www.google.com.br/images
Ilusão achar que "quem cala consente". Não é bem assim...
Quem cala, apenas não expõe a fala, ainda que fale e até possa gritar. Perante fatos, o calar pode representar vários sentimentos (e reações) e não apenas consentimento. O calar pode estar vinculado ao medo, à indignação e a tantos outros impedimentos emocionais. Ainda, pode significar respeito e consideração. É isto mesmo! Possível que o outro, frente a algumas atitudes (em muitos casos atiradas medíocres mesmo) permaneça calado porque respeita aquele que no momento "fala". Sendo assim, não quer ofendê-lo, magoá-lo. Noutras vezes, soma-se a esse respeito o respeito a outros que possam estar junto ao falante ou fazer parte dos seus. Não bastasse, muitas vezes o silêncio do outro significa um diálogo que não deve continuar a ser estabelecido. E caberá unicamente ao falante lhe dar ouvidos naquele momento. Portanto, que esse "apenas falante" tire de vez essa mórbida teoria de que o outro está consentindo seus toques, seus beijos, suas carícias...suas "falas". O outro pode nem mais estar ali.
Em suma: antes de achar que o outro consentiu, procure ouvi-lo nas atitudes que tomará após o silêncio. É possível que até ocorra aprendizagem frente ao fato e se compreenda melhor o próprio silêncio.
Abraços...
Em silêncio... João D'Olyveira