Aos que me magoaram, muito obrigado. Abriram vagas em minha mente e em meu coração, para que outros muito mais seletos as ocupem. Se um dia eu magoar você, faça o mesmo. As atitudes humanas carecem de equilíbrio.
D2 me disse de primeira, ao tratar da saudade, que "a procura da batida perfeita continua". Ninguém havia me apresentado Marcelo nem seus textos poéticos. Descobri esse artista e suas composições em uma das minhas navegações noturnas, assim, sem compromisso. Todavia, como nunca acreditei em "acaso", porque sempre acreditei na existência divina dos casos, tenho que o tal encontro foi para me dizer, em poucas palavras e por necessidade momentânea, que o "Criador Mor", na sua perfeição, ao produzir o homem, propositalmente fez a cabeça acima do coração. Neste específico, foi somar minhas loucas deduções a de D2, ou seja, "que o sentimento não ultrapasse a razão" e confirmar o que já me era quase fato: primeiramente, ame-se; depois, ame. Simples assim, porque o simples resolve tudo! rs
É...a saudade hoje se praticou diferentemente. Não me devorou, não me intimidou. Tudo bem que ela grudou como chiclete. Não nego que foi "broca", castigo mesmo; porém, não me venceu como d'outras vezes. Posso até dizer que senti dor de verdade, porque foi profundo para somente depois voltar pro raso. Ah...como a saudade é má. É "cruela"!
Contudo, depois das gotas escorridas pelo rosto, consegui sorrir novamente. E mais uma vez mostrei meus dentes, sorridente. Isto porque a serpente tentadora e venenosa não me orquestrou com sua varinha de condão. Hoje foi meu terceiro teste. Passei por ele. Estou firme. Estou rocha...pra outras apostas. E que venham!
Desta vez doeu, mas não me venceu. É que estou cada dia mais me descobrindo mais forte. "Eu tenho poder. Posso mudar porque eu tenho poder [...] Se eu quero, eu posso porque eu tenho o poder." Tanto, que já estou noutra. "Às vezes, até acho que sou dono do mundo. Talvez eu seja, talvez eu seja..." do meu! Simbora...
simplesmente me ponho a escutar minha mente e meu coração.
A cada
novo calo em meu falo,
nada falo
pra não te sufocar.
Suas
ligações não mais as atendo,
porque não mais as entendo,
não mais as
compreendo,
não mais as
interpreto,
não mais as
consigo analisar.
Suas mensagens eletrônicas eu as apago,
cancelo os seus perfis
nas redes sociais.
Em nossos mínimos contatos,
hoje quase sem
tatos,
invento histórias,
tentando ganhar
tempo pros comerciais.
No dia a
dia leio, escrevo, desenho, toco e pinto;
componho muito ou nada a cada arte produzida.
Na velha cadeira de balanço, quase em loucura induzida,
descanso um corpo plenamente abduzido.
Levo comigo somente uma
certeza: nada de você me apavora.
Afinal você não tem hora, é meu agora e a hora que chegar.
É minha vasta memória, uma gratificante história, que não inventei, pra ninguém contar.
Todavia, por todas as minhas artérias e veias, essas sanguíneas vias, quando estou
quase curado das feridas,
desejando roupa limpa e nova vida,
colocar a casa em
ordem na minha desordem,
botar no rosto um sorriso
falso pra enganar e me enganar,
eis que você
retorna ao lar doce lar.
Expiro, inspiro-me e suspiro, enquanto você aos poucos novamente me entorna,
retorna, retoma, toma e torna a me indagar.
Daí não tem mesmo jeito, perco-me no sacrifício do silêncio,
porque você
é um vício que não consigo largar.
Depois da entrega garrida, no somar das horas escorridas, ao seu lado ou do seu lado apaixonado,
apenas busco a felicidade cedida em andares ímpares, jamais a perfeição dos pares carteados.
Depois do depois, ouvindo no pen drive uma velha canção, tento entender suas idas e voltas, essa sua indecisão. Num dia sou seu grande amor;
no outro, não!
João D’Olyveira
Inspirado na letra e música "Eu não entendo", Nenhum de Nós.
