Heleu e o silêncio


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Ilusão achar que "quem cala consente". Não é bem assim... 

Quem cala, apenas não expõe a fala, ainda que fale e até possa gritar. Perante fatos, o calar pode representar vários sentimentos (e reações) e não apenas consentimento. O calar pode estar vinculado ao medo, à indignação e a tantos outros impedimentos emocionais. Ainda, pode significar respeito e consideração. É isto mesmo! Possível que o outro, frente a algumas atitudes (em muitos casos atiradas medíocres mesmo) permaneça calado porque respeita aquele que no momento "fala". Sendo assim, não quer ofendê-lo, magoá-lo. Noutras vezes, soma-se a esse respeito o respeito a outros que possam estar junto ao falante ou fazer parte dos seus. Não bastasse, muitas vezes o silêncio do outro significa um diálogo que não deve continuar a ser estabelecido. E caberá unicamente ao falante lhe dar ouvidos naquele momento. Portanto, que esse "apenas falante" tire de vez essa mórbida teoria de que o outro está consentindo seus toques, seus beijos, suas carícias...suas "falas".  O outro pode nem mais estar ali. 

Em suma: antes de achar que o outro consentiu, procure ouvi-lo nas atitudes que tomará após o silêncio. É possível que até ocorra aprendizagem frente ao fato e se compreenda melhor o próprio silêncio.

Abraços... 


Em silêncio... João D'Olyveira

HELEU e as palavras

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PALAVRAS

Palavras
que lavras
com larvas
não são palavras.

São P A L A R V A S !!!

João D'Olyveira

HELEU e a saudade II




O QUE ME IMPORTA?

Não me importa a distância,
o que me importa é você.
Não me importa a saudade,
o que me importa é você.
Não me importa essa porta,
se essa porta me levar a quem me importa...VOCÊ!!!

João D'Olyveira

HELEU e o Bosque da Princesa

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A CURVA E O RIO

NA CURVA DO RIO,
A VIDA.

NA CURVA DO RIO,
A HISTÓRIA.

NA CURVA DO RIO,
O BOSQUE.

NA CURVA DO RIO,
O MEDO DE QUE A HISTÓRIA VIVA DE UM BOSQUE SEJA INTERROMPIDA.

NA CURVA DO RIO,
O PEDIDO PARA QUE O MEDO SEJA BANIDO,
O BOSQUE SEJA PRESERVADO,
A HISTÓRIA SEJA RECONTADA.

NA CURVA DO RIO DO BOSQUE DA PRINCESA,
O PEDIDO PARA QUE A VIDA
DO RIO,
DO BOSQUE
E DOS HOMENS DESTA TERRA
SEJAM ETERNAMENTE ETERNA.


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João D’Olyveira

Junho/2008 - Uma homenagem ecológica a Pindamonhangaba-SP, Terra que me acolheu, como profissional, por aproximadamente doze anos.

HELEU e o pensamento

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"Hoje preciso de você
Com qualquer humor
Com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje [...]"


(Jota Quest)


Só Hoje II

Hoje pensei em você,
que em você não deveria pensar;
não deveria confiar;
apostar;
acreditar.

Hoje pensei em você,
que por você não deveria penar;
não deveria chorar;
agonizar;
nada creditar.

Todavia,
pareceu-me que algo eu devia;
e que, portanto,
deveria saber o que devia ser.
Não consegui,
comecei a pensar...e pensei!

Como pensei em você!

E tudo porque não consigo separar o concreto do abstrato;
o corpo da alma;
a água do fogo;
o prazer do tesão;
a pressa da calma;
o amor da paixão...

É difícil!

Sei que apenas sinto e desejo você,
assim como também sei que isto me maltrata;
que isto me machuca;
me amordaça...me lasca!

Contudo,
eu sempre acho que tudo isso passa;
que tudo é apenas meu achar.
Que nada me modifica,
nem solidifica,
nem passa,
nem fica...

E isso tudo me basta!

Hoje desejei mais uma vez não pensar em você;
desejei esquecê-la de vez;
e de vez enterrar esse sentimento caduco...

Entretanto,
malucamente,
em minha mente,
como serpente em seu ninho,
você insistiu em ficar.
E do meu lado,
aninhado,
você quis ressuscitar...e ressuscitou!

Naquele momento.
em tormento,
juro!
No escuro da mente,
convivi com a sorte e com a morte,
e desejei o duplo da rima.

Não nego,
de vez em quando e quase sempre me pego pensando,
pensando,
pensando...

E se penso é porque devo; 
e se devo,
pago...

Então,
 penso!

Hoje mais uma vez pensei em você...

Alguns me olharam,
outros me alertaram,
muitos me condenaram...

E que se dane aqueles que condenam meu pensar;
parem eles de pensar em mim,
e que pensem mais em si.

Porque... hoje,
mais uma vez...pensei em você!

                                                                                                                          João D'Olyveira








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