HELEU e o "dez-encontro"

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SE FOR POR FALTA DE AMOR, ADEUS!


DEIXE O TEMPO RESPONDER MINHA PERGUNTA AO UNIVERSO
DEIXE EM VERSO SEU RECADO COM A SECRETÁRIA-DE-ESTAR
NÃO PERGUNTE SOBRE A MINHA VIDA AGORA E CALE
PRA NÃO MAIS ME PODER FALAR

DEIXE O VENTO TRANSFORMAR MEU PENSAMENTO EM ÁGUA
DEIXE A MÁGOA SE PERDER COM O PASSAR DAS HORAS
NÃO PERGUNTE SOBRE O MEU DESTINO AGORA E CEGUE
PRA NÃO MAIS ME PODER ENXERGAR

DEIXE O JURAMENTO CANCELAR MINHA VISÃO DE HOMEM
DEIXE O PÓLEN SE ESPALHAR COM O PASSAR DO VENTO
NÃO PERGUNTE SOBRE O MEU DESEJO AGORA E PARTA
PRA NÃO MAIS ME PODER VOLTAR

PRA NUNCA MAIS ME PODER FALAR
PRA NUNCA MAIS ME PODER ENXERGAR
PRA NUNCA MAIS ME PODER VOLTAR

PRA NUNCA MAIS EU TER QUE TE OUVIR
PRA NUNCA MAIS VOCÊ TER QUE ME VER
PRA NUNCA MAIS EU TER QUE ME RECEPCIONAR

PORQUE O QUE MAIS QUERO AGORA É TE ENTERRAR
É TUA ALMA CREMAR
E MEU VOCÊ JAMAIS RESSUSCITAR!


João D'Olyveira

HELEU e o "ré-encontro"

http://www.amorepaixao.com.br/

BOCA DE FORNO

Ponto de ônibus.
Clima ameno.
Fim de noite.
Quase madrugada.
Em uma cidadezinha qualquer...

Independentemente de todos os percalços, o clima era de final de brincadeira. Hora de voltar pra casa. Na mente, casos, acasos e ocasiões. Não esperava por ninguém a não ser o transporte (nem ouso dizer o motorista do ônibus, era o ônibus mesmo que eu queria). E este era apenas o elemento funcional naquele momento de minha vida. Na verdade, o que mais desejava naquela hora era relaxar o corpo e a mente. Pudera, havia passado por doze horas de trampo, e corridas. De repente, um grito ecoou noite adentro: "Joooooooooãããão!".

Fosse apenas um grito, seria somente ouvidos. Olhar? Naquele lugar e naquela hora? Jamais! Mas era meu nome que havia sido pronunciado. Por mais comum que seja o meu nome, sabia que era eu a pessoa chamada. Então, a ação era mais que apenas um grito, era um chamado. Um "need to talk to you". Até porque não havia mais ninguém por ali (pelo menos acreditava naquela possibilidade). E sendo assim, nada mais honesto que atender àquele chamado. E o atendi. Alguém gritou: "Boca de forno". Respondi: "Forno!". E assim o foi!

Primeiramente um determinado olhar ao veículo que passara e já se posicionara a uns cinco metros do local onde me encontrava. Quando fixei os olhos, tentando (pelo menos) reconhecer o veículo, ele deslizou suavemente até onde eu estava parado. Diferentemente do grito, agora de forma branda e extremamente carinhosa, fui indagado por uma voz de comando, ainda que dócil: "Faz o que eu mandar?".

Na suavidade do momento, apenas um gesto com a cabeça. Concordei. Porta destravada. Entrei. O boa-noite (ou quase madrugada) foi dito com um beijo. O natural aperto de mãos foi substituido por carícias. Nenhuma fala em um longo e silencioso texto. A partir daquele momento, a brincadeira seria outra. Muito depois, a fala natural: "O que você faz perdido por aqui?".

Não busquei resposta, disse no tapa: "Desejava que alguém me encontrasse". "E esse alguém..." , disse a personagem noturna. "...foi você", completei. Mais um longo beijo. Um abraço de corda de marinheiro. Respirações fortes e localizadas. Risos. Ainda que a estrada insistisse em ser longa, a viagem foi curta. Porém, o suficiente para um diálogo absolutamente pausado, temperado com olhares, carícias, toques...