Hoje de manhã, tomando um café com meu irmão, comentei sobre uma reflexão que tenho amadurecido muito nesses últimos dias: "Arrependo-me muito mais das palavras pronunciadas que do silêncio". E entre um gole e outro de um "extra forte", afirmei: "Das palavras ditas eu até posso me arrepender; do meu silêncio, jamais". No tempo exato desta hipérbole frasal, ele apenas me olhou fixamente, até que decidiu também pelas palavras pronunciadas. Como sempre, em baixo e bom tom: "Fale mais com o olhar, meu irmão", disse ele.
Naquele momento, um sorriso maroto brotou no canto esquerdo dos meus lábios. Pensei sobre o dito e comunguei com meu irmão aquela afirmativa. Sequenciei o prazeroso bate-papo com a seguinte reflexão: "É, meu irmão, tenho feito isso. Os meus olhares têm sido textos proporcionais a cada assunto e até específico a cada ouvinte". Ele me disse algo por meio de um sorriso, que no momento não entendi. Sei apenas que ele não aceitou minha explanação travestida de justificativa. Joguei olhares laterais, percebidos por ele, e elogiamos o café. Típica fuga de conteúdo.
Acontece que não entendo mesmo o "não retorno" para meus olhares, falta-me propriedade para analisar as possíveis falhas de percurso. O prazeroso, todavia, foi ter encontrado respostas que há muito procurava. Meu irmão me olhou surpreso, como a me ensinar esse "jogo de íris". Absorto, continuei minha exposição verbal: "Eu tento falar com olhares..." Ele levantou brandamente o indicador direito, como a licenciar a sequência do papo e, em tom afirmativo, disse que era preciso acertar o alvo dos olhares. "Putz! Devo ter errado muitos alvos, sou estrábico!", disse. Não bastasse, "muitos dos seus desejados ouvintes também podem ser míopes", complementou ele.
Entre risos sonoros, aquele "momento café" encerrou por ali. Sem o som das nossas falas, porque apenas nossos olhares se falaram entre risos, cada olhar com a sua síndrome. No coletivo, os lábios cerrados se elevaram e formaram um sorriso "selfie". De duas coisas agora tenho certeza: se em "boca calada não entra mosca", em olhares residem cobras, lagartos, dragões...ou flores. Afinal, cada um tem o olhar que a própria alma emana. Quanto às palavras, elas apenas representam sintomas da ação desejada. Os gestos as precedem. Então, olhares são textos!
Hoje refleti sobre “saudade, distância, ausência e solidão”, até onde essas palavras são sinônimas ou correspondem a ações completamente diferentes em relação à amizade e ao amor. Para John Dryden, por exemplo, “O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos: e cada pequena ausência é uma eternidade”. Já segundo François La Rochefoucauld, a “distância é como os ventos: apaga as velas e acende as grandes fogueiras”. Para Thomas Merton, a “distância mais longa é aquela entre a cabeça e o coração”.
Nesse emaranhado linguístico, sei que estou sentindo saudade em razão da distância e, consequentemente, da ausência da pessoa amada, o que me conflita entre ausência e solidão. Tento ignorar, dizer que "vai passar", mas não passa, porque não ignoro. Nesse processo de busca, minha cabeça rala e rola, machucando meu coração triplamente infartado.
Então, lembro-me de Neruda, para quem "a saudade é solidão acompanhada. É quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já". Completo-me confusamente com Sêneca, ao me lembrar de um dito pertencente a ele: "Sentir solidão não é estar só, é estar vazio". Entre encontros e desencontros, somente uma afirmação me parece racional neste momento, aquela que eu mesmo produzi: hoje a saudade bateu tanto, que não tive outra alternativa a não ser apanhar.
O que me creditou, porém, foi a expressão de Fábio de Melo, ao “mensagiar” que, se pela força da distância nos ausentamos. Pela força que há na saudade voltaremos. Afinal, somente eu sei sobre a extensão dos meus desejos mais íntimos e o quanto eles são verdadeiros. Por esta razão, fiz contatos, para possíveis tatos. O silêncio, todavia, foi resposta derradeira.
