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P L A T U S
Hoje não foi diferente.,
porque o olhar refletira a mesma vontade, o mesmo desejo.
porque o olhar refletira a mesma vontade, o mesmo desejo.
Não há como negar,
foi muito bom poder olhar pra você,
estar a seu lado.
E, mesmo que suavemente,
poder tocar de leve as suas mãos,
sentir seu cheiro.
Aliás, como é bom poder dizer que seu cheiro me mata,
e que é prazeroso cometer um suicídio perfumado!
No todo do fato que não se encerra,
apenas entendo que,
mesmo sendo uma vontade louca e avassaladora,
o prazer em estar com você é o que mais pesa
na balança dos meus sentimentos.
na balança dos meus sentimentos.
Porque trato o nosso trato e não me maltrato.
E essa vontade é a de fazer amor por amor,
não apenas por prazer.
Tudo porque meu sentimento é puro,
não se sustentando apenas no pensar.
É sentimento que busca,
quase por completa,
a ação do amor e do fazê-lo!
Enquanto conversávamos,
mais uma outra vez,
e não diferente de todas as outras vezes
e vezes.
Não resisti, mais uma vez,
Não resisti, mais uma vez,
e desenhei seus vermelhos e apetitosos lábios no ar.
E ao desenhá-los, beijei-os, acariciei-os.
No toque dos dedos, dupliquei-os.
Que vontade louca de poder beijar você, tocar você,
possuir em doação esse corpo que me atrai,
assim como em alma já o faço.
Mas, também, quanta dúvida nesta minha certeza...
É porque me sinto achado, mesmo estando perdido.
Por quê?
A resposta solicita mais tempo, mais vento, outro momento.
Não é assim tão simples como parece ser.
Não é assim tão simples como parece ser.
Confirmo, então, que
no momento estou tri-confuso!
Bi-duvidoso!
Uni-você!
E ninguém mais!
E ninguém mais!
A única certeza que quase carrego
é a de que já não sei quase mais nada
do quase nada que já sabia um dia.
Não sei se o tempo passou rapidamente.
Se rapidamente passou o tempo.
Não sei se passou o tempo.
Se rapidamente passou o tempo.
Não sei se passou o tempo.
Se estive a seu lado...
Não sei se passou o tempo que estive a seu lado.
Se estive a seu lado nesse passar do tempo...
Sei apenas que me senti o mais feliz dos mortais,
mesmo que por curto espaço de tempo,
a seu lado,
a sua frente,
observando você,
ouvindo você,
tendo você junto a mim.
tendo você junto a mim.
E tudo isso enquanto um pequeno mundo me desprezava,
semelhantemente à ação que praticava com o próprio...
E na minha íntima indisciplina,
naqueles momento e mundo,
no mesmo mundo que nem meu mundo era,
porque não era mundo,
eu apenas sentia o amor.
Enquanto não reconhecia o meu próprio mundo,
enquanto me fazia único,
meu único mundo era você.
E nesse curtir das horas, entre papos e entreatos,
apenas um sorriso franco.
apenas um sorriso franco.
Sorriso de quem somente verdades me transmitia,
que no toque das mãos,
que no toque das mãos,
apenas verdades me oferecia.
Momento e ações que me faziam acreditar que este meu amor não é único,
Momento e ações que me faziam acreditar que este meu amor não é único,
não é unilateral.
E tudo porque existe um outro lado a ser desvendado...
Todavia,
nas conjunções da vida,
porém, contudo e,
porém, contudo e,
adverbialmente, de repente,
a expressão que normalmente finda sonhos:
"Vamos?"
Aquela que, mesmo com cara de fim,
se apresenta como um duo convite:
embora ou em "boa hora"?
E na hora da partida,
um desejado abraço,
dois abraços,
três abraços e um beijo.
Um beijo,
mesmo que selado,
sem tipo,
esquisito.
Mas, um beijo.
O beijo que não poderia faltar...
Porque despedida sem beijo,
na versão poética mais popular,
é goibada sem queijo,
Julieta sem Romeu...
E esse beijo foi leve e profundo,
ação que serviu de alimento para esta nova história,
ação que serviu de alimento para esta nova história,
o qual me fez,
por momento,
sentir o mais feliz dos homens.
Que me fez repensar que dizer "te amo" era pouco.
Que me fez repensar que dizer "te amo" era pouco.
Teria mesmo era que conjugar o verbo amar,
em todos os tempos desse amor.
Beijo que me fez acreditar que um dia serei mais atrevido,
antes que apenas o vele,
no aproximar de um possível adeus...
E tudo porque a vida,
sempre em demasia,
é e sempre será o resultado desse amor.
Amor que me é preciso e conciso,
porque necessariamente objetivo,
porque subjetivamente onipresente!
João D'Olyveira
O amor platônico é um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas [...] O medo de não atender aos anseios do objeto amado, o sentimento de desvalorização, incapacidade e desintegração podem contribuir para o não aproximar-se, amar a distância, impedindo que o indivíduo vivencie uma experiência de não só amar, mas sentir-se amado, não só cuidar e se preocupar, mas sentir-se acolhido, contido e amparado. Essa troca de experiências emocionais é que permite o sentimento de que amar e viver vale a pena, e nos ajuda a suportar as dificuldades e os conflitos do cotidiano.(Dra Marisilda Barros - Psicoterapeuta, in http://www.infonet.com.br/saude/).