HELEU e esse tal sentimento chamado amor

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Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.
(Santo Agostinho)

Não é a primeira vez que isto acontece, sendo assim sei que não deveria, todavia ainda me sinto um aprendiz. E dessa maratona, que somam décadas, ficam algumas certezas. Não nos bastam as lições e as fugas, esse tal amor sempre será o novo a nos perturbar. E não é retorno à adolescência, não. O amor é assim mesmo, nessa linguagem que lhe é única, independentemente da idade. Algo que nos é tão simples e, ao mesmo tempo, tão perturbador. Do tudo que lhe é inerente, o que nos resta é a eterna expressão: “Como é complicado o mecanismo do amor!”.

Interessante é como nos portamos, como agimos e a extensão das nossas ações. Hipérboles transitam no corpo e na alma. Nossa masturbação não é somente física, é mental também. Nossas ações confundem nosso cotidiano, que confunde nossas ações. E assim nos posicionamos por horas, por dias, por longo tempo. Curtimos o vago e o preenchemos de esperanças e desejos. E desejamos todos os desejos. Somam-se o puro e o sórdido, porque os dois são necessários aos amantes. Para os amantes não há limites, e se limitado não é amor, é ofício, é sacrifício. Mas o que é o amor senão um sacerdócio?

E nesse cotidiano dos fatos, olhamos para o telefone e desejamos que ele toque, que nos chame, que anuncie a pessoa amada a nos dizer algo, mesmo que seja um “Olá!”. E tudo porque um “olá” nessa altura é um texto sagrado. Depois, sentamo-nos frente a um micro e criamos alternativas para localizar a amada. Usamos todas as possibilidades eletrônicas. E tentamos, e recuamos, e nos declaramos, e nos escondemos em nossas próprias declarações. Criamos a possibilidade de que a pessoa amada nos seja íntima, como um filho, como um irmão. Para diferenciá-la damos-lhe outros nomes, apelidos. Coisa de doido, coisa de quem está a mando “de si próprio em dó”.

Um perigo é não ver a própria cara. Se nós pudéssemos nos ver no momento em que olhamos para os olhos da pessoa amada endoideceríamos perante a verdade revelada. Os olhos são reveladores sinceros. Já perceberam como os olhos ficam dilatados quando nos posicionamos frente à pessoa amada? E como eles brilham... E os poros? Eles se abrem, rasgam-se. Outra situação é o toque. Como desejamos tocar o ser amado. Passamos-lhe as mãos, roçamos-lhe o corpo, beijamos em pedaços. A vontade é “sapecar-lhe” um beijo safado, molhado, malcriado... Mas nos controlamos. Então, resta-nos uma música romântica, um filme romântico, um momento romântico. Resta-nos acreditar que tudo será possível, porque verdadeiro. E acreditamos nessa verdade, enquanto a verdade do tempo passa.

De repente tudo passa, não só o tempo. O que sentimos fica na medida, e o momento de êxtase se esvai, até surgir um próximo amor, porque o mais interessante não é a resposta, não é o ter, é poder sentir esse danado sentimento chamado amor, que nos faz vivos e prontos para outros amores ou para os amores antigos, que sempre nos serão novos, porque presentes. E se presentes, temos mais é que agradecer. Muito obrigado! Adorarei recebê-los em qualquer época do ano, e terei muito prazer em servi-los, porque não se ama sem serventia. E, quando falo sobre esse tal sentimento chamado amor, faço minhas as palavras de Jacques Philippe, que nos diz: “Apesar de raramente termos consciência disso, não há dúvida de que a necessidade mais profunda do ser humano é dar-se”.
João D'Olyveira

11 comentários:

  1. Adorei!!!!
    Quando se fala em amor eu me apaixono!!
    Beijos ternos e eternos
    Fatima

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  2. Adorei seu texto.Maravilhas do poeta romântico que tens dentro de tí.Parabéns.

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  3. QUE SEU AMOR SEJA CADA VEZ MAIS INTENSO"GRANDIOSÍSSIMO PAI CELESTIAL"LHE SEJA UMA CONSTANTE IRRADIAÇÃO DE AMOR COMPANHADO COM MUITA INSPIRAÇÃO!!!

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  4. Realmente o amor é sufocante e maravilhoso,que a espera do telefone tocar existe...
    Amar,Amar,Amar!!!
    Lindas palavras Professor João!
    Priscila Carvalho

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  5. Amei tudo, em especial, seu texto sobre o amor, como deixa as palavras expressarem o que querem, nada mais divino e singelo vindo do poeta romântico que é. É isso aí: "Não há nada mais vital do que a experiência de se amar, mesmo que seja um amor doído por não ser diretamente correspondido".

    Parabéns à pessoa e ao artista inspirado que és!!!

    Camila Lescura

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  6. Olá, eu lhe desejo muito sucesso nesse ano de 2009. Que você, sua família e todos aqueles que gostem de você tenham muitas felicidades, saúde e não tenham problema de desemprego ou qualquer outro efeito negativo da crise econômica.

    Excelente 2009 a você e a todos os leitores deste blog!

    Abraços

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  7. Olá, meu querido...
    Lindo texto...
    Tenho percebido um certo "brilho" nas últimas postagens...
    Beijo... amor... rsrsrs...
    Será que entendi, nas entrelinhas, que meu amigo está apaixonado???
    Se assim for, delicie-se...
    O amor sempre vale a pena...
    Beijos estalados..............

    Vânia

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  8. lindas palavras sobre o amor.. só quem viveu ou vive um grande amor q pode saber o q é esse sentimento...bj da MEL!!!

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  9. Olá meu querido e grande amigo!
    Como sempre, são lindas suas palavras, é como se estivesse ouvindo você declamando. Como sempre apaixonado...apaixonante...romântico...uma pessoa linda.
    Beijos e abraços com muito carinho ao grande poeta e amigo que és.
    Fátima BRANDÃO

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  10. Oi, meu grande e querido amigo.
    Como é lindo seu texto sobre o amor. Cada palavra que lia é como se estivesse ouvindo você declamando. Como faz tempo que não nos falamos mas você continua muito romântico...apaixonado...apaixonante.
    Beijos da amiga
    Fátima Brandão

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  11. Oi, meu grande e querido amigo.
    Como é lindo seu texto sobre o amor. Cada palavra que lia é como se estivesse ouvindo você declamando. Como faz tempo que não nos falamos mas você continua muito romântico...apaixonado...apaixonante.
    Beijos da amiga
    Fátima Brandão

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Agradecimentos Heleunísticos
João D'Olyveira

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