No apagar da tela, exaustos, os toques celulares esgotaram-se, passaram pelo outro e por mim. Entendi, no paralelo, que o agora sentido também iria passar, como tantos outros passaram. "Quintaneando", poeticamente contra, direi a quem me perguntar: "Eles passarão, eu passarinho".
O tempo me presenteou com um ser humano para além dos falsos amores urbanos. Abençoou-me com uma santinha por quem muito já orei, minha querida "mãe de leite". Negra que me ofertou leite
branco, o qual me energizou e me cadastrou branco e negro neste mundo: fruto de uma negritude terna e eterna, porque verdadeiramente materna. À minha "mãe de leite" solicito proteção terrena, porque estou circundado por ilhas habitáveis e por humanos que me querem apenas coronel, a quem aproveito e peço para saírem da aba do meu chapéu. E por ser assim, melhor que se antecipem os "drinks" para o período vespertino, como no tradicional "chá das cinco". À noite, desejo mesmo a dignidade do álcool, que queima prazerosamente os nossos pecados. Desses "abeiros de plantão", livrai-me, o Mãe Querida!
Quanto à minha " santa mãe de leite", um reencontro agradabilíssimo, que ativou meu arquivo familiar. Papai partiu na minha infância, nem sei se já reencarnou. Mamãe partiu há quase dez anos, trabalha em uma falange do amor, em outro espaço espiritual, mais perto do céu. Os outros e outros e outros, "abeiros" ou não, todos eles partem comigo cotidianamente. Afinal, cada dia sempre sempre será um dia a menos por aqui. Uns partem com autorização do Criador; outros forçam suas partidas, com êxtase ou sem êxtase, com fumaça ou pó, ou com maquinário específico, comprimido e sem ar. E há aqueles que partem em vida, porque apenas "vampirizam" relações. Não se modernizam assaltando bancos de sangue, sugam energias. Sei que esses podem ganhar mil vidas...dos outros.
E nessa minha vida que se fez coletiva, minha "mãe de leite" também me ofereceu a oportunidade de amar. Ah, esses amores, que nos enlaçam nas tormentas das paixões! O fato me remete à seguinte dúvida: onde termina a tal paixão e começa o tal amor que tanto nos importunam? Na tenuidade deste questionamento, o que mais me interessa agora, contudo, é saber que minha outra "mãezinha" está "vivinha da silva". Encontrá-la, quando a achava também já partida e "falangeando" por aí, foi o meu melhor presente neste presente. E por assim ser, tratarei de estar com ela o mais imediato possível. Nas graças de NSJC, abençoe-me, "mãezinha", e me proteja daqueles que enganam por meio de atos, palavras e omissões!
O nosso encontro foi maravilhoso. Tudo na medida desmedida
do prazer. Estava mesmo precisando daquele toque, daqueles abraços, daqueles
beijos. Estava carente do sexo que insistiu em rolar mais de uma vez entre nós. Então...mas...quem é você? Quem é você que agora entra em todos os sonhos meus? Que invade os meus desejos, como se fossem seus? Que entra em mim
desse jeito, sem se importar se ao menos eu lhe dou esse direito? Que me
confunde quando me possui? Que, no seu corpo, me transporta para lugares onde eu
nunca estive? Que me transforma quando toca em mim? Que conseguiu me dominar
assim? Que se apossou dos meus sentidos? E os meus defeitos mais antigos tirou-os de mim sem eu sentir? Que me amou sem que eu pedisse, fazendo até com que eu te
amasse, sem nem saber quem era você. Quem
é você?
João D'Olyveira
Adaptação livre da letra de música "Quem é você?", de Cury Heluy (http://youtu.be/szPi9tzemJQ). O acréscimo é a mais impura
realidade rs
Babilônia: II Terzo Paradiso, de Ismael Ivo - SESC-SP - 2014
Tal qual um cavaleiro solitário, "gonzagueando", atravessei a rua. Atravessei a vida. Acreditei que era perto, e fui lá ver. Caminhei com a minha estrela e com a fé no vaticínio das visões, inventando o próprio tempo e as próprias estações. Atrai as reações mais loucas. Enfrentei mil trovões em um encontro de titãs. Hoje eu só quero o sorriso liso, belo e preciso da loucura ocidental. Perdão, minha amada. Pessoas diferentes são irmãs. Companheiros são iguais. Iguais e diferentes. Porém, eu nunca voltarei, porque a vida não tem replay. Há muito eu sei...