Ainda que fragmentado, falamos de quase tudo, de quase todos e muito de nós. Contudo, em momento algum me remeti ao passado, até porque passados amorosos devem apenas receber orações de agradecimento. Presente é o que importa, por isso se chama presente. E naquele momento havia recebido um lindo presente: um reencontro. Sendo assim, embora existisse passado, não era passado. Era presente, porque a personagem estava comigo e não apenas em minha mente. Estava comigo, assim como a viagem chegara ao fim.

Ponto de chegada. Hora da despedida. Calaram-se os papos. Outro beijo. Mais um beijo. Um correr de mãos à procura de apoio. Apoio. Um longo abraço. E "tchau!", disse. Foi quando ouvi: "Posso pedir mais uma coisa?" Concordei. Ela insistiu: "Se não a fizer?". Respondi: "Tomo bolo". Ela me olhou, sorriu marotamente e cancelou o pedido. Entendeu perfeitamente a expressão que lhe foi respondida: se não cumprirmos nossas promessas, pagamos por elas. E isto é natural em qualquer situação. É fato. "Se não tem certeza, não prometa!"

E assim foi. Sem promessas de novos encontros, o que me é agradavelmente interessante em qualquer dos meus relacionamentos amorosos. Quiçá fossem em todos! Compromisso é ação de profissionais e não de amantes. Amor, paixão, sexo pertencem a outras áreas, portanto carecem de outras ações.

Sempre concordei que marcar novos encontros significa continuar. Porém, como continuar aquilo que já está completo. Penso assim: "a história deve ser completa no tempo, no espaço e na ação". Novo encontro, portanto, é nova história. E ainda não sei quem serão os novos atores. Sei apenas que depois os escalarei. Caso contrário, serei eternamente dirigido.

Agradeci. Destravei a porta do carro. Sai. Nem olhei para trás. Aliás, nunca olho para trás. Sempre acreditei que (assim fazendo) pudesse me tornar uma estátua de sal. Eu não quero ser estátua. Quero vida em abundância.

Hoje me resta o acaso, que se tornou um caso, em razão de uma ocasião. A imagem ficará em minha mente como um "bom presente". E esse "presente" será lembrado noutros dias, noutros pontos de ônibus, noutras cidade, até que apareçam outras personagens interessantes, para que eu possa compor minha real narrativa, a qual se apresenta em capítulos dários. Até porque o que realmente vale nesta vida são os encontros. Sejam eles quais forem. Seja o encontro com o outro, com os fatos, com a realidade, com as descobertas. O nosso próprio encontro. Este extremamente necessário, para que, no encontro com o outro, possamos ser e estar e não apenas estar. Estar sem ser jamais será completo. Tenho provas disto.


Na mente, apenas a voz a me dizer:
" Boca de forno."
E minha versão criança não inocente a responder:
"Forno!"

João D'Olyveira

HELEU e as "más-caras"

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BAILE DE MÁSCARAS


“Um dia a máscara cai”, disse um sujeito no cume da raiva, referindo-se a outro sujeito, motivado por um descontentamento ocorrido entre eles. Pena, no desequilíbrio linear entre razão e coração, o dito falante não ter podido refletir sobre as muitas máscaras que também faz uso. Se assim agisse, jamais diria tal frase (ou pelo menos saberia como expressá-la), até porque o saber expressar ou omitir esse dizer significa preservar-se de uma fatídica autoacusação.

O que se observa é que “ele” (o dito falante), além de não perceber a máscara que usava enquanto pronunciava tal frase, ignorou uma informação básica, a de que somos uma parte máscara e todas as outras também. Não bastasse, deixou de lado a informação de que, quando apontamos como única a máscara do outro, enganamo-nos, acreditando que somente esse “outro” fosse capaz de fingir, representar. Como se somente esse “outro” enganasse. Nem passou pela cabeça do sujeito falante, que “máscara” é condição social e (por que não) necessidade política.

