HELEU e a quase declaração de amor

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D E C L A R A Ç Ã O

Declaro a todos os meu leitores,
que um canto popular quebrou meu encanto, 
quando me mostrou outro canto e me fez cair na real. 

Declaro, também, que, após um final de semana contundente,
entre palavras, imagens, túmulos e "gentes",
um Big mac no Mcdonalds,
cobras no Butantã,
um Diretor e um Ator
em plena Capital funcional,
não pude declarar meu amor.

Declaro, ainda, que tudo se passou após uma noite diabólica,
surtada em razão de uma cólica renal,
sob o incômodo cheiro de flor-de-defunto seca,
com muito sal-de-fruta e lisador, 
muita água, diarreia, oração e dor.

Possivelmente por eu ter comido gulosamente duas panquecas: 
uma de carne, outra de couve cultivada - brócolis,
cobertas com molho vermelho e branco, respectivamente,
com direito a uma dose de um destilado incolor de origem russa e duas cevadas maltadas.

Ou quem sabe,
por eu ter ouvido em demasia uma "mãe-de-santo" cotidiana,
que havia previsto as cólicas renais, a asia e outras "coisinhas" abruptas demais.

Declaro, finalmente, que na soma dessas ações,
 aprendi mais uma lição de vida, 
em um simples canto popular.

Já era final de domingo,
em terras taubateanas,
em minha big cama,
quando comecei a cantar,
como se canta um sambinha maneiro...a la Martinho!

"Nem tudo que reluz é ouro
Nem tudo que balança cai
Nem sempre tem um tesouro
Por onde a gente vai [...]"

Todavia, não nego, ainda estou a fim de...você!

João D'Olyveira


HELEU e o sexo animal



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SEXO-ANIMAL

Olhou-me sorrateiramente;
devolvi àquele olhar um outro olhar, no mesmo tom.
Aproximou-se; aproximei.
Rosnou; rosnei.

Depois nos beijamos,
animalizamo-nos naquele lamaçal.
Eram dois imundos corpos imundos confabulando cenas obscenas.
Foi bom enquanto durou,
porque não durou mais que o necessário para saciar o prazer carnal.

Dias desses,
novos olhares: nada sorrateiros,
apenas verdadeiros.

Olhares desconhecidos...


João D'Olyveira


HELEU e a saudade...de novo!

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ESSA TAL SAUDADE...DE NOVO!

Hoje a saudade bateu tão forte, mas tão forte,
que não tive outra escolha, a não ser apanhar.

João D'Olyveira

HELEU e os tempos modernos




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Modernidade, sentimento ou travessura?

Uma, duas angolinhas
Uma, duas menininhas
Uma, duas andorinhas
Uma, duas...menininhas?

Cabeleira  e chaleira
Bonequinha e carrinho
Azulzinho e rosinha
Coelhinho...coelhinha?

Uma, duas menininhas...ou menininhos?
Chupetinha ou biquinho?
Não sei...não sei!
O tempo responderá...


João D'Olyveira

HELEU e o túnel do amor




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Não precisa me dizer ,
já sei que não tem volta,
que é a última vez,
que vai ser melhor assim,
que é caso encerrado...
Todavia, na madrugada, 
sempre existirá o túnel, o clima... e a vontade de continuar.
E nesse túnel, eu e você formando nós...e nós! 

L'aube, le climat… Très bon être avec toi !

João D'Olyveira

HELEU e a verdade shakespeareana sobre amor e amizade



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Sobre a diferença entre amor e amizade, um sábio disse a Shakespeare a seguinte verdade:

"O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração."


Refleti muito sobre as palavras de William Shakespeare e percebi como é difícil travar um diálogo entre amor e amizade, entre amigos e amores. Nesse impasse, já não sei se lhe digo: "Entre ou saia!", "Entre e saia, por favor!", "Não, fique!" ou "Não fique!". Não nego que teria sido mais fácil se continuássemos apenas amigos; contudo, que não sejamos inimigos depois do que aconteceu e ainda quer acontecer entre nós.

                                     Então...


"O que eu vou dizer

você nunca ouviu de mim,
pois minha timidez
não me deixou falar por muito tempo..."

Todavia, a canção de Fernando e Milton dirá por mim...ou por nós!


