

Em tempo:
Não desacredito desses seus valores,
apenas não os compartilho.

Que o próximo ano seja realmente novo!

João D'Olyveira

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