Importante salientar que, longe de tudo o que é ficção, representação artística, e distante completamente de qualquer ritual, refiro-me, neste momento, às nossas máscaras cotidianas, à personalidade de cada indivíduo (máscara, do grego persona). Para Jung[1], por exemplo, são oito os tipos de personalidade. Os estudos do Eneagrama[2], por sua vez, apontam-nos nove tipos, todos funcionando como uma máscara invisível, uma casca que criamos para nos adaptarmos ao meio social.

Segundo Mário Margutti[3], estudioso em Eneagrama, uma das funções desse estudo “é exatamente a de nos dizer qual é o número da caixa onde nos empacotamos, para que possamos sair da prisão da mecanicidade e despertar o nosso verdadeiro ser, que é consciente e não mecânico”. E completa: “Para despir a máscara, é preciso contrariar os hábitos, vícios e paixões que cada tipo de personalidade adquire desde a primeira infância. Algo que não é nada fácil”.

Sendo assim, como estamos cotidianamente presentes nos mais diversos “bailes de máscaras”, nos quais muitas vezes não somos apenas “convidados”, mas “anfitriões”, que possamos refletir sobre nossos posicionamentos críticos, porque, antes de qualquer análise (quanto mais da alheia), é preciso descortinar nossas próprias prisões. E perceber que somos sócios de inúmeros cárceres (“de carteirinha”), e muitos deles “mascarados” de liberdade absoluta.


João D’Olyveira


[1] Carl Gustav Jung (Kesswil, 26 de julho de 1875 - Küsnacht, 6 de junho de 1961) foi um psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana. Informação obtida em: http://www.geocities.com. Acessado em 6 set.2009.

[2] Sua origem não é conhecida. O que se tem são informações sobre sua aplicação, há mais de 4.000 anos, pelos sumérios, pela fraternidade Sarmaun, por Zoroastro, Pitágoras, e outros. Informação obtida em: http://www.eneagrama.com.br. Acessado em 6 set. 2009.

[3] Mário Margutti é jornalista, ministra Workshops de Simbolismo e por muitos anos atuou como um dos diretores do IDHI ® ®. Citação obtida em O ENIGMA DAS MÁSCARAS - De utensílios ritualísticos à psicologia moderna, a história das máscaras está ligada à própria história do homem, escrito por Natália Klein, em: http://www.rabisco.com.br/56/mascaras.htm. Acessado em 6 set. 2009.

HELEU e o librianismo do artista

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Se você deseja saber onde estou, jamais confie somente nas suas verdades e certezas. Acredite que sabe pouco de você e menos ainda dos outros. É isto que justifica, respectivamente, viver e parceirizar-se em vida. E sendo assim, não me procure longe de mim nem distante de você. Se realmente me desejar, estarei sempre por aqui, que não se adverbializará por aí. É aqui mesmo, sem por nem tirar! O sucesso dos nossos achados dependerá do posicionamento físico e mental do procurado e do procurador. Neste momento, posso estar em seu pensamento ou em seu coração. Posso até não estar. A única incerteza é que, no cotidiano dos meus passos, revivo-me e revigoro-me. A certeza é que acredito nesta possibilidade. Sempre, no silêncio sonoro das palavras emanadas ao Universo, ecoo meu grito de esperança, ainda que neutra. E mais neutra será a audição não praticada frente às testemunhas cartoriais. Noutros momentos e tempos residuais, resido nos mais diversos olhares, e loco-me no fixo olhar d'alma, na calma e no vazio de um olhar que me preenche e me vivifica para novos olhares. Todavia, somente me realizo no grito dos amantes. Afinal, amo as diversas formas de amar e de fazer amor. Ilusão achar que sou apenas um artista, sou a própria arte em mim e por mim produzida, no coletivo d'outros que me apreciam e, sutil ou violentamente, me moldam ou me amordaçam, quando me divirto em risos ou em prantos. É assim a arte, como um tear. Ela me compõe e me recompõe. Independentemente do gênero que a denomina, revela-se, fernandinamente pessoal, na dupla vida de todo artista: é a representação da verdade até então omitida, a qual nos representa em procuração por nós mesmos proposta, assinada e reconhecida no cartório dos nossos bens sentimentais mais prezados e caros.