João D'Olyveira
Adaptação livre da composição "Cavaleiro Solitário", de Gonzaguinha.
O protagonista desta narrativa amadureceu sem sementes, mesmo tendo desejado novo plantio. Assim, solicita licença para fazer uso de alguns versos de Gonzaguinha: "chega de tentar, dissimular, de disfarçar e esconder o que não dá mais pra ocultar". Esse contador de histórias acredita nas surpresas do Senhor Tempo, que a ele, ironicamente, também faz uma solicitação: conservar no peito e na mente o desejo de um amor infinito. Todavia, há uma severa trava nesse tempo. O hoje é completamente diferente do ontem. Então, Senhor, é preciso que se dê direito ao grito. Não como desabafo, mas, essencialmente, para ser ouvido por um alguém que também procure outro alguém, como este que narra. Afinal,"não posso mais calar, já que o brilho desse olhar foi traidor..."
Nesse contexto, quando a cena íntima desse narrador é revelada em atos e espelhos, o que ele pode olhar, ver, enxergar...sentir e ler? Os olhos que olha estão cansados, mesmo tendo visto tão pouco deste mundo. A voz que fala, trêmula; ainda que tenha tanto para dizer. O corpo que toca, frágil; ainda que insista em remar para lugares indefinidos, como se ossos não criassem ferrugens. Os cabelos que penteia e os pelos que apara desbotam gradativamente. A pele que massageia apresenta-se frágil, momento oportuno para que as manchas senis insistam em tatuá-la. Não há retorno, porque os milagres cosméticos são apenas maquiagens temporárias.
Em todas as suas ações, há uma reserva de sonhos que lhe ofereça equilíbrio. Dentre esses sonhos, alguém especial é creditado. Na plenitude deste vocábulo, aquele ser humano que lhe possa oferecer o que ainda não teve, mesmo tendo tantos outros nesse trajeto terreno. Nesse vácuo entre o desejo e a realidade, sente imensa falta de um abraço que o envolva por completo; de um beijo que lhe explore a alma; de palavras temperadas com desejo e carinho, e ditas com mansidão. Uma tremenda falta de um "bom dia" a dois. Expressões questionativas singelas, como: "vamos almoçar?", "tudo bem com você?", "quer um café?" E toques, cafunés, olhares profundos...uma infinitude que não me cansa e tanto a quero!
E o narrador, um eterno contador de histórias, agradece imensamente a quem já fez parte da vida dele, pessoas amadas a quem deseja toda felicidade, porque a ele ofereceram felicidade. Ele não se apresenta tão samaritano, porém reconhece os prazeres a ele ofertados: os abraços, os beijos...os gozos. Em outra esfera, o material e o capital que lhe foram (e lhe são) necessários e proveitosos. Afirma cotidianamente: "O que puder retribuir será retribuído ainda nesta vida". A certeza é de que houve procura, tanto que agradece as passagens. Na própria fala: "Elas existiram e me complementaram". E isto é fato! No correspondente aos prazeres da carne, comenta que sexo não é tudo. O que busca está além do físico, porque físico tem data de validade. Assim, não lhe interessa mais o passageiro, quanto mais o passageiro comprometido. O dominador está fora de cogitação, jamais deseja os "senhores feudais". Não quer enganar para não ser enganado. Deseja eliminar erros, acertar-se e acertar alvos duradouros. Sonha com alguém que conduza com ele o veículo vida em abundância. Aos amores passageiros, afirma: "Boa viagem!"
