Heleu e a mulher

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MSN.com

Ela diz:
Vim te dar Boa noite...

Heleu diz:
Boa noite, eterna menina. Tudo bem?

Ela diz:
Tudo bem sim...

Heleu diz:
O que faz de bom?

Ela diz:
Passando o tempo na net, pra ver se o sono vem...

Heleu diz:
Não vem não...

Ela diz:
rsrsrs

Heleu diz:
Vc é mulher forte, guerreira...

Ela diz:
Mulher essa eu sou, agora... o forte e guerreira...

Heleu diz:
Forte e guerreira sim...

Ela diz:
Muitas vezes não consigo ser...

Heleu diz:
Então seja...

Ela diz:
Eu tento...

Heleu diz:
Perceba suas vitórias,
e quantas delas vinculadas a sacrifícios...

Ela diz:
Percebo...rs

Heleu diz:
E aí? É guerreira? rsrs

Ela diz:
Pensando por esse lado... sou sim guerreira rsrs

Heleu diz:
Guerreiras fascinam guerreiros rsrs

Ela diz:
Agora pouco estava me sentindo apenas mulher...

Heleu diz:
E agora?

Ela diz:
Agora sou mulher guerreira!

Heleu diz:
Perdoado se a mulher (e se a guerreira) sentir sono rsrs
Guerreiros também precisam descansar...

Ela diz:
Lindo! AMO suas palavras...

Heleu diz:
Amo vc, que é mulher, que me oferece beleza plena...

Ela diz:
Às vezes precisamos de palavras, de beleza...

Heleu diz:
Homens somente oferecem beleza, quando a beleza também lhes é oferecida.
E vc me ofereceu essa beleza, o que justifica as palavras...

Ela diz:
Continue...

Heleu diz:
Se mais beleza me oferece, mais belo o meu mundo...

Ela diz:
Palavras e beleza...

Heleu diz:
Homens e mulheres, mundo e mundos...

Ela diz:
Momentos...

Heleu diz:
Beleza ofertada e recebida...

Ela diz:
As palavras viram poesias quando vem de vc...

Heleu diz:
Porém, todo poeta precisa da musa...

Ela diz:
Sou musa?

Heleu diz:
Musa e palavra, porque musa é palavra...

Ela diz:
E os poetas?

Heleu diz:
Responsáveis pela evolução das musas...

Ela diz:
Continuo precisando de palavras...

Heleu diz:
As palavras saem, os sentimentos permanecem,
a ação da vida continua, o todo acontece...

Ela diz:
Preciso do poeta...

Heleu diz:
As palavras me inspiram, vc me inspira,
e o verbo se faz frase poética, e vida em abundância...

Ela diz:
Lindooo, tudo lindoo! Fiquei até mais animada...
Suas palavras inspiram coragem...

Heleu diz:
Lembre-se de que ser mulher é assumir-se como guerreira,
e de forma natural. Toda mulher nasce pra lutar...

Ela diz:
E lutam...

Heleu diz:
A diferença entre as mulheres é a percepção que cada uma delas tem para fazer uso das armas que possuem.
Afinal, cada tipo de luta pede um tipo de arma,
e para cada luta uma estratégia...

Ela diz:
Diante dessas palavras, nem sei o que dizer...

Heleu diz:
Equilibre sentimento feminino e força de guerreira.

Ela diz:
Às vezes é difícil...

Heleu diz:
A dificuldade é estimulante...

Ela diz:
Como ?

Heleu diz:
Acredite em vc, porque vc é força e poder.

Ela diz:
Estou mais forte.

Heleu diz:
Então, queira o poder.

Ela diz:
Quero!

Heleu diz:
É seu. Agora já pode descansar.
Vamos dormir??? rsrs

Ela diz:
Acho que já está na hora...

Heleu diz?
Sonhe com anjos vestidos de azul e branco.
Peça a eles apoio, e observe que, dentre eles, alguém que te curte muito...eu!
Um anjo que deseja o seu bem...

Ela diz:
Lindo! Te adoro...

Heleu diz:
Boa noite, eterna menina!

Ela diz:
Obrigada por suas sábias palavras... estava mesmo precisando delas.

Heleu diz:
Até... minha parceira, minha guerreira...


E depois dessa "AVENTURA VERBAL", os dois anjos adormeceram e sonharam, porque entenderam as sábias palavras sentimentais de Gonzazinha:

[...]Guerreiros são meninos
No fundo do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os torne perfeitos
[...]

(Um Homem Também Chora -guerreiro Menino)

Em suma:

Homem é ser munido de qualificações diversas. Mulher é soma diversa de seres com qualificações específicas. Assim, homem não deve ser visto como "o protetor" da mulher, porque sua principal função humana é oferecer segurança ao processo evolutivo. Se "protetor", que seja de uma narrativa que apresenta protagonista forte e capaz: a mulher. Bendito seja o ventre feminino, porque bendito é o fruto do ventre da mulher, que é o homem. Pena, apenas, muitas mulheres não se posicionarem, como guerreiras, frente ao poder que já lhes é de direito desde o seu próprio nascer!

João D'Olyveira

HELEU e a saudade

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Esses meios de comunicação...


No cotidiano da vida e dos dias, promovemos encontros e desencontros. Ora sorrimos, ora choramos. Ora...oramos! E são nos momentos de oração, aqueles aos quais nos entregamos de alma, que as coisas acontecem, que brota a saudade. A saudade de Deus e das reais criaturas divinas.


E refletimos...


Entrega de corpos é entrega terrena. Tão terrena, que se concretiza por ações de prazer e não de saudade. Se aceita, a teoria do homem é a de que podemos ter vindo da terra e de que para a terra voltaremos. E na Terra residimos e moramos, outras vezes apenas habitamos, governamos e desgovernamos, mandamos e desmandamos, pedimos, às vezes agradecemos...
E na Terra, amamos e sentimos saudade!

A compreensão que temos é a de que a palavra saudade, que se fez portuguesa, portanto também brasileira, ela somente ocorre quando a utilizamos com alma: antes, durante e depois da partida. Que saudade é vocativo, porque chama, pede, atrai. Assim, saudade, enquanto alma que deseja voltar, é sentimento universal!


ÊTA SAUDADE DANADA!

Hoje, em um dos meus diálogos virtuais, recebi de um amigo uma mensagem que tratava da saudade. Tratava, no sentido de que ele se disse com saudade de mim. Quão gostoso é saber que alguém sente saudade de você. Se sente, é sinal de almas que começam a conversar, sinal de que os corpos se tornam secundários. Como é difícil secundarizar o corpo!


