HELEU e o dez-a-bafo!


CORTESIA TEATRAL


Hoje estou de saco cheio,
não aguento mais essa falsidade sentimental!
Pessoas que sorriem e mordem ao mesmo tempo.
Que fingem ser educadas, todavia mordazes.
Basta!
Estou de saco cheio dos sacos alheios.
Educação é medida , jamais proporção!
E não me venham com frases complementares,
o que desejo não é a satisfação momentânea, é o momento e a satisfação.
Vamos parar com essa cortesia teatral,
com esse sentimento ambíguo,
com esse jogo de interesses.
Nada deve ser pela metade,
metade nunca foi nem nunca será um inteiro!
Ou nos temos, ou não nos temos!
Maldito foi o momento das falsas palavras,
os duvidosos olhares,
as malícias do humano que não o é!
Malditas foram as palavras ditas sem dizer,
os abraços dados sem oferta,
os completares e nunca complementares!
Malditos foram os toques de mão,
que nunca apoiaram,
apenas se apoiaram;
que não auxiliaram,
apenas se auxiliaram;
que apenas foram toques e anúncio da gravidez,
em parto que somente anunciou partida,
que partiu mesmo sem chegar!
Malditos sejamos se nos enganamos com a esperança adversa!
Maldito o homem que explora o homem,
porque este não é homem, é apenas explorador!
Ontem queria mais o ser,
hoje quero mais é ser.
E que assim o seja!
Detestável é ser humilde sem assim o ser,
sem o ser,
sem o ser,
sem o ser...
Interrogável é nada corresponder.
Quero mais é que se "pronominem" aqueles que não se conjugam!
E que não me contaminem,
nem me minem,
nem me ninem...
E que morram em paz!!!
João D'Olyveira

2 comentários:

  1. Ou toca, ou não toca". (de Clarice Lispector)
    Porque há o direito ao grito.
    então eu grito.

    Clarice Lispector)bjus

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  2. Vi o texto no Valeparaibano. Muito legal cara!

    Douglas

    ResponderExcluir

Agradecimentos Heleunísticos
João D'Olyveira

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