João D'Olyveira



Amor amigo

Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento

HELEU e o silêncio




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Essencialmente nos ambientes profissionais, algumas situações fazem refletir "pessoas" e não apenas "profissionais". Assim sendo, por maior que seja a sua vontade de sair gritando por aí, procure manter seus projetos em silêncio e suas vitórias na discrição. Lembre-se de que somos efetivamente livres condutores de nossos destinos e comandantes de nossas vidas. Para tanto, façamos valer um dito popular: "Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro!", visto que somente o ouro está livre de oxidação. A prata, por sua vez, pode se alterar na presença do gás sulfídrico (sulfeto de prata). Quando ela se liga a outro metal, portanto, resulta em cobre...ou seria "cobra"? É para pensar!

João D’Olyveira



HELEU e o professor



Ilustração: Renato Alarcão 


"A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia - uma segunda-feira, do mês de maio - deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar amanhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o Campo de Sant’Ana, que não era então esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a escola [...]"(CONTO DE ESCOLA, de Machado de Assis).


O mundo se apresenta tão moderno, no entanto muitas das nossas escolas ainda continuam sem educação. Nesses espaços (que deveriam ser sagrados), criam-se profissões para "vigiar e punir", para tolherem aqueles que realmente constituem uma escola: os professores e os alunos.

O que deve ser apreendido, é que somente professores professam...ensinam. Quando um administrador escolar ou qualquer outro profissional que não exerça o cargo de professor (dentro ou fora da escola) começa a ensinar, antes de ele ser apenas mais um profissional da escola, tornar-se-á um professor. 


Aqueles que ocupam a função de professor, todavia não professam, merecem apenas a aposentadoria. Afinal, somente os profissionais da educação se aposentam. Professores se eternizam!

Acredite, Professor... 


Um dia você se aposentará das escolas, todavia continuará sendo professor, mesmo sem cadernetas, sem planos de aula...porque terá apenas planos de vida. 


Conteúdo de hoje? Vida! Tarefa para amanhã? Mais vida!  Na aula de Matemática? Calcular palavras, antes de fazê-las armas perigosas. Na aula Português, conjugar corpo e alma, para, na aula de Biologia, saber como alimentá-los. 


Há tantas almas passando fome em tantos corpos bem alimentados...


E na aula de Música? Cantar, tocar...e tocar no coração humano. E por aí vai...nesse real jogo interdisciplinar!

O professor não está nessa por acaso, porque eles (os alunos) o escolheram para essa caminhada, assim como o professor também os escolheu. Por essa razão, trate bem a eles (ambiguidade proposital), e eles certamente o tratarão bem...também.


No final de cada etapa, meta cumprida, e Vida trabalhada para vidas... uma, duas, três...muitas vidas!

Professor, não reclame do trabalho, agradeça recompensas e salários. Todavia, com o direito humano de “brigar” por interesses coletivos, desde que continuem sendo humanos...e que a "briga" seja coletiva. 



Que essas "brigas" não se apresentem apenas como trampolins partidários ou a-partidários. Que apenas sejam!

Afinal, o árduo tem compensações, e as dores são aprendizagens para curar outras dores. É o veneno da cobra, curando do veneno da cobra.


Dessa maneira, perceba apenas se você está na escola certa, porque professor não pode errar a escola. O sofrimento de muitos professores está na escolha errada da profissão...ou da escola.

E lembre-se de que, no jogo egoísta das profissões, muitas vezes não são os professores que perdem empregos. São empresas que perdem professores, para apenas montarem quadros com profissionais da educação...sem a presença de professores.


E a resposta está na avaliação, porque a avaliação nos leva também ao reflexo da escola, e não apenas ao do aluno ou à própria.

Ou seja, muito melhor um aluno que evolui na aprendizagem, principalmente de vida, que aquele que perde o interesse, ainda que tenha sido o melhor. 


Da mesma forma, muito melhor o professor que se percebeu na escola errada e organizou possibilidades de acerto, que aquele outro...que perdido nas escolas da vida, só faz reclamar.Tão pouco faz para os outros...e nada por ele.

Portanto, ser professor é oportunidade divina, porque a missão do professor é a de preparar almas. 


Corpos? ... espermas e óvulos já o fizeram!