Quando uma alma sente saudade, a outra também começa a sentir. Quando uma alma revela a saudade sentida, a outra ganha o momento de ser completa. Isto se assim desejar, se assim realmente for. Caso contrário, não há saudade, porque não há alma!


Depois da observação emanada, fui perceber que havia outra comunicação, e nessa outra comunicação, outra vez a saudade. Eu, com alma de poeta, pratiquei meu exercício preferido: fiz-me pensar e escrever!

E escrevi...

Estou no mesmo endereço,
o número do meu telefone ainda não mudei,
o sorriso continua aquele que você um dia criticou de morno,
mas saiba que ele é verdadeiro,
porque meu sorriso é para poucos,
é para você.
Então venha...


Não precisa fazer a mala,
nem se preocupar com avisos,
nem com a grana que sei é pouca.
Não se preocupe com quase nada.
Aqui você será pessoa amada, e isto lhe bastará!
E isto nos bastará!
Então venha...

E traga com você essa saudade,
para que possamos "matá-la" juntos.
Nossa arma será a troca de carícias,
de beijos, de...
Então venha...


Antes que o tempo passe,
a saudade passe,
antes que nós nos tornemos passado.
Então venha...de graça!
Com toda a graça,
já estou a aguardar você...

E assinei...


“Com carinho, Joly, quase uma ovelha!”

E fui refletir, curtir a ação da escrita. Ler e reler. Reler e reler. Gosto da releitura, ela me oferece outras respostas. Assim faço com os filmes, assim faço com os comerciais de televisão, assim faço com as apresentações sociais, e com os humanos que me completam e me complementam. Releio-os, para obter respostas. Nem sempre elas se apresentam, mas me importa que eu as busco!


Realmente fui “quase ovelha”, porque foi quase um sacrifício, quase uma entrega, de tão verdadeiro o poema, que se fez testa da minha verdade almística. Naquele momento eu me reli. Naquele momento eu também senti saudade...


E decidi passar essa aventura a vocês. E desejo que se lembrem de que saudade é expressão da alma. Sente saudade aquele que leva consigo outra alma, porque saudade é ponte espiritual, é a vontade de ter novamente Deus.


E a vontade de ter o divino é o mais expressivo significado da Arte: a SAUDADE DE DEUS, afirmou Mazzini, porque é manifestação artística autêntica. Sente saudade aquele que, mesmo estando longe, deseja se aproximar. E cria vias, que também são sacras, para chegar ao destino. E chega, mesmo sem chegar!


Assim...


Que possamos separar as necessidades da alma das necessidades do corpo, porque os alimentos são diferentes. Alma ama, odeia; agrada, recusa. Corpo sente prazer, e intitula esse prazer. Para o corpo arroz, feijão, malhação. Para a alma, unicamente oração, no seu conceito mais breve: "diálogo íntimo com Deus", que se fez o próprio homem, a própria criação.
Se sinto saudade do outro, o outro é meu "deus". Se expresso materialmente essa saudade, é Arte. Saudade é distanciamento do homem perante o Criador; momento de agradecimento, em razão do pedido de volta; momento de resolução dos problemas matemáticos dessa vida administrativa. Todavia, somado a tudo e a todos, é produção de saberes!
Nenhum artista produz sem estar no momento da saudade, independentemente do espaçamento mental dessa saudade. Pode ser do passado distante, do ontem, do quase agora. E isto já é saudade! E isto vale reflexão!

E na saudade, canto...

Sou capaz de gritar
E de te ofender
De me machucar
Mas não de te perder...


Gosto de Ser Cruel
(George Israel/Paula Toller)

Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu...


Gostoso Demais
(Dominguinhos/N. Cordel)

[...] Se a gente não fizesse tudo tão depressa
Se não dissesse tudo tão depressa
Se não tivesse exagerado a dose
Podia ter vivido um grande amor...


(George Israel/Paula Toller/Lui Farias)

É, tô com saudade de você!!!
Beijos ternos e eternos.
Com carinho,


João D’Olyveira

HELEU e o fim de ano


DRUMMOND já dizia:


"O grande barato da vida é olhar para trás
e sentir orgulho da sua história".

Mas, o mesmo autor também nos faz refletir,
quando diz:
"às vezes se espera demais das pessoas..."

E mais um ano se escorre por entre dedos.
E lá "se" vai 2009...

Muita coisa rolou neste ano que,
ainda no circular de algumas horas,
insiste em ficar.

E que fique tudo o que tem direito.
Afinal, todos nós temos o direito de "ficar",
até que a gente se acabe ou "ex-termine".

Explodam-se os "quês" e os "porquês"!

É assim: ficar até acabar.

Cruel mesmo é fim de baile.
Quando ficamos até o final,
corremos o risco de mostrar a real cara de festeiro:
cansaço e sono.
E de ver o piso sem brilho,
o lixo no espaço e tantas outras coisas
que o cenário encobriu.
Cenário é maquiagem!
Na cara, maquiagem.
No espaço, cenário.
Entendeu?
Continue...

No fim da festa,
mulher sente frio e veste "palitot".
Homem dá de macho e não sente o frio da madrugada.
Se sente e "se sente".
E cede o "palitot" à dama.
Que dama?
Que cavalheiro?
Tudo foi fantasia.
Cadê o glamour?
Foi-se..."mau achado".
Foi-se!

Final de ano também é assim.
Como adoramos começo...
Amor no começo é bom mesmo,
coisa dos deuses.
Não queremos nem saber se há diferenças entre amor e paixão.
É amor e pronto!
Ouvimos (ou dizemos) até "estou apaixonado pelo meu amor".
Estou amando e isto me basta!

O tempo passa, o tempo voa, e voa...
E o amando se torna "a mando".
"Faça isso", "Não faça aquilo".
"Por que veio?" "Aonde foi?"
"Quem é aquele?"
"E aqueeeeeeeeeeela?"

E vai...
A mando de quem?

Desempregado, o cara reza.
Insiste que se "deus" ajudar será fiel.
Depois só reclama.
Do salário, dos amigos, dos inimigos, de tudo.
Fiel mesmo, só "corintiano"!
Larga o timão e só pensa no "Timão"!
Depois...
A vida é que foi injusta com ele.
Quem "torce a dor", provoca-a!
Entendeu?
Continue...

