HELEU e as expectativas



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BORBOLETAS, EXPECTATIVAS E METAMORFOSES

As Borboletas de Quintana me disseram que "pessoas não se precisam, elas se completam", por serem inteiras, "dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida". Já as metamorfoses dessas borboletas confirmam que, em nossos sufocos, colocamos à prova o índice de nossas amizades sinceras. Refiro-me às parcerias e aos brothers de mente e coração, mesmo. O resultado obtido não somente nos surpreende, como também nos decepciona. Sempre está abaixo do esperado. É como se a cada dez pessoas que nos circundam, com o esdruxulo papo de que é nosso parceiro, mano e os cambau, apenas uma seja confiável, quando não, apenas a metade dessa. Depois, a escala apenas reduz, chegando ao ponto de nós mesmos desconfiarmos de nós mesmos. Refiro-me àqueles momentos em que criticamos as nossos atitudes em referência a esses "parceiros". Aquela tal promessa de que "nunca mais vou cair nessa". E caio. 

O comprovante dessa mensuração está em nossas próprias atitudes. Afinal, nós também somamos os números daqueles que surpreendem outros. Neste momento, por exemplo e exatidão, estou aqui contando quantos realmente eu defenderia com punhos, unhas, dentes e coração. E por possuir desconfianças, minha escala de benefícios também cai. O necessário, então, é não criar tantas expectativas com as pessoas. E mais, estar sempre de coração aberto para muitos, e de corpo fechado para o dobro desses muitos. "Sai Azar, Pé de Pato, Mangalô Três Vezes". E no dobro de Quintana, a oportuna reflexão de que, "No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!" . Por momento, é isto! Bjs.

                                                                                                                                                                    João D'Olyveira

HELEU e o desenho cego do mundo


Arquivo Pessoal

DESENHO CEGO

É...talvez a gente não entenda,
que nosso mundo é uma moenda,
moendo a gente,
por querer demais.

É...talvez o a gente não perceba,
que mundos são bichos-da-seda,
sedando a gente, por demais querer.

Então...o que fazer nessa lenda?
Simplesmente não a entenda,
não a atenda na calada dos dias.
apenas compreenda as agonias do mundo, 
das gentes e dos demais.

Nas idas e vindas não se repreenda.
 na moenda não se venda,
nem se vende,
apenas interprete o mundo,
a gente,
o demais...

E tudo na ponta do lápis,  em um único contorno,

sempre perceptivo em si.

                                                                             João D'Olyveira



HELEU e o amor que acha ser


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HOJE, ACHO!

Hoje eu descobri
você no meu coração.
Tudo me deixou feliz,
tudo deixa cicatriz,
tudo me fez renascer.

Hoje eu sorri
ao ver você chegar.
Tudo me fez tão bem,
tudo perde também,
tudo me fez recordar.

Acho que é amor,
acho que é perdão.
Acho que acho que acho,
acho que é você em mim.

Acho que é amor,
acho que é confusão.
Acho que acho que acho,
acho você em mim e eu em você!

Hoje acho, amanhã não sei mais...

João D'Olyveira


HELEU e o abraço

 ABRA OS BRAÇOS E ABRACE!


 Quando abraçamos, baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração.
Os braços se abrem, e os corações se aconchegam de uma forma única. 



Quando abraçamos, somos mais que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis. 





O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção, para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação.



 Abraço deveria ser receitado por médico!


Quando abraçamos, baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem, e os corações se aconchegam de uma forma única. Quando abraçamos, somos mais que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis. O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção, para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação. Abraço deveria ser receitado por médico (Fragmento adaptado por João D'Olyveira, de Momento Espírita, 22 fev 2012. Imagens: Google Images).

João D'Olyveira

HELEU e o anjo



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ANJO

Em cada canto uma história 
sem fim e sem encanto.
Em cada canto encantado um ser 
verdadeiro e ficcional.
 Em cada canto um canto no olhar
tropical e interior.
Um sotaque, um trejeito, um jeito de ser 
um ser cada vez mais sem jeito assim.
Afinal, tudo é você em mim!

João D'Olyveira

HELEU e o cateter


                                                                    

Arquivo Pessoal - HCAF

                                                                
 CATETER

 Era dezembro,
quase fim do mundo,
quando Noé chegou antes de Noel.
Um abalo sísmico no meu coração,
um arrebatamento arrependido do meu guardião.