Arte, João D'Olyveira

HELEU e a Luz no Fim do Túnel

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LUZ NO FIM DO TÚNEL OU O PRÓPRIO TÚNEL?


Procurava por minhas publicações e me encontrei no interior de uma delas. Se todas elas eu encontrasse, em todas lá eu estaria. E me pus a pensar...


O elemento motivador do homem é a eterna procura. Procuramos tudo de quase tudo em quase tudo. Procuramos caminhos e soluções. Procuramos parceiros, amores... Procuramos soluções para os problemas que nós mesmos criamos em nossa caminhada. Mas, de que nos vale a luz no fim do túnel, se o mais importante, em vida, é o próprio túnel?
Se assim é, que possamos aproveitar a passagem, curtir o chão, o teto, as paredes desse túnel; e, especialmente, aqueles outros que transitam no mesmo túnel em que caminhamos, e tirar proveito dos seus “ensinares”! Sem medos, curtir a escuridão do túnel! É na escuridão que se valoriza a luz. É na escuridão que exercitamos o olhar, para o necessário ver.

E tudo porque, quando a luz chegar, na boca final desse túnel, uma das nossas vidas se encerrará. Sabedores disso, percebamos que essa luz apenas terá a função de iluminar novas entradas, jamais interiores, apenas portas e portões. Quando auxílio, janelas. E o entendimento é simples, ainda que desconfortável para alguns. Somos nós, nessa procura, os únicos responsáveis pela nossa própria "auto-iluminação".

Dessa forma, não mais percamos o nosso tão precioso tempo desejando a “luz no final do túnel”. Que possamos curtir, sem arrependimentos, o túnel que nos pertence, porque nós mesmos o projetamos!

E, no momento exato, essa luz surgirá, para iluminar nossa passagem para outro túnel, também projetado por nós, em razão do uso qualificado dos talentos que nos foram ofertados, a partir das divinas imagem e semelhança, e do livre arbítrio, que nos é singular, porque oferece plural.


Portanto, mais que pedir luz, que possamos obtê-la a partir das nossas ações cotidianas! Afinal, quanto mais significativas essas ações, mais luz no final do nosso túnel.


Boa caminhada!

João D’Olyveira

HELEU e a danada da posse

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MONOPOLIAMOR

Linda,
no reflexo dourado da minha doce manhã,
na brisa leve deste meu inverno de avelã,
na claridade da Lua que me revela meu céu...

Linda,
na rua da minha mocidade que se foi,
na estrada dos meus sonhos de herói,
na parada dos meus desejos que inda estão em mim...

Eternamente Linda,
neste meu pensamento livre e sem pudor,
nesta busca incessante do meu eterno amor,
nestes meus casos e acasos hoje virtuais...

Eternamente Linda,
na branda saudade brotada em meu coração,
na vontade extinguida de toda minha razão,
nos meus passos e compassos tão naturais...

Linda,
amada dos meus ritmados e melódicos dias,
doce melodia dos meus marotos carnavais,
delicioso mel da bela flor que se cultiva em mim...

Linda,
minha força e meu reencontro na paixão das minhas horas,
meu confronto com a paz na minha solidão que chora,
minha sede de viver que não deseja meu fim...

Eterna e sempre Linda,
minha vida e minha glória em meu cantar de luz,
minha terna e eterna história que hoje me conduz,
sempre minha porque sempre foi meu sim...

Eternamente Linda,
meu amor em cada uma das minhas verdades reveladas,
meus fios e desafios desta minha estrada,
meu tudo no momento absurdo deste meu real...

Linda,
minha eterna companheira dos meus primeiros segundos,
meu verso em poesia no completo tempo do meu mundo,
meu único onipresente tão presente do meu sempre natal...

Te amo, Linda!
E isto me basta.


João D’Olyveira

HELEU e o tempo presente

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SÓ HOJE

Hoje quero olhar pro nosso céu
E pedir perdão ao nosso Deus
Quero olhar pro nosso Sol
E não mais só me queimar...

Hoje quero andar em nossa rua
D’alma nua sem pudor
Quero olhar pro seu que é meu olhar
E lhe revelar o meu que é nosso amor...