Nós somos os comandantes.
Esqueceu-se?
Então, o injusto somos nós mesmos.
"Pombas", COMANDAR-SE é o verbo!
"E o "verbo" se fez carne..."

Tudo no começo é bom, até que se torne ruim.
Depois do gozo, vira para o canto e dorme.
E ronca!
É assim no amor e na dor.
No trabalho,
nos estudos,
na família...
E nas amizades?
Cara, como manter amigos é difícil!
Se muita amizade, vira paixão.
E isso não é bom.
Se distante, é colega.
Se colega, não é amigo.
E a amizade?
É termo de equilíbrio, por isso para poucos e bons.
Se sou amigo, não devo exigir além da amizade,
Se amor, não me é amigo.
Se amigo, pode ser eterno.
Se amor, só o "terno" e vestido branco.
Felicidade e infelicidade são tão próximos e tão distantes.
Guimarães Rosa já dizia:
"Infelicidade é uma questão de prefixo".
Então... vamos "re-começar"!

Mania nossa de dizer que "na segunda eu começo.
"No começo da semana eu vejo isso."
"Deixa comigo que no mês que vem..."
Não bastasse...
"No ano que vem serei outro".
Coisa de doido, "sô"!

A coisa só pega na primeira.
E a segunda?
"Marcha-ré", nem pensar!
Nem na nota...
Entendeu?

ORRA, MEU!!!

Vamos lá!
Vamos mudar.
Vamos começar agora, ainda no 30 ou no 31.
A vida não começa nos 40?
Então...?
Comece no 31!
Mas não nego, e sei que muitos pensam quase que como eu.
Este quase falecido,
quase passado,
foi "oda".
Ora com "s", ora com "f"!
Mas foi...

No pessoal:
infarto, licença, distancia de pessoas queridas e
"muito prazer" forçado a quem realmente deveria ser "a distância".
Foi "ODA", cara!!!

Você deve (com certeza) ter os seus "odas" também!

Conheci gente e "gente".
Um seminarista gente boa,
um motorista sem carteira,
uma diarista que se disse parteira,
um futurista que adora contar histórias,
um sujeito que se diz historiador
e defensor político das artes.
E o cara se sente!

Conheci uma "autruana" que não quer ter filhos,
mas pega no pé pior que mãe que deve pro social.

É...
Mãe que deve para o social é aquela que tudo aprontou
e hoje fica cheia de moral pra cima dos filhos.

Conheci uma "francesa" que me tirou do sério.
Deu vontade até de "ceiá-la".
Gostou do "ceiá-la"?
Então... era francesa.
Se assim não a fosse eu a teria "comido" mesmo!
Não me lembro...
Será que saimos...juntos?
Acho que sim...

À parte,
conheci algumas figurinhas interessantes.
Teve gente boa e "boa gente".
Artistas e arteiros.
E permaneci com os poucos e concretos amigos.
Contei 8 e somei 25.
Foi pura tolerância!
Certamente é assim que também entro em algumas listas.

Rolaram textos e contextos, e sexo.
Já coloquei um "x" em tudo que rolou.
E como "assinalei"!

Foi um ano de muita composição.
"Com-posição".
Fechei o ano deliciosamente no escuro.
N0 "ex-curo"?
Com um "r" apenas.
Deliciosamente o fechei!
Esperei por "amigos" que prometeram estar no Natal,
depois na semana entre Natal e Ano Novo,
depois, que "agendaremos..."
Esquecemos-nos apenas de marcar o ano!
Uma coisa que me chamou a atenção foi o número de pessoas
em dúvida e dívida com o social.
Mulheres que se arrependeram dos "casórios",
filhos que não queriam ter nascido,
"filhos da mãe" que ignoram os pais,
profissionais que não o eram,
homens"masculinizados" que se pensam assim.
É isso mesmo!
Homens que precisam se dizer homens.
Tudo para o social!
Birrento, meu!

Alguém precisa dizer pra eles que bastam ser.
"ODAM-SE" os outros!

Mas, não nego,
conviver com quem não é o que deveria ser é "ODA"!

E foi...

Mas, 2009 teve seus "ss" maravilhosos!

No pessoal, mudei de "canto",
de música e de direção.
Conheci novas pessoas, novos amores, mestres.
Mantive e fiz parceiros.
E joguei de letra, na se (é) ta
ou na "se (ê) ta".
Sei que joguei!

Dos meus dissabores (eles existem),
tem um que insiste em "ficar no meu pé".
Liga, faz convites.
É encontro,reunião, debate...
O cara não toma "semancol".
Sou apenas educado com ele.
Ele já "deu tudo o que tinha que dar".
Aliás, paguei caro.
Ele não me deu nada e ainda me tirou o que possuia.
Estou falando de material mesmo!
E ainda se faz de vítima...
Não bastasse, "enrolou" a outros.
Que o "padre" lhe dê perdão!
Conversei seriamente com um aluno que não sabe o que quer.
E pior!
Não quer o que sabe.
E na mesma escola me apaixonei por "Débora",
e sabia muito bem o que queria dela.
E ela de mim...nada de Maga!
Entendeu?
Continue...

Um outro dissabor é "produtor".
Até agora não sei o que ele produz.
Ou sei!
Para cima de mim, produziu uma pérola.
Disse-me: "Embora não aceite a sua maneira de ser..."
Que maneira, "produtor"?
Com certeza não é igual a sua,
que sempre desconfigurou relacionamentos.
Que nunca perdeu um defeito alheio para fazer "piadinhas".
E nem defeito físico!
E as crises?
Esqueceu do salva-vidas de outrora?
Eu (e o coletivo) é que nunca aceitei sua maneira de ser,
porque você nunca foi.
Para seu alicerce:
"Outros" é a mãe do produtor!

Sei que, nesses dissabores, feri.
Sei que magoei pessoas queridas.
Mas, "orra"!
Se elas me entendessem tanto como dizem,
não me forçariam ao "zero".
Elas sabem que usaram o compasso sem passos, na hora e no espaço errados.
Se é que sei o que é "certo" ou "errado".
Ou se isso existe mesmo ou é real invenção escolar.
Quer saber a verdade?
(O interessante é que, quando usamos essa expressão, mentimos o resto.)
Sinto apenas a falta de três dessas pessoas.
Como diz o sorocabano Glauber que não é Rocha, embora a seja:
"Dizer te amo virou expressão fácil, banal".
E concordo, Glauber!
Por isso vou dizer:
"Te quero", "Te gosto", "Te desejo".
Não vou dizer mais
"Te amo" com tanta facilidade,
a não ser na hora do "rala, rola e se esfola",
aí não tem como segurar expressões:
"Tudo o que vier eu topo...".
Lembra-se dessa?
Mas também sei que fiz sorrisos
e me fiz sorrir por isso.
E amei profundamente, mesmo que sem amar.
E foi muito bom!
Coisa de doido, não?
E como algumas pessoas me fizeram feliz..
Algumas com palavras, sorrisos, coisa leve.
Outras, "peso pesado"!