E no passar do tempo que não se findou,
encantos em cantos sem água, sem fogo, sem razão.
 Uma enorme sensação interna,
como externa cisterna barrenta,
tormentas da ilusão de viver outra inclusão.

E por fim à vontade,
apenas ser e nada ter pra ser ruim.
Tantas vantagens arteiras nas minhas artérias,
 um corpo despido do espírito santo e das santas vestes.
.
Agora tudo me vem à memória,
a sirene, os primeiros socorros,
um canto choroso na fila da Dutra,
um ducto ou vaso, uma cavidade corpórea.

E na catapulta, o fio da vida era a navalha,
 um imenso desejo de glória,
um canalha narrando você...por inteiro em mim!


João D’Olyveira

HELEU e o desdobramento


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SONO, UM TEMPO PARA NOVAS APRENDIZAGENS


O que me atrai no sono é a possibilidade de poder sonhar. Não nego que já o tive como um incômodo, devido à minha produção ser quase que efetivamente noturna. Todavia, agora o entendo como bálsamo. Assim sendo, estou cada vez mais administrando melhor os polos ação e repouso.

Hoje, conceituo o dormir como o ato de oferecer ao espírito a possibilidade de ele poder sair em caminhada. No retorno, em tempo próprio, apresentar-se munido de aprendizagem, a qual oferece ao humano que lhe dá abrigo físico. E no momento em que  esse espírito se refaz alma, o humano pode também se refazer mais humano pelo seu próprio livre-arbítrio. 

Apenas um perigo: não alimentar bem a alma e possibilitar ao espírito uma possível "vadiagem noturna". Consequentemente, contatos espirituais de má qualidade. Ao retornar alma-corpo, lições insalubres. 

Em suma, dormir na medida da necessidade do corpo e da alma é alimento espiritual, para novas aprendizagens e práticas. Nesta ordem: primeiramente, as do espírito; depois, as do corpo.


João D'Olyveira




HELEU e o tudo


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Tudo passa,
passa tudo,
até a vontade 
do próprio passar.

Tudo passa,
passa tudo,
até o tudo 
da própria vontade.

Tudo passa,
passa tudo,
até a vontade 
do próprio tudo.

Tanto passa,
que passa a vontade
de tudo,
até do próprio passar!

João D'Olyveira

HELEU e a arte


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O que é Arte?

Arte,

independentemente do gênero, 

é a íntima representação humana de um artista, plena de histórias, emoções e culturas, esteticamente traduzida por valores alusivos aos seus próprios gostos e/ou desgostos.

João D'Olyveira


HELEU e o jogo de amarelinha


AMARELINHA

A vida é um jogo de amarelinha, 
no qual as pedras atiradas devem ser certeiras. 
Um pé no isolamento, dois na duplicidade. 
Eterno teste de equilíbrio entre o céu e o inferno.

João D'Olyveira

HELEU e a flexibilidade humana


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ASSIM E ASSADO


Se existe um segredo para o estabelecimento de vínculos afetivos realmente verdadeiros, ele está presente “na flexibilidade com a qual se conduz cada relação” [1]. Sendo assim, é fundamental saber aceitar as diferenças, os valores e as vontades dos outros.

Aliás, aceitar o outro não é somente tê-lo presente no seu espaço físico, é dividir espaços (físicos ou não) sem perder hierarquias. Também, e essencialmente, fazer com que o "meu" discurso cotidiano não se faça único, ou seja, apenas limitado nas expressões verbais "eu sou assim", "eu penso assim", “é assim que vai ser”.

Lembre-se de que o uso descomedido dessas e de outras expressões similares pode dilacerar “laços” de amizade e, consequentemente, perverter a humanidade do ser que se apresenta humano.

Não sendo "assim", o distanciamento entre esses “pares-ímpares” ocorrerá lentamente, quase na invisibilidade das horas, todavia certeiro...e quase sem volta!

Na dúvida entre as ações e os falares, tome um chá de ervas. Relaxe músculos e mature os pensares. Depois, na exatidão da vontade oculta, dialogue e contracene. Afinal, há muitos “fatores” e tantos outros “atores” presentes em sua narrativa de vida, por que insistir em representar tantos monólogos?


João D’Olyveira



[1] Ana Maria, uma “blogueira”.