Hoje quero
Tudo quero
Quero tudo que puder
Hoje quero
Quero tudo
Quero tudo que vier...

Hoje quero ouvir nossa palavra
Quero a mais pura da nossa decisão
Quero resgatar o nosso mar de sentimentos
Quero nossa mente e tão somente nosso coração...

Hoje quero refletir nosso espelho
Ver minh’alma e a sua resgatadas
Apagar nossos olhos vermelhos dilatados
E poder sorrir pra mim e pra nós...

Porque o tempo se esvai e não volta
Porque o tempo que passou foi revolta
Porque o tempo foi sincero e nos revelou
Porque também sincero fui e fomos

Porque também fomos sem quase voltar
Porque também sincero como o tempo sou
Porque há tempo de nos resgatar

Hoje quero
Tudo quero
Quero tudo que puder
Hoje quero
Quero tudo
Quero tudo que vier

Só hoje... amanhã poderá ser tarde demais!

João D'Olyveira

HELEU e a monoreflexão

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Mais uma vez,
o tempo se fez neutro.
Quase cinza, quase sem cor.
Oportunamente,
o inegável passado me veio à mente,
para me condenar.
E me condenou.
Pura acusação do tempo!

Desejei lágrimas, elas se recusaram a cair.
Desejei vozes, ouvi apenas uma expressão:
"Mea culpa, mea máxima culpa".

Sem forças, reconheci a verdade:
a culpa era realmente minha!
Porque sempre será nossa culpa
a situação na qual nos encontramos.


Emanamos tristeza porque atraimos tristeza.
Emanamos dissabores porque atraimos dissabores.
E por aí vai...
Vida é ação e reação!
Deus faz a parte que lhe cabe,
que possamos fazer a nossa!
E sem reclamar...Amém!

João D'Olyveira



Mais uma reflexão:


"Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!"


(Chico Xavier)

HELEU e as raízes do amor

RAIZES DO AMOR

Quando as raizes do nosso amor mostrarem a cara
Não me pergunte nada
Nem ultrapasse o tempo dos fatos
Por favor...
Deixe o tempo passar por si só!
Não me olhe de forma acusativa
Nem coloque palavras em minha boca
Por favor...
Deixe o tempo dizer a nossa verdade!
Não me julgue culpado ou inocente
Nem ignore o momento que tanto nos angustia
Por favor...
Deixe o tempo se tornar bálsamo!
Não me poupe da ação humana
Nem decida se fica ou se parte
Por favor...
Deixe o tempo apresentar seu natural esgotamento
E só então decida o fato
Sem entreatos
Em breves palavras
À luz do real momento...
E que seja sem mágoas
Sem farpas
Sem tapas
Sem mentiras...
Porque no amor não se ganha nem se perde
Ou se é presente porque é presente
Ou se é ausente porque nunca foi
Quem joga com o amor compete em posse
Porém...
Amar jamais será sinônimo de possuir!
Assim...
Quando as raizes do amor mostrarem a cara
Decida por enterrá-las ou faça tombar a árvore
Porque já ofereceu os frutos que deveria
Já promoveu sombras em demasia
Já vivenciou por vezes todas as estações...
E decida em qual estação descer!
Se o outro tiver que partir
Que parta em paz!
E que seja feliz!
Porque foi amado no seu e no próprio tempo...
João D'Olyveira