Bem...
Se você me entender, já me basta.
Caso contrário, também!

E que venha 2010!
Venha me fazer cinquentenário!
Jamais direi que estou pronto,
todavia direi que estou.
E estarei com as minhas janelas abertas,
escancaradas para fotografar o diferente.
E isto também me basta!

É senhores!
Tudo chega ao fim.
Para existir começo, algo termina.
"Ex-termina"!
E não façam como uma das minhas amigas eletrônicas,
que precisa mudar e não muda.
Não arreda o pé do nada e deixa o tudo passar.
Jura que o "próximo" vai ser diferente e se difere desse próximo.
Coisa de quem tem o que pediu e não o quer mais.
Se criança, poderia deixar de lado.
Como adulto, sofre por assim o ser.
Sê criança, menina!

Sendo assim, desejo a todos muita verdade,
muita capacidade,
muito bom resultado.
Também desejo poucos problemas.
Quiçá nenhum!
Que problemas sejam questões matemáticas
e nada mais!

E que não tenha ninguém para te "aporrinhar" a vida.
É de amigos que precisamos.
Os outros que passem,
ou que se tornem,
ou que nos conquistem para nos tornarmos!
E "aqueles outros",
que não retornem,
porque nunca me foram.
Se não "me", não "se"!
Entendeu?
FINALIZE, ENTÃO!

E por favor!
Não force ninguém a nada.
Não se sinta um "deus" e nem "endeuse" ninguém.
Apenas viva em paz e paz ofereça ao outro.
E paz não é bandeira branca.
É atitude,
ainda que com a bandeira vermelha nas mãos!

Lembro-me de um trecho de uma letra de música de Renato Teixeira e Jessé,
que diz:

"Somos todos irmãos da Lua/ Moramos na mesma rua/
Bebemos do mesmo copo/ A mesma bebida crua/
E o caminho já não é novo/ Por ele é que passa o povo/
Farinha do mesmo saco/Galinha do mesmo ovo [...] /
E o simples resolve tudo..."

A todos...

Boa passagem e feliz aterrissagem!!!
Saimos do 9.
Chegamos no 10.
E que sejamos 10!!!

E (ainda) nas palavras de Carlos Drummond de Andrade:
"...que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!"

Até 2010!!!!
Com carinho,
João D'Olyveira

HELEU e o ano novo..."dinovu"


Por favor...

Chega de pensar na ceia,
na veste branca,
no vinho importado,
na casa à beira mar...

Pare com essa de "pular ondinhas",
ver tarot,
búzios,
oferecer flores à Iemanjá...

Por favor!

Arrisque fazer diferente,
com outra "gente",
em outro
lugar.

Na "virada",
nem capacho,
nem capataz.

É tudo...ou nada vai mudar!

Sirva a ceia da justiça,
coloque branco na alma,
brinde apenas por ser...

Depois,
"champagnize-se!"

Torne-se oceano,
seja o próprio novo ano
e agradeça por estar.

Mas, por favor...chega de assim pensar!

Em tempo:
Não desacredito desses seus valores,
apenas não os compartilho.

Que o próximo ano seja realmente novo!

João D'Olyveira

Heleu e o tempo franciscano

Foto: "Da Janela Lateral", de João D'Olyveira/Arquivo Pessoal.
CADÊ FRANCISCO?

Portas se fecham;
janelas não se abrem.

Inimigos chegam;
amigos partem.

Senhores calam;
vassalos gritam.

Francisco pede;
ninguém ouve Francisco...

Quem é Francisco?
Quem são eles?
Quem somos nós?
Cadê Francisco?

Ontem, passado.
Hoje, tempos difíceis...

Alimenta-nos, Senhor do Tempo.
Dize-nos o que fazer!

E o SENHOR nos diz:

“Tudo tem seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu...”
(Eclesiastes 3.1)

“... tudo fez Deus formoso ao seu tempo...”
(3.11)

João D’Olyveira

HELEU e os botões

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FELICIDADE, eu ainda acredito...



Disse para meus botões:

"Brotem!"

Eles não brotaram,

insistiram em ficar nas casinhas.

Achei aquela atitude provocativa,

insisti também.

Disse ironicamente:

"Vocês não são botões...? Brotem!"

Eles me responderam em coro:

"Somos!"

"E por que não brotam?".

Um a um, eles foram se soltando de suas linhas,

e escorregaram sobre aquele velho tecido,

que jaz cobria aquele meu corpo também velho...

A cada um que deslizava,

feito personagem de um navio fílmico,

eu gritava:

"Pra onde você vai?".

Já não sabia se gritava com eles

ou para eles.

Apenas gritava...

E eles estavam mudos,

porque eu os havia emudecido.

Eles apenas caiam...

Um a um foram se entregando ao nada,

e se espalhando sobre o piso de madeira...

Olhando aqueles frágeis corpos desalinhados,

num misto de tudo e nada,

de quase tudo em nada,

porque confuso estava,

indaguei-os melodramaticamente:

"Por que caíram, botões malditos?! Falem!!".

Um deles, apenas um,

no golfo final,

respondeu-me:

"Queriamos brotar, mas...

"Mas, o quê?!"

"Nossas linhas,

que são nossas artérias,

se arrebentaram..."

"Sim, mas... por que não brotaram?"

"Porque não somos botões que brotam..."

E continuou:

“...cada um tem função própria.

Eu sou um botão que fecha,

uma das minhas missões era omitir suas verdades físicas..."

E declarou:

"Nós não brotamos.”

E ainda fez um paralelo:

"Nós não abrimos, fechamos!".

E concluiu:

“Brotar é para as flores...”

Dizendo isto,

caiu de vez.

Olhei para os outros, todos mortos.

E foi ali, entre mortos, ferido,

que aprendi mais uma das tantas e necessárias lições:

"Quer matar alguém?”