Salve, Professor! Ou se salve...



João D’Olyveira


Para ler o conto de Machado de Assis:

HELEU e a guerreira




Embora William Shakespeare tenha dito “Fragilidade,
o teu nome é mulher!”,
mulheres são GUERREIRAS !

Aquelas que transitam sem oportunismos,
ainda que produzam para oferecer;
que demonstram fatos e acontecimentos,
ainda que digam não terem feito quase nada.

Aquelas que não desistem dos objetivos,
ainda que reconheçam aqueles sem validade;
que oferecem segurança e lealdade,
ainda que digam apenas fazer a parte que lhes cabe.

Aquelas que amam intensamente,
ainda que se sufoquem no querer;
que perdoam casos e descasos,
ainda que sofram no calar das noites.

Essas são guerreiras, porque...
GUERREIRAS não atiram,
deixam ser baleadas,
para ressuscitarem a cada amanhecer!

Porém,
quanto às guerreiras,
homens alertam homens:

Sócrates avisou: “Deve-se temer mais o amor de uma mulher,
do que o ódio de um homem”.

Friedrich Nietzsch confirmou: “Na vingança e no amor,
a mulher é mais bárbara do que o homem”.

Assim sendo...

Essa tal fragilidade é enganosa.
Todavia, importa-nos estar atentos
à nossa vida sentimental,
que é um eterno campo de batalha.

“Uma mulher perdoará um homem por tentar seduzi-la,
mas não o homem que perde essa oportunidade
quando ela lhe é oferecida”, d
isse Charles Talleyrand-Périgord.

E a fidelidade à guerreira é tudo,
não porque nos é exigido,
mas porque nos é necessária à vida,
quando se decide que se deseja viver uma vida a dois:

“Aquele que conheceu apenas a sua mulher,
e a amou,
sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil”,
disse Leon Tolstoi.

João D’Olyveira




HELEU e o novo amor


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PORTAS E PORTOS

Não mais me importa 
aquela porta, 
que por se tornar torta,
não me oferecia mais sabor.

Não mais me importo 
com aquele porto,
que por se tornar torto,
não me oferecia mais frescor.

O que hoje  me importa 
é outra porta ainda não torta,
em um porto ainda não torto,
e a quase ausência da dor.

Porque não me sinto morto e nem torto,
para em novas portas e em novos portos,
munido de meus íntimos esforços,
sentir o sabor de um novo amor!


    João D'Olyveira

HELEU e o Senhor do Tempo

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TEMPO TEMPO TEMPO TEMPO

Dê-me um tempo,
disse ao tempo,
que me deu o tempo pedido.
Passado um tempo,
agradeci ao Senhor do Tempo
o tempo que me foi dado.

Dê-me mais tempo,
disse ao tempo,
que me deu outro tempo de tempo.
Passado mais um tempo,
agradeci ao Senhor do Tempo
o tempo que me foi dobrado.

Dê-me mais daquele tempo,
disse ao tempo,
que me deu mais tempo daquele tempo.
Passado todo esse tempo,
agradeci ao Senhor do Tempo
o tempo que me foi triplicado.

E continuei a pedir mais tempo,
porque sempre estava sem tempo,
para colocar em tempo
o que já deveria há muito tempo.

O Senhor do Tempo sempre me atendia,
todavia eu não atendia ao meu próprio tempo,
a não ser para pedir mais tempo.

E tudo isso me fez refletir...

Peça muito a quem pouco tempo tem,
e ele lhe oferecerá muito em pouco tempo.
Peça pouco a quem muito tempo tem,
e ele lhe pedirá mais tempo...para pouco ou nada lhe oferecer!

João D'Olyveira


HELEU e o tempo presente


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Tempo...presente!

Hoje pode ser que tudo possa,
amanhã não sei...
Hoje pode ser que tudo aceite,
amanhã talvez...
Hoje pode ser que tudo aconteça,
amanhã não mais...
Hoje pode ser que tudo possa, eu aceite e aconteça;
amanhã não sei, talvez, não mais...

Então venha hoje, porque amanhã será jamais!