HELEU e o agradecer

Antes de reclamar dos outros e da vida; antes de ignorar as graças recebidas, agradeça. O agradecimento é a chave mestra do nosso sucesso, nosso mais puro vínculo com o Criador. Agradeça a tudo e a todos, em especial a seus pais, que lhe oportunizaram nascer. Por sua vez, justificado pelo seu livre arbítrio, o caminho a seguir é decisão própria. Então, não amaldiçoe aquilo que não tem. Inverta. Abençõe o que já lhe foi oferecido. Lembre-se de que muito se perde em função do nosso próprio descrédito, e também porque não focamos, como deveríamos, os nossos objetivos. Portanto, que saibamos pedir! E que tenhamos, como uma das lições de vida, a máxima "Dai a César o que é de César" (Marcos, Cap. XII, 13 a 17
Informações obtidas no Evangelho Segundo o Espiritismo, na sua 310ª edição (KARDEC, Allan, 2005; Cap. XI, p.145), revelam-nos que essa máxima não deve ser entendida de uma forma restritiva e absoluta, porque esse princípio é uma consequência daquele que manda agir para com os outros como quereríamos que os outros agissem para conosco; ele condena todo prejuízo material e moral acarretado a outrem, toda violação dos seus interesses; prescreve o respeito dos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeite os seus; entende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, assim como para com os indivíduos. Enfim, alerta-nos para nosso dever de restituir a cada um o que lhe é devido. Caso contrário, sofreremos pelas posses indevidas. E reclamaremos das dores e dos dissabores que nos são próprios, por pura atração e posse. Portanto, na totalidade, agradeça ao Pai; até mesmo o sucesso do outro que caminha ao seu lado. Ele é merecedor. E façamos nós por merecer!
João D'Olyveira
Vamos refletir?

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo sabendo que as rosas não falam...
Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro que nos espera
pode não ser tão alegre...
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,
eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes
de ver, reconhecer e retribuir, esta ajuda...
Que eu não perca o EQUILÍBRIO,
mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo
pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas que verei
no mundo escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda
são dois adversários extremamente perigosos...
Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida
são inúmeras e deliciosas...
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu...
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia
meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão
dos meus olhos e escorrerão
por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis
para manter a sua harmonia...
Que eu não perca a vontade de DOAR
ESTE ENORME AMOR
que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!
Que um pequeno grão de alegria e esperança
dentro de cada um é capaz
de mudar e transformar qualquer coisa, pois...
A Vida é construída nos sonhos e concretizada no AMOR!

(Francisco Cândido Xavier)

Por tantos motivos, agradeça!!!

HELEU e o platônico do amor


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P L A T U S

Hoje não foi diferente.,
porque o olhar refletira a mesma vontade, o mesmo desejo.
Não há como negar,
foi muito bom poder olhar pra você,
estar a seu lado.
E, mesmo que suavemente,
poder tocar de leve as suas mãos,
sentir seu cheiro.
Aliás, como é bom poder dizer que seu cheiro me mata,
e que é prazeroso cometer um suicídio perfumado!

No todo do fato que não se encerra,
apenas entendo que,
mesmo sendo uma vontade louca e avassaladora,
o prazer em estar com você é o que mais pesa 
na balança dos meus sentimentos.
Porque trato o nosso trato e não me maltrato.
E essa vontade é a de fazer amor por amor,
não apenas por prazer.

Tudo porque meu sentimento é puro,
não se sustentando apenas no pensar.
É sentimento que busca,
quase por completa,
a ação do amor e do fazê-lo!

Enquanto conversávamos,
mais uma outra vez,
e não diferente de todas as outras vezes
e vezes. 
Não resisti, mais uma vez,
e desenhei seus vermelhos e apetitosos lábios no ar.
E ao desenhá-los, beijei-os, acariciei-os.
No toque dos dedos, dupliquei-os.

Que vontade louca de poder beijar você, tocar você,
possuir em doação esse corpo que me atrai,
assim como em alma já o faço.
Mas, também, quanta dúvida nesta minha certeza...
É porque me sinto achado, mesmo estando perdido.
Por quê?

A resposta solicita mais tempo, mais vento, outro momento.
Não é assim tão simples como parece ser.
Confirmo, então, que
no momento estou tri-confuso!
Bi-duvidoso!
Uni-você! 
E ninguém mais!

A única certeza que quase carrego
é a de que já não sei quase mais nada
do quase nada que já sabia um dia.

Não sei se o tempo passou rapidamente.
Se rapidamente passou o tempo.
Não sei se passou o tempo.
Se estive a seu lado...

Não sei se passou o tempo que estive a seu lado.
Se estive a seu lado nesse passar do tempo...
Sei apenas que me senti o mais feliz dos mortais,
mesmo que por curto espaço de tempo,
a seu lado,
a sua frente,
observando você,
ouvindo você,
tendo você junto a mim.

E tudo isso enquanto um pequeno mundo me desprezava,
semelhantemente à ação que praticava com o próprio...