É fácil...

“Exija que esse alguém seja o que ele não é".

Pronto, está dada a receita!

Agora preciso dormir,

o sono está me dominando,

acho que vou cair...

Mas antes,

quero lhe agradecer:

“Muito obrigdo,

por me deixar ficar em casa.”

Hoje pensei em você, apenas pensei...


João D’Olyveira


“O pensamento

parece uma coisa à toa,

mas como é que a gente voa,

quando começa a pensar...”

(Caetano Veloso)

HELEU e o "com-tato"

MANDA QUEM QUER, RECEBE QUEM SOLICITA
Não me recordo do quando, apenas do fato, da ação. Foi extremamente oportuna aquela apresentação, porque disse a que veio: "Quero ser sua amiga." Apenas esta mensagem. Não olhei a foto, apenas reli a mensagem. E não me pergunte por que a reli. Revelo apenas que era um daqueles dias nos quais para uma palavra dita, um abraço. Se uma frase, um beijo. Se um texto, deixo por sua conta o que poderia ter rolado, ainda que virtualmente. Afinal, prazeres existem para serem desfrutados. Não nego, desejei fazer da frase um texto. Solidificá-la foi preciso. E assim o fiz!


Carência? Sei lá, chame momentos assim como você desejar. Eu os chamarei de "momentos" e apenas desejarei preenchê-los, ocupá-los. E se for com "pessoas", melhor. Já foi a época dos retiros, do sacrário do ermitão. Hoje não. Hoje quero mais é dividir minha solidão. Não a desejo, porém, se vier, que venha na balança. Parte pra mim. Parte para quem estiver comigo. Afinal, solidão coletiva é até suportável.


E que essa solidão seja a dois (ou a três, como desejar). Se em "família", que venha! Juntos, poderá até rolar o esquecimento da tristeza. Lágrimas poderão se tornar risos. Agora, se a "deprê" insistir, por favor, mude o parceiro (ou o casal). Mude o grupo que você insiste em frequentar. Dividir é o verbo e a conta. Não dividiu, agradeça e parta pra outra (ou pra outros, sei lá).


E tenha em mente: solidão só existe por causa de alguém que partiu, ou que não veio, ou que desejei sem revelar, ou que criei em meu pensamento. Então, solidão é cria, em razão de outros. Se é assim, que outros a dividam comigo. E se você acreditar que assim não mais deveria ser chamada de solidão. Pronto. Um passo dado. Acabamos com a solidão. O que ficou? Alguém triste, magoado, todavia não solitário. Pense neste fato e mude comportamentos!


Continuemos...


Um "clik", amizade constituida. Poderia ser mais um caso eletrônico, mais um dentre a atual disputa numérica. Quantos celulares você possui? Quantos e-mails você tem? Quantos são os seus "amigos" no Orkut ou em qualquer outra página semelhante? Quantos? Quantos? Quantos "quantos" ouvimos por aí? Mas não foi apenas um contato. Foi diferente, possivelmente porque aconteceu. E as coisas, quando verdadeiramente acontecem, tendem a se solidificar, ainda que virtuais.

E falando no "ainda", ainda não a presenciei de corpo, apenas de alma, e isto me bastou. Nossos tatos "ainda" não rolaram, todavia os "com-tatos" são muitos. E proveitosos. Uma mensagem amiga, uma palavra de consolo, uma linha de entusiamo, uma saudação. Gota-a-gota, um oceano vai se formando. Divisão, querido leitor. É isto que está em cena: di-vi-dir sempre! Ela me oferece algo. Eu lhe retribuo algo. Palavras e "alma". Palavras com alma, porque é a alma que sustenta a matéria. Quando a alma parte, o corpo se desfaz. Quando digo palavras sem alma, elas se desfazem, ou nada fazem, porque nada dizem. Portanto, pensemos seriamente naquilo que emanamos ao "Uni-verso", ainda que em prosa!

Continuemos de novo...

Noutra data, que também não me recordo, decidi ofertar-lhe uma poesia. É isto mesmo: "PO-E-SI-A"! Nunca me preocupei com técnicas poéticas, para não ter que oferecer poemas, apenas "alma". Prefiro poesia a poemas. E com prazer imenso, apresento-lhes o resultado daquele dia, da "amizade constituida", da minha alma poética.

PARA MANDINHA, este é o título. É "alma" denominada.


PARA MANDINHA

Música romântica

Noite calada

Lua na estrada

Rosa debruçada

Solitário sobre a mesa

Ponteiros malucos

Minutos desordenados

Românticos e solitários

Sob a luz noturna da saudade chamada coração...



Parece-me que ela gostou, e isto me bastou!

"Quero ser sua amiga", disto eu me lembro muito bem, datas eu não me lembro. Carrego comigo que coisas boas são eternas, porque presentes. Sem datas. E presentes são eternos, porque caminham conosco, são luzes. Coisas ruins, por sua vez, devem ser esquecidas. Sem datas e sem eternidade. "Coisa ruim" não vê a luz.

Sei apenas que se faz chamar "Mandinha". Aquela que manda, que nina e que se faz oportunamente mulher. Não sei se é compromissada. Também, não me importo com este fato, até porque o que me importa é saber mais de "Mandinha" e cada vez menos de outros que já a conhecem. E se existir um outro, e ele "se enervar", que respense atitudes. Não deve haver dúvidas em nossas certezas. Se dúvidas, melhor encerrar o processo.

Somos apenas "amigos", ainda que o meu mental insista em me transferir para o século XII, exatamente para as cantigas...de "amigo". E o que mais quero? Quero o mel, ainda que receba uma "picada" da abelha! E isto...também me basta!


João D'Olyveira

"Não é digno de saborear o mel, aquele que se afasta da colméia com medo das picadelas das abelhas." (Shakespeare)

HELEU e o "dez-encontro"

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SE FOR POR FALTA DE AMOR, ADEUS!