HELEU e o ensino-aprendizagem


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EVOLUÇÃO

A minha aprendizagem resulta de outros. A medida da minha aprendizagem é o outro, porque o outro me ensina, me completa e me complementa. No decorrer do tempo, também me torno outro na vida d'outros, ensinando-os, completando-os e complementando-os. 
E assim caminha a educação, uma eterna soma que provoca multiplicações, para a ocorrência da necessária divisão. Sempre se desviando da fraudulenta subtração, que insiste em caminhar no paralelo!

João D'Olyveira


HELEU e o presente da saudade



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O PRESENTE DA SAUDADE

Um homem corria no tempo. E das três bases temporais, pensava apenas no futuro. Às vezes ou em muitas raras vezes, uma recordação: um pretérito invasor. O que se sabe é que ele não curtia o presente que cotidianamente lhe era ofertado. Nos relacionamentos, fossem eles familiares, sociais, profissionais ou amorosos, sempre apresentava planos e sobreplanos, tanto que objetivava fazer parte da cúpula do Planalto Central. Importava-lhe apenas aquilo que deveria ser feito, visto que o agora feito lhe era nada feito. Afirmava que planejar era preciso, pois viver não era preciso. 

No tempo concreto, ainda que abstrato, os outros que o ladeavam viviam, porque presenteavam e se presenteavam. Ele não. O único tempo, o tempo todo, futurizava-se. E o futuro para ele não era uma astronave que ele poderia pilotar, era um astro em uma nave: ele e ele próprio. O presente daquele homem acontecia somente no futuro...do presente. 

Em curso, nos repentes do presente, aqueles que um dia lhe foram tão presentes - um a um - partiram para um futuro do pretérito. E nesses repentes batia um sentimento de dúvida, um vazio, um ressentimento...e aquele homem apanhava a cada batida do tempo. A princípio achou ser a tal saudade, aquela que um dia, em um passado distante, alguém dos seus havia lhe tentado descrever. A dúvida era se a saudade era ou era a saudade. 

No conjunto dos saberes adquiridos, ignorava que saudade é reviver o passado em um presente...no futuro. E por assim ser, o homem não sabia o que, no presente que sentia, não lhe era tão presente, o que realmente sentia. 

Qual a decepção? A descoberta de não poder sentir saudade, porque não havia vivido o presente com aqueles que tanto o amavam. E tudo porque saudade é sentimento de quem realmente viveu presente no presente de alguém. Caso contrário, não é saudade, apenas arrependimento...que gera lágrimas internas e dores agudas. 

As lágrimas até tentaram cair, porém, o futuro do presente as congelou em um pretérito perfeito... 

A ocasião faz refletir as palavras de uma senhora que transitou em minha vida por quase cinquenta anos. "Tempo presente é presente", dizia ela.  "Então...abra-o, curta-o...agora". Aquela que, com a marca expressiva de um sorriso, concluía: "Amanhã será jamais"! 



João D'Olyveira

HELEU e a quase declaração de amor

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D E C L A R A Ç Ã O

Declaro a todos os meu leitores,
que um canto popular quebrou meu encanto, 
quando me mostrou outro canto e me fez cair na real. 

Declaro, também, que, após um final de semana contundente,
entre palavras, imagens, túmulos e "gentes",
um Big mac no Mcdonalds,
cobras no Butantã,
um Diretor e um Ator
em plena Capital funcional,
não pude declarar meu amor.

Declaro, ainda, que tudo se passou após uma noite diabólica,
surtada em razão de uma cólica renal,
sob o incômodo cheiro de flor-de-defunto seca,
com muito sal-de-fruta e lisador, 
muita água, diarreia, oração e dor.

Possivelmente por eu ter comido gulosamente duas panquecas: 
uma de carne, outra de couve cultivada - brócolis,
cobertas com molho vermelho e branco, respectivamente,
com direito a uma dose de um destilado incolor de origem russa e duas cevadas maltadas.

Ou quem sabe,
por eu ter ouvido em demasia uma "mãe-de-santo" cotidiana,
que havia previsto as cólicas renais, a asia e outras "coisinhas" abruptas demais.

Declaro, finalmente, que na soma dessas ações,
 aprendi mais uma lição de vida, 
em um simples canto popular.

Já era final de domingo,
em terras taubateanas,
em minha big cama,
quando comecei a cantar,
como se canta um sambinha maneiro...a la Martinho!

"Nem tudo que reluz é ouro
Nem tudo que balança cai
Nem sempre tem um tesouro
Por onde a gente vai [...]"