João D'Olyveira

HELEU e o amor possessivo


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A tristeza pelo término será sempre menor que a felicidade proporcionada durante o tempo em que estivemos juntos. Todavia, preciso lhe dizer que ainda a amo muito mais que ontem e muito menos que amanhã. Por essa razão, meu desejo é que você seja sempre feliz. E isto prova que aprendi a primeira lição do amor: deixar o outro livre. Afinal, AMAR NÃO É SINÔNIMO DE POSSUIR!

João D’Olyveira 

Heleu e a despedida



Não trago e nem levarei mágoas e ressentimentos, apenas partirei. Se o perdão é mesmo uma dádiva, creio tê-lo ofertado em parcelas àqueles a quem deveria oferecê-lo, dentre os quais também me incluo. Afinal, devo ter me ferido tanto nesta minha caminhada. 

Por essa razão, hoje me sinto possível à saudade da vida que não mais me pertence, porque a vida que era minha se coletivizou em demasia, sem reposição de células. Sinto saudade da razão humana que deixei escorrer por entre os dedos. Saudade do fazer tão pouco por mim, para que pudesse fazer mais a outros que me foram tão úteis. 

Sinto saudade até dos inúteis que pousaram sobre meus ombros, invadiram meu coração, tornaram-se membros dos meus arranjos funcionais e profissionais, participaram do meu viver, sufocando-me com seus próprios desejos e sonhos. Inúteis que se planejaram sobre mim e sobre tantos. 

Ainda que os reconheça assim, não nego que me ofereceram alguma felicidade e até alguns prazeres nivelados à inutilidade que os compunha. E por assim ser, não ousarei mais afirmar a existência de inúteis em plenitude. Eles também serão incluídos em minhas orações, nas contas do meu rosário cinza. 

Nesse retrospecto, deformado em minhas emoções, sinto-me só, ainda que sempre acompanhado. Impotente, ainda que ativo profissional. Fugitivo, ainda que não condenado. Neutro, ainda que alguém significativo a alguém. 

Sinto-me, todavia não me toco e nem me foco, apenas troco-me, pois não me desejo mais na atual e desgastada forma de ser. Não desejo mais os prazeres apenas mundanos, a fecundação em ventres ocos. Desejo mesmo o menino da janela, que já me notificou a partida faz um bom tempo. 

E tudo isso me faz reconhecer a máxima de que há tempo para chegar e tempo para partir, porque somente o tempo é plenamente sincero. A sinceridade dele é tanta, que em razão das nossas escolhas, ele nos deixa marcas ou fundas cicatrizes. 

Assim, sinto-me na compreensão e no entendimento de que sou humano chegado por aqui há muito tempo. E como não posso ter de volta aquele desejado menino, para concretamente sê-lo, o conveniente é sacrificar este homem, visando ao renascimento. Logo, existo e me transcendo em decorrência do próprio pensar! 


João D’Olyveira

HELEU e o processo terapêutico

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Uma atividade terapêutica...

Fazer a barba é limpar literalmente a cara e a"as caras" que precisam sair da nossa cara. 
Para momentos de tensão ou de melancolia masculina, 
uma solução prática à base de água e espuma. 
O processo pode ser chamado de  "Carapia Pelicular".

Experimente!

João D'Olyveira




HELEU e a paz


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NA PAZ...

A busca de paz nos leva a atos, que nos levam a fatos. E fatos nem sempre são natos.
Fatos precisam de atores natos, que somos nós, contracenando em atos, buscando, às vezes inatos, essa paz.
Mas...se ainda a buscamos é porque não a temos por completo.
O que se pode perceber é que tudo o que buscamos não está completo. E se completo o entendemos, buscamos outras coisas,
que não apenas a paz.
E isto é a vida, movimento cotidiano, um eterno querer...bem mais que bem-querer!
Por isso é importante renovar tudo a cada dia, para nos sentirmos sempre no início de tudo...nato a cada ato...sempre em paz!

João D'Olyveira

HELEU e o samba do amor




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SAMBAMOR

Se é assim que tem que ser,
assim será.
Se é assim que tem que ser,
assim vai ser.
Se não tem mesmo jeito de mudar,
assim será e então assim vai ser...

Se você quiser que eu fique,
 eu vou ficar.

Se você quiser o meu amor,
você o terá.