DEIXE O TEMPO RESPONDER MINHA PERGUNTA AO UNIVERSO
DEIXE EM VERSO SEU RECADO COM A SECRETÁRIA-DE-ESTAR
NÃO PERGUNTE SOBRE A MINHA VIDA AGORA E CALE
PRA NÃO MAIS ME PODER FALAR

DEIXE O VENTO TRANSFORMAR MEU PENSAMENTO EM ÁGUA
DEIXE A MÁGOA SE PERDER COM O PASSAR DAS HORAS
NÃO PERGUNTE SOBRE O MEU DESTINO AGORA E CEGUE
PRA NÃO MAIS ME PODER ENXERGAR

DEIXE O JURAMENTO CANCELAR MINHA VISÃO DE HOMEM
DEIXE O PÓLEN SE ESPALHAR COM O PASSAR DO VENTO
NÃO PERGUNTE SOBRE O MEU DESEJO AGORA E PARTA
PRA NÃO MAIS ME PODER VOLTAR

PRA NUNCA MAIS ME PODER FALAR
PRA NUNCA MAIS ME PODER ENXERGAR
PRA NUNCA MAIS ME PODER VOLTAR

PRA NUNCA MAIS EU TER QUE TE OUVIR
PRA NUNCA MAIS VOCÊ TER QUE ME VER
PRA NUNCA MAIS EU TER QUE ME RECEPCIONAR

PORQUE O QUE MAIS QUERO AGORA É TE ENTERRAR
É TUA ALMA CREMAR
E MEU VOCÊ JAMAIS RESSUSCITAR!


João D'Olyveira

HELEU e o "ré-encontro"

http://www.amorepaixao.com.br/

BOCA DE FORNO

Ponto de ônibus.
Clima ameno.
Fim de noite.
Quase madrugada.
Em uma cidadezinha qualquer...

Independentemente de todos os percalços, o clima era de final de brincadeira. Hora de voltar pra casa. Na mente, casos, acasos e ocasiões. Não esperava por ninguém a não ser o transporte (nem ouso dizer o motorista do ônibus, era o ônibus mesmo que eu queria). E este era apenas o elemento funcional naquele momento de minha vida. Na verdade, o que mais desejava naquela hora era relaxar o corpo e a mente. Pudera, havia passado por doze horas de trampo, e corridas. De repente, um grito ecoou noite adentro: "Joooooooooãããão!".

Fosse apenas um grito, seria somente ouvidos. Olhar? Naquele lugar e naquela hora? Jamais! Mas era meu nome que havia sido pronunciado. Por mais comum que seja o meu nome, sabia que era eu a pessoa chamada. Então, a ação era mais que apenas um grito, era um chamado. Um "need to talk to you". Até porque não havia mais ninguém por ali (pelo menos acreditava naquela possibilidade). E sendo assim, nada mais honesto que atender àquele chamado. E o atendi. Alguém gritou: "Boca de forno". Respondi: "Forno!". E assim o foi!

Primeiramente um determinado olhar ao veículo que passara e já se posicionara a uns cinco metros do local onde me encontrava. Quando fixei os olhos, tentando (pelo menos) reconhecer o veículo, ele deslizou suavemente até onde eu estava parado. Diferentemente do grito, agora de forma branda e extremamente carinhosa, fui indagado por uma voz de comando, ainda que dócil: "Faz o que eu mandar?".

Na suavidade do momento, apenas um gesto com a cabeça. Concordei. Porta destravada. Entrei. O boa-noite (ou quase madrugada) foi dito com um beijo. O natural aperto de mãos foi substituido por carícias. Nenhuma fala em um longo e silencioso texto. A partir daquele momento, a brincadeira seria outra. Muito depois, a fala natural: "O que você faz perdido por aqui?".

Não busquei resposta, disse no tapa: "Desejava que alguém me encontrasse". "E esse alguém..." , disse a personagem noturna. "...foi você", completei. Mais um longo beijo. Um abraço de corda de marinheiro. Respirações fortes e localizadas. Risos. Ainda que a estrada insistisse em ser longa, a viagem foi curta. Porém, o suficiente para um diálogo absolutamente pausado, temperado com olhares, carícias, toques...


Ainda que fragmentado, falamos de quase tudo, de quase todos e muito de nós. Contudo, em momento algum me remeti ao passado, até porque passados amorosos devem apenas receber orações de agradecimento. Presente é o que importa, por isso se chama presente. E naquele momento havia recebido um lindo presente: um reencontro. Sendo assim, embora existisse passado, não era passado. Era presente, porque a personagem estava comigo e não apenas em minha mente. Estava comigo, assim como a viagem chegara ao fim.

Ponto de chegada. Hora da despedida. Calaram-se os papos. Outro beijo. Mais um beijo. Um correr de mãos à procura de apoio. Apoio. Um longo abraço. E "tchau!", disse. Foi quando ouvi: "Posso pedir mais uma coisa?" Concordei. Ela insistiu: "Se não a fizer?". Respondi: "Tomo bolo". Ela me olhou, sorriu marotamente e cancelou o pedido. Entendeu perfeitamente a expressão que lhe foi respondida: se não cumprirmos nossas promessas, pagamos por elas. E isto é natural em qualquer situação. É fato. "Se não tem certeza, não prometa!"

E assim foi. Sem promessas de novos encontros, o que me é agradavelmente interessante em qualquer dos meus relacionamentos amorosos. Quiçá fossem em todos! Compromisso é ação de profissionais e não de amantes. Amor, paixão, sexo pertencem a outras áreas, portanto carecem de outras ações.

Sempre concordei que marcar novos encontros significa continuar. Porém, como continuar aquilo que já está completo. Penso assim: "a história deve ser completa no tempo, no espaço e na ação". Novo encontro, portanto, é nova história. E ainda não sei quem serão os novos atores. Sei apenas que depois os escalarei. Caso contrário, serei eternamente dirigido.

Agradeci. Destravei a porta do carro. Sai. Nem olhei para trás. Aliás, nunca olho para trás. Sempre acreditei que (assim fazendo) pudesse me tornar uma estátua de sal. Eu não quero ser estátua. Quero vida em abundância.

Hoje me resta o acaso, que se tornou um caso, em razão de uma ocasião. A imagem ficará em minha mente como um "bom presente". E esse "presente" será lembrado noutros dias, noutros pontos de ônibus, noutras cidade, até que apareçam outras personagens interessantes, para que eu possa compor minha real narrativa, a qual se apresenta em capítulos dários. Até porque o que realmente vale nesta vida são os encontros. Sejam eles quais forem. Seja o encontro com o outro, com os fatos, com a realidade, com as descobertas. O nosso próprio encontro. Este extremamente necessário, para que, no encontro com o outro, possamos ser e estar e não apenas estar. Estar sem ser jamais será completo. Tenho provas disto.


Na mente, apenas a voz a me dizer:
" Boca de forno."
E minha versão criança não inocente a responder:
"Forno!"