Todavia, não nego, ainda estou a fim de...você!

João D'Olyveira


HELEU e o sexo animal



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SEXO-ANIMAL

Olhou-me sorrateiramente;
devolvi àquele olhar um outro olhar, no mesmo tom.
Aproximou-se; aproximei.
Rosnou; rosnei.

Depois nos beijamos,
animalizamo-nos naquele lamaçal.
Eram dois imundos corpos imundos confabulando cenas obscenas.
Foi bom enquanto durou,
porque não durou mais que o necessário para saciar o prazer carnal.

Dias desses,
novos olhares: nada sorrateiros,
apenas verdadeiros.

Olhares desconhecidos...


João D'Olyveira


HELEU e a saudade...de novo!

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ESSA TAL SAUDADE...DE NOVO!

Hoje a saudade bateu tão forte, mas tão forte,
que não tive outra escolha, a não ser apanhar.

João D'Olyveira

HELEU e os tempos modernos




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Modernidade, sentimento ou travessura?

Uma, duas angolinhas
Uma, duas menininhas
Uma, duas andorinhas
Uma, duas...menininhas?

Cabeleira  e chaleira
Bonequinha e carrinho
Azulzinho e rosinha
Coelhinho...coelhinha?

Uma, duas menininhas...ou menininhos?
Chupetinha ou biquinho?
Não sei...não sei!
O tempo responderá...


João D'Olyveira

HELEU e o túnel do amor




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Não precisa me dizer ,
já sei que não tem volta,
que é a última vez,
que vai ser melhor assim,
que é caso encerrado...
Todavia, na madrugada, 
sempre existirá o túnel, o clima... e a vontade de continuar.
E nesse túnel, eu e você formando nós...e nós! 

L'aube, le climat… Très bon être avec toi !

João D'Olyveira

HELEU e a verdade shakespeareana sobre amor e amizade



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Sobre a diferença entre amor e amizade, um sábio disse a Shakespeare a seguinte verdade:

"O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração."


Refleti muito sobre as palavras de William Shakespeare e percebi como é difícil travar um diálogo entre amor e amizade, entre amigos e amores. Nesse impasse, já não sei se lhe digo: "Entre ou saia!", "Entre e saia, por favor!", "Não, fique!" ou "Não fique!". Não nego que teria sido mais fácil se continuássemos apenas amigos; contudo, que não sejamos inimigos depois do que aconteceu e ainda quer acontecer entre nós.

                                     Então...


"O que eu vou dizer

você nunca ouviu de mim,
pois minha timidez
não me deixou falar por muito tempo..."

Todavia, a canção de Fernando e Milton dirá por mim...ou por nós!


João D'Olyveira



Amor amigo

Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento

HELEU e o silêncio




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Essencialmente nos ambientes profissionais, algumas situações fazem refletir "pessoas" e não apenas "profissionais". Assim sendo, por maior que seja a sua vontade de sair gritando por aí, procure manter seus projetos em silêncio e suas vitórias na discrição. Lembre-se de que somos efetivamente livres condutores de nossos destinos e comandantes de nossas vidas. Para tanto, façamos valer um dito popular: "Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro!", visto que somente o ouro está livre de oxidação. A prata, por sua vez, pode se alterar na presença do gás sulfídrico (sulfeto de prata). Quando ela se liga a outro metal, portanto, resulta em cobre...ou seria "cobra"? É para pensar!

João D’Olyveira



HELEU e o professor



Ilustração: Renato Alarcão 


"A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia - uma segunda-feira, do mês de maio - deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar amanhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o Campo de Sant’Ana, que não era então esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a escola [...]"(CONTO DE ESCOLA, de Machado de Assis).


O mundo se apresenta tão moderno, no entanto muitas das nossas escolas ainda continuam sem educação. Nesses espaços (que deveriam ser sagrados), criam-se profissões para "vigiar e punir", para tolherem aqueles que realmente constituem uma escola: os professores e os alunos.

O que deve ser apreendido, é que somente professores professam...ensinam. Quando um administrador escolar ou qualquer outro profissional que não exerça o cargo de professor (dentro ou fora da escola) começa a ensinar, antes de ele ser apenas mais um profissional da escola, tornar-se-á um professor. 


Aqueles que ocupam a função de professor, todavia não professam, merecem apenas a aposentadoria. Afinal, somente os profissionais da educação se aposentam. Professores se eternizam!