Neste momento, observa-se por completo. Lança questões a ele próprio, todavia solicita auxílio aos céus. As respostas se fazem simples. Não desistirá da busca, porque ainda lhe resta alguns créditos. O que muda, talvez, seja mesmo a condução, que não deseja solitária. Ele precisa de alegrias, de paz no coração. Por esta razão (e coração), não se promete nada, apenas tenta não furtar a si e a outros. Uma certeza: não quer mais amar o distante, o difícil, o proibido...aquele que não divide, apenas o suga. É preciso acertar o alvo. Afinal, "gonzagueando", "chega de temer, chorar, sofrer, sorrir, se dar e se perder [...] não dá mais pra segurar, explode coração!".
Sempre foi assim. Perco-me, procuro-me e acho-me. Depois, enlouqueço e deixo rolar. Afinal, as pessoas sempre têm chance de jogar de novo e errar, ver o que convém, receber alguém no seu coração...ou não!. Se você tentou, mas não aconteceu, valeu! "Infelizmente, nem tudo é exatamente como a gente quer".
As Borboletas de Quintana me disseram que "pessoas não se precisam, elas se completam", por serem inteiras, "dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida". Já as metamorfoses dessas borboletas confirmam que, em nossos sufocos, colocamos à prova o índice de nossas amizades sinceras. Refiro-me às parcerias e aos brothers de mente e coração, mesmo. O resultado obtido não somente nos surpreende, como também nos decepciona. Sempre está abaixo do esperado. É como se a cada dez pessoas que nos circundam, com o esdruxulo papo de que é nosso parceiro, mano e os cambau, apenas uma seja confiável, quando não, apenas a metade dessa. Depois, a escala apenas reduz, chegando ao ponto de nós mesmos desconfiarmos de nós mesmos. Refiro-me àqueles momentos em que criticamos as nossos atitudes em referência a esses "parceiros". Aquela tal promessa de que "nunca mais vou cair nessa". E caio. O comprovante dessa mensuração está em nossas próprias atitudes. Afinal, nós também somamos os números daqueles que surpreendem outros. Neste momento, por exemplo e exatidão, estou aqui contando quantos realmente eu defenderia com punhos, unhas, dentes e coração. E por possuir desconfianças, minha escala de benefícios também cai. O necessário, então, é não criar tantas expectativas com as pessoas. E mais, estar sempre de coração aberto para muitos, e de corpo fechado para o dobro desses muitos. "Sai Azar, Pé de Pato, Mangalô Três Vezes". E no dobro de Quintana, a oportuna reflexão de que, "No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!" . Por momento, é isto! Bjs.
Quando abraçamos, baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração.
Os braços se abrem, e os corações se aconchegam de uma forma única.
Quando abraçamos, somos mais que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.
O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção, para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação.
Abraço deveria ser receitado por médico!
Quando abraçamos, baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem, e os corações se aconchegam de uma forma única. Quando abraçamos, somos mais que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis. O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção, para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação. Abraço deveria ser receitado por médico (Fragmento adaptado por João D'Olyveira, de Momento Espírita, 22 fev 2012. Imagens: Google Images).
O que me atrai no sono é a possibilidade de poder sonhar. Não nego que já o tive como um incômodo, devido à minha produção ser quase que efetivamente noturna. Todavia, agora o entendo como bálsamo. Assim sendo, estou cada vez mais administrando melhor os polos ação e repouso.
Hoje, conceituo o dormir como o ato de oferecer ao espírito a possibilidade de ele poder sair em caminhada. No retorno, em tempo próprio, apresentar-se munido de aprendizagem, a qual oferece ao humano que lhe dá abrigo físico. E no momento em que esse espírito se refaz alma, o humano pode também se refazer mais humano pelo seu próprio livre-arbítrio.
Apenas um perigo: não alimentar bem a alma e possibilitar ao espírito uma possível "vadiagem noturna". Consequentemente, contatos espirituais de má qualidade. Ao retornar alma-corpo, lições insalubres.
Em suma, dormir na medida da necessidade do corpo e da alma é alimento espiritual, para novas aprendizagens e práticas. Nesta ordem: primeiramente, as do espírito; depois, as do corpo.
é a íntima representação humana de um artista, plena de histórias, emoções e culturas, esteticamente traduzida por valores alusivos aos seus próprios gostos e/ou desgostos.