João D'Olyveira

HELEU e as "más-caras"

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BAILE DE MÁSCARAS


“Um dia a máscara cai”, disse um sujeito no cume da raiva, referindo-se a outro sujeito, motivado por um descontentamento ocorrido entre eles. Pena, no desequilíbrio linear entre razão e coração, o dito falante não ter podido refletir sobre as muitas máscaras que também faz uso. Se assim agisse, jamais diria tal frase (ou pelo menos saberia como expressá-la), até porque o saber expressar ou omitir esse dizer significa preservar-se de uma fatídica autoacusação.

O que se observa é que “ele” (o dito falante), além de não perceber a máscara que usava enquanto pronunciava tal frase, ignorou uma informação básica, a de que somos uma parte máscara e todas as outras também. Não bastasse, deixou de lado a informação de que, quando apontamos como única a máscara do outro, enganamo-nos, acreditando que somente esse “outro” fosse capaz de fingir, representar. Como se somente esse “outro” enganasse. Nem passou pela cabeça do sujeito falante, que “máscara” é condição social e (por que não) necessidade política.

Importante salientar que, longe de tudo o que é ficção, representação artística, e distante completamente de qualquer ritual, refiro-me, neste momento, às nossas máscaras cotidianas, à personalidade de cada indivíduo (máscara, do grego persona). Para Jung[1], por exemplo, são oito os tipos de personalidade. Os estudos do Eneagrama[2], por sua vez, apontam-nos nove tipos, todos funcionando como uma máscara invisível, uma casca que criamos para nos adaptarmos ao meio social.

Segundo Mário Margutti[3], estudioso em Eneagrama, uma das funções desse estudo “é exatamente a de nos dizer qual é o número da caixa onde nos empacotamos, para que possamos sair da prisão da mecanicidade e despertar o nosso verdadeiro ser, que é consciente e não mecânico”. E completa: “Para despir a máscara, é preciso contrariar os hábitos, vícios e paixões que cada tipo de personalidade adquire desde a primeira infância. Algo que não é nada fácil”.

Sendo assim, como estamos cotidianamente presentes nos mais diversos “bailes de máscaras”, nos quais muitas vezes não somos apenas “convidados”, mas “anfitriões”, que possamos refletir sobre nossos posicionamentos críticos, porque, antes de qualquer análise (quanto mais da alheia), é preciso descortinar nossas próprias prisões. E perceber que somos sócios de inúmeros cárceres (“de carteirinha”), e muitos deles “mascarados” de liberdade absoluta.


João D’Olyveira


[1] Carl Gustav Jung (Kesswil, 26 de julho de 1875 - Küsnacht, 6 de junho de 1961) foi um psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana. Informação obtida em: http://www.geocities.com. Acessado em 6 set.2009.

[2] Sua origem não é conhecida. O que se tem são informações sobre sua aplicação, há mais de 4.000 anos, pelos sumérios, pela fraternidade Sarmaun, por Zoroastro, Pitágoras, e outros. Informação obtida em: http://www.eneagrama.com.br. Acessado em 6 set. 2009.

[3] Mário Margutti é jornalista, ministra Workshops de Simbolismo e por muitos anos atuou como um dos diretores do IDHI ® ®. Citação obtida em O ENIGMA DAS MÁSCARAS - De utensílios ritualísticos à psicologia moderna, a história das máscaras está ligada à própria história do homem, escrito por Natália Klein, em: http://www.rabisco.com.br/56/mascaras.htm. Acessado em 6 set. 2009.

HELEU e o librianismo do artista

http://www.tvi24.iol.pt/multimedia


Se você deseja saber onde estou, jamais confie somente nas suas verdades e certezas. Acredite que sabe pouco de você e menos ainda dos outros. É isto que justifica, respectivamente, viver e parceirizar-se em vida. E sendo assim, não me procure longe de mim nem distante de você. Se realmente me desejar, estarei sempre por aqui, que não se adverbializará por aí. É aqui mesmo, sem por nem tirar! O sucesso dos nossos achados dependerá do posicionamento físico e mental do procurado e do procurador. Neste momento, posso estar em seu pensamento ou em seu coração. Posso até não estar. A única incerteza é que, no cotidiano dos meus passos, revivo-me e revigoro-me. A certeza é que acredito nesta possibilidade. Sempre, no silêncio sonoro das palavras emanadas ao Universo, ecoo meu grito de esperança, ainda que neutra. E mais neutra será a audição não praticada frente às testemunhas cartoriais. Noutros momentos e tempos residuais, resido nos mais diversos olhares, e loco-me no fixo olhar d'alma, na calma e no vazio de um olhar que me preenche e me vivifica para novos olhares. Todavia, somente me realizo no grito dos amantes. Afinal, amo as diversas formas de amar e de fazer amor. Ilusão achar que sou apenas um artista, sou a própria arte em mim e por mim produzida, no coletivo d'outros que me apreciam e, sutil ou violentamente, me moldam ou me amordaçam, quando me divirto em risos ou em prantos. É assim a arte, como um tear. Ela me compõe e me recompõe. Independentemente do gênero que a denomina, revela-se, fernandinamente pessoal, na dupla vida de todo artista: é a representação da verdade até então omitida, a qual nos representa em procuração por nós mesmos proposta, assinada e reconhecida no cartório dos nossos bens sentimentais mais prezados e caros.


Arte, João D'Olyveira

HELEU e a Luz no Fim do Túnel

http://www.google.com.br


LUZ NO FIM DO TÚNEL OU O PRÓPRIO TÚNEL?


Procurava por minhas publicações e me encontrei no interior de uma delas. Se todas elas eu encontrasse, em todas lá eu estaria. E me pus a pensar...


O elemento motivador do homem é a eterna procura. Procuramos tudo de quase tudo em quase tudo. Procuramos caminhos e soluções. Procuramos parceiros, amores... Procuramos soluções para os problemas que nós mesmos criamos em nossa caminhada. Mas, de que nos vale a luz no fim do túnel, se o mais importante, em vida, é o próprio túnel?
Se assim é, que possamos aproveitar a passagem, curtir o chão, o teto, as paredes desse túnel; e, especialmente, aqueles outros que transitam no mesmo túnel em que caminhamos, e tirar proveito dos seus “ensinares”! Sem medos, curtir a escuridão do túnel! É na escuridão que se valoriza a luz. É na escuridão que exercitamos o olhar, para o necessário ver.