Mas,
 se você de novo me ignorar,
não mais querer me ver.
Passar por mim,
como quem nada quer.
Eu juro...
Ah, eu juro!
Eu me mando daqui e arrumo outra mulher!


João D'Olyveira

HELEU e o universo

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Eram três filhas:
MARcela, CEUcela e TERRAcela.
E um filho MUNDANO...


João D'Olyveira

Heleu e a solidão

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SOLIDÃO

A distância sempre lhe serviu como forte argumento para não estar presente junto aos seus. E foi assim que fez por horas, dias e meses, que somaram anos. Com essa justificativa, cada vez mais se distanciava daqueles que um dia lhe foram tão próximos, até que esse mesmo tempo se incumbiu de lhe fazer esquecido por aqueles e por outros. E no girar do tempo, dizem que as lágrimas do sujeito eram constantes, porém ninguém se fazia presente, nem passado, nem futuro. E foi desse modo que ele somou as parcelas do tempo, até que seus olhinhos amiudados, em uma manhã chuvosa, vasculharam de canto a canto aquela enfermaria. Ele procurava uma tal essência humana, a mesma que recusara há tanto tempo. No leito, todavia, apenas fiapos de uma inexistência coletiva.

João D'Olyveira

HELEU e o momento


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O MACACO TÁ CERTO!


O momento pode ser tanto de alento como de tormento. E se assim, que seja registrado com a devida atenção. Afinal, uma palavra pode se tornar um texto, e dizer tudo. Assim como um longo texto pode nada dizer. Neste momento, por exemplo, penso em alguém especial, desejo esse alguém. Todavia, esse alguém permanece em meu pensamento, que permeia este meu momento que se faz coletivo. Em razão do fato, escrevo mais de uma palavra, não tendo a certeza de estar dizendo o que deveria dizer sobre esse alguém. Na dúvida, a possibilidade da certeza de que apenas o nome desse alguém (uma palavra) poderia ser mais revelador. E que talvez bastasse para o momento. Sem respostas, decido por não oferecer continuidade a esta escrita, visto haver risco de nada dizer ou de dizer aquilo que jamais deveria ser dito. O que se registra é unicamente que o dizer sobre este momento pode ser a melhor solução para momentos vindouros. Se entendido assim, neste momento, recapitulo volteios e nada digo.
                                                                                                    
Como é difícil querer dizer algo em algum momento, o que se acha não poder ser dito em momento algum!

João D'Olyveira 

Heleu e o pecado solitário


Arquivo Master


MASTER

Momento que se permite dividir o nada em quase tudo, para que se possa obter parte desse quase tudo em nada. Um apenas quase no revirar de um nada que se faz tudo. Tudo em nada, unicamente um desejo a distância. Precoce ou não, tudo  e nada nas mãos de um condutor. E nesse tudo e nada idealizado, um solitário pulsar. Os olhos fechados, o contorcer dos membros em puro exercício muscular. Tudo e nada gradativamente calculado pelo desejo de um anjo caído.  De repente, uma erupção de tudo que se faz nada. E tudo escorre entre os dedos, para desaguar prazerosamente em nada ou...em tudo...outra vez!


João D'Olyveira

HELEU e o tempo do homem


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QUERO

Não quero mais correr o risco de perder o tempo,
não quero mais correr o tempo sem a precisão do risco,
não quero mais correr e nem me arriscar. 
Quero apenas reencontrá-lo e retê-lo em meus braços, ainda que por instantes...

De resto, já me arrisquei demais! 

João D'Olyveira

HELEU e o pensamento II


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Hoje levei um tempo enorme pensando em tantas coisas: pessoas, lugares, situações. Depois de tanto pensar, percebi que nada daquilo que  havia pensado, hoje me serviria para o tempo presente; afinal, eram apenas fatos ocorridos e sepultados, embora desejados. Primeiramente, a perplexidade ante os pensares; depois,  um sorriso maroto, porque acabara de descobrir que somente o pensamento me era presente, o qual agora não me é mais. Por fim, levantei-me da velha cadeira e reiniciei a vida presente, nela presente.

                                                                                        
                                                                       João D'Olyveira

O pensamento parece uma coisa a toa,  mas como é que a gente voa, quando começa a pensar [...]

(Felicidade, de Lupicínio Rodrigues)


DESTAQUES DO MÊS