Acredite, Professor... 


Um dia você se aposentará das escolas, todavia continuará sendo professor, mesmo sem cadernetas, sem planos de aula...porque terá apenas planos de vida. 


Conteúdo de hoje? Vida! Tarefa para amanhã? Mais vida!  Na aula de Matemática? Calcular palavras, antes de fazê-las armas perigosas. Na aula Português, conjugar corpo e alma, para, na aula de Biologia, saber como alimentá-los. 


Há tantas almas passando fome em tantos corpos bem alimentados...


E na aula de Música? Cantar, tocar...e tocar no coração humano. E por aí vai...nesse real jogo interdisciplinar!

O professor não está nessa por acaso, porque eles (os alunos) o escolheram para essa caminhada, assim como o professor também os escolheu. Por essa razão, trate bem a eles (ambiguidade proposital), e eles certamente o tratarão bem...também.


No final de cada etapa, meta cumprida, e Vida trabalhada para vidas... uma, duas, três...muitas vidas!

Professor, não reclame do trabalho, agradeça recompensas e salários. Todavia, com o direito humano de “brigar” por interesses coletivos, desde que continuem sendo humanos...e que a "briga" seja coletiva. 



Que essas "brigas" não se apresentem apenas como trampolins partidários ou a-partidários. Que apenas sejam!

Afinal, o árduo tem compensações, e as dores são aprendizagens para curar outras dores. É o veneno da cobra, curando do veneno da cobra.


Dessa maneira, perceba apenas se você está na escola certa, porque professor não pode errar a escola. O sofrimento de muitos professores está na escolha errada da profissão...ou da escola.

E lembre-se de que, no jogo egoísta das profissões, muitas vezes não são os professores que perdem empregos. São empresas que perdem professores, para apenas montarem quadros com profissionais da educação...sem a presença de professores.


E a resposta está na avaliação, porque a avaliação nos leva também ao reflexo da escola, e não apenas ao do aluno ou à própria.

Ou seja, muito melhor um aluno que evolui na aprendizagem, principalmente de vida, que aquele que perde o interesse, ainda que tenha sido o melhor. 


Da mesma forma, muito melhor o professor que se percebeu na escola errada e organizou possibilidades de acerto, que aquele outro...que perdido nas escolas da vida, só faz reclamar.Tão pouco faz para os outros...e nada por ele.

Portanto, ser professor é oportunidade divina, porque a missão do professor é a de preparar almas. 


Corpos? ... espermas e óvulos já o fizeram!

Salve, Professor! Ou se salve...



João D’Olyveira


Para ler o conto de Machado de Assis:

HELEU e a guerreira




Embora William Shakespeare tenha dito “Fragilidade,
o teu nome é mulher!”,
mulheres são GUERREIRAS !

Aquelas que transitam sem oportunismos,
ainda que produzam para oferecer;
que demonstram fatos e acontecimentos,
ainda que digam não terem feito quase nada.

Aquelas que não desistem dos objetivos,
ainda que reconheçam aqueles sem validade;
que oferecem segurança e lealdade,
ainda que digam apenas fazer a parte que lhes cabe.

Aquelas que amam intensamente,
ainda que se sufoquem no querer;
que perdoam casos e descasos,
ainda que sofram no calar das noites.

Essas são guerreiras, porque...
GUERREIRAS não atiram,
deixam ser baleadas,
para ressuscitarem a cada amanhecer!

Porém,
quanto às guerreiras,
homens alertam homens:

Sócrates avisou: “Deve-se temer mais o amor de uma mulher,
do que o ódio de um homem”.

Friedrich Nietzsch confirmou: “Na vingança e no amor,
a mulher é mais bárbara do que o homem”.

Assim sendo...

Essa tal fragilidade é enganosa.
Todavia, importa-nos estar atentos
à nossa vida sentimental,
que é um eterno campo de batalha.

“Uma mulher perdoará um homem por tentar seduzi-la,
mas não o homem que perde essa oportunidade
quando ela lhe é oferecida”, d
isse Charles Talleyrand-Périgord.

E a fidelidade à guerreira é tudo,
não porque nos é exigido,
mas porque nos é necessária à vida,
quando se decide que se deseja viver uma vida a dois:

“Aquele que conheceu apenas a sua mulher,
e a amou,
sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil”,
disse Leon Tolstoi.

João D’Olyveira




DESTAQUES DO MÊS