E tudo porque, quando a luz chegar, na boca final desse túnel, uma das nossas vidas se encerrará. Sabedores disso, percebamos que essa luz apenas terá a função de iluminar novas entradas, jamais interiores, apenas portas e portões. Quando auxílio, janelas. E o entendimento é simples, ainda que desconfortável para alguns. Somos nós, nessa procura, os únicos responsáveis pela nossa própria "auto-iluminação".

Dessa forma, não mais percamos o nosso tão precioso tempo desejando a “luz no final do túnel”. Que possamos curtir, sem arrependimentos, o túnel que nos pertence, porque nós mesmos o projetamos!

E, no momento exato, essa luz surgirá, para iluminar nossa passagem para outro túnel, também projetado por nós, em razão do uso qualificado dos talentos que nos foram ofertados, a partir das divinas imagem e semelhança, e do livre arbítrio, que nos é singular, porque oferece plural.


Portanto, mais que pedir luz, que possamos obtê-la a partir das nossas ações cotidianas! Afinal, quanto mais significativas essas ações, mais luz no final do nosso túnel.


Boa caminhada!

João D’Olyveira

HELEU e a danada da posse

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MONOPOLIAMOR

Linda,
no reflexo dourado da minha doce manhã,
na brisa leve deste meu inverno de avelã,
na claridade da Lua que me revela meu céu...

Linda,
na rua da minha mocidade que se foi,
na estrada dos meus sonhos de herói,
na parada dos meus desejos que inda estão em mim...

Eternamente Linda,
neste meu pensamento livre e sem pudor,
nesta busca incessante do meu eterno amor,
nestes meus casos e acasos hoje virtuais...

Eternamente Linda,
na branda saudade brotada em meu coração,
na vontade extinguida de toda minha razão,
nos meus passos e compassos tão naturais...

Linda,
amada dos meus ritmados e melódicos dias,
doce melodia dos meus marotos carnavais,
delicioso mel da bela flor que se cultiva em mim...

Linda,
minha força e meu reencontro na paixão das minhas horas,
meu confronto com a paz na minha solidão que chora,
minha sede de viver que não deseja meu fim...

Eterna e sempre Linda,
minha vida e minha glória em meu cantar de luz,
minha terna e eterna história que hoje me conduz,
sempre minha porque sempre foi meu sim...

Eternamente Linda,
meu amor em cada uma das minhas verdades reveladas,
meus fios e desafios desta minha estrada,
meu tudo no momento absurdo deste meu real...

Linda,
minha eterna companheira dos meus primeiros segundos,
meu verso em poesia no completo tempo do meu mundo,
meu único onipresente tão presente do meu sempre natal...

Te amo, Linda!
E isto me basta.


João D’Olyveira

HELEU e o tempo presente

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SÓ HOJE

Hoje quero olhar pro nosso céu
E pedir perdão ao nosso Deus
Quero olhar pro nosso Sol
E não mais só me queimar...

Hoje quero andar em nossa rua
D’alma nua sem pudor
Quero olhar pro seu que é meu olhar
E lhe revelar o meu que é nosso amor...

Hoje quero
Tudo quero
Quero tudo que puder
Hoje quero
Quero tudo
Quero tudo que vier...

Hoje quero ouvir nossa palavra
Quero a mais pura da nossa decisão
Quero resgatar o nosso mar de sentimentos
Quero nossa mente e tão somente nosso coração...

Hoje quero refletir nosso espelho
Ver minh’alma e a sua resgatadas
Apagar nossos olhos vermelhos dilatados
E poder sorrir pra mim e pra nós...

Porque o tempo se esvai e não volta
Porque o tempo que passou foi revolta
Porque o tempo foi sincero e nos revelou
Porque também sincero fui e fomos

Porque também fomos sem quase voltar
Porque também sincero como o tempo sou
Porque há tempo de nos resgatar

Hoje quero
Tudo quero
Quero tudo que puder
Hoje quero
Quero tudo
Quero tudo que vier

Só hoje... amanhã poderá ser tarde demais!

João D'Olyveira

HELEU e a monoreflexão

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Mais uma vez,
o tempo se fez neutro.
Quase cinza, quase sem cor.
Oportunamente,
o inegável passado me veio à mente,
para me condenar.
E me condenou.
Pura acusação do tempo!

Desejei lágrimas, elas se recusaram a cair.
Desejei vozes, ouvi apenas uma expressão:
"Mea culpa, mea máxima culpa".

Sem forças, reconheci a verdade:
a culpa era realmente minha!
Porque sempre será nossa culpa
a situação na qual nos encontramos.


Emanamos tristeza porque atraimos tristeza.
Emanamos dissabores porque atraimos dissabores.
E por aí vai...
Vida é ação e reação!
Deus faz a parte que lhe cabe,
que possamos fazer a nossa!
E sem reclamar...Amém!

João D'Olyveira



Mais uma reflexão:


"Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!"


(Chico Xavier)

HELEU e as raízes do amor

RAIZES DO AMOR

Quando as raizes do nosso amor mostrarem a cara
Não me pergunte nada
Nem ultrapasse o tempo dos fatos
Por favor...
Deixe o tempo passar por si só!
Não me olhe de forma acusativa
Nem coloque palavras em minha boca
Por favor...
Deixe o tempo dizer a nossa verdade!
Não me julgue culpado ou inocente
Nem ignore o momento que tanto nos angustia
Por favor...
Deixe o tempo se tornar bálsamo!
Não me poupe da ação humana
Nem decida se fica ou se parte
Por favor...
Deixe o tempo apresentar seu natural esgotamento
E só então decida o fato
Sem entreatos
Em breves palavras
À luz do real momento...
E que seja sem mágoas
Sem farpas
Sem tapas
Sem mentiras...
Porque no amor não se ganha nem se perde
Ou se é presente porque é presente
Ou se é ausente porque nunca foi
Quem joga com o amor compete em posse
Porém...
Amar jamais será sinônimo de possuir!
Assim...
Quando as raizes do amor mostrarem a cara
Decida por enterrá-las ou faça tombar a árvore
Porque já ofereceu os frutos que deveria
Já promoveu sombras em demasia
Já vivenciou por vezes todas as estações...
E decida em qual estação descer!
Se o outro tiver que partir
Que parta em paz!
E que seja feliz!
Porque foi amado no seu e no próprio tempo...
João D'Olyveira

DESTAQUES DO MÊS