E na minha íntima indisciplina,
naqueles momento e mundo,
no mesmo mundo que nem meu mundo era,
porque não era mundo,
eu apenas sentia o amor.

Enquanto não reconhecia o meu próprio mundo,
enquanto me fazia único,
meu único mundo era você.

E nesse curtir das horas, entre papos e entreatos,
apenas um sorriso franco.
Sorriso de quem somente verdades me transmitia,
que no toque das mãos,
apenas verdades me oferecia.
Momento e ações que me faziam acreditar que este meu amor não é único,
não é unilateral.

E tudo porque existe um outro lado a ser desvendado...

Todavia,
nas conjunções da vida,
porém, contudo e,
adverbialmente, de repente,
a expressão que normalmente finda sonhos:

"Vamos?"

Aquela que, mesmo com cara de fim,
se apresenta como um duo convite:
embora ou em "boa hora"?

E na hora da partida,
um desejado abraço,
dois abraços,
três abraços e um beijo.

Um beijo,
mesmo que selado,
sem tipo,
esquisito.
Mas, um beijo.
O beijo que não poderia faltar...

Porque despedida sem beijo,
na versão poética mais popular,
é goibada sem queijo,
Julieta sem Romeu...

E esse beijo foi leve e profundo,
ação que serviu de alimento para esta nova história,
o qual me fez,
por momento,
sentir o mais feliz dos homens.
Que me fez repensar que dizer "te amo" era pouco.

Teria mesmo era que conjugar o verbo amar,
em todos os tempos desse amor.

Beijo que me fez acreditar que um dia serei mais atrevido,
antes que apenas o vele,
no aproximar de um possível adeus...

E tudo porque a vida,
sempre em demasia,
é e sempre será o resultado desse amor.

Amor que me é preciso e conciso,
porque necessariamente objetivo,
porque subjetivamente onipresente!

João D'Olyveira


O amor platônico é um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas [...] O medo de não atender aos anseios do objeto amado, o sentimento de desvalorização, incapacidade e desintegração podem contribuir para o não aproximar-se, amar a distância, impedindo que o indivíduo vivencie uma experiência de não só amar, mas sentir-se amado, não só cuidar e se preocupar, mas sentir-se acolhido, contido e amparado. Essa troca de experiências emocionais é que permite o sentimento de que amar e viver vale a pena, e nos ajuda a suportar as dificuldades e os conflitos do cotidiano.(Dra Marisilda Barros - Psicoterapeuta, in http://www.infonet.com.br/saude/).

HELEU e esse tal sentimento chamado amor

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Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.
(Santo Agostinho)

Não é a primeira vez que isto acontece, sendo assim sei que não deveria, todavia ainda me sinto um aprendiz. E dessa maratona, que somam décadas, ficam algumas certezas. Não nos bastam as lições e as fugas, esse tal amor sempre será o novo a nos perturbar. E não é retorno à adolescência, não. O amor é assim mesmo, nessa linguagem que lhe é única, independentemente da idade. Algo que nos é tão simples e, ao mesmo tempo, tão perturbador. Do tudo que lhe é inerente, o que nos resta é a eterna expressão: “Como é complicado o mecanismo do amor!”.

Interessante é como nos portamos, como agimos e a extensão das nossas ações. Hipérboles transitam no corpo e na alma. Nossa masturbação não é somente física, é mental também. Nossas ações confundem nosso cotidiano, que confunde nossas ações. E assim nos posicionamos por horas, por dias, por longo tempo. Curtimos o vago e o preenchemos de esperanças e desejos. E desejamos todos os desejos. Somam-se o puro e o sórdido, porque os dois são necessários aos amantes. Para os amantes não há limites, e se limitado não é amor, é ofício, é sacrifício. Mas o que é o amor senão um sacerdócio?

E nesse cotidiano dos fatos, olhamos para o telefone e desejamos que ele toque, que nos chame, que anuncie a pessoa amada a nos dizer algo, mesmo que seja um “Olá!”. E tudo porque um “olá” nessa altura é um texto sagrado. Depois, sentamo-nos frente a um micro e criamos alternativas para localizar a amada. Usamos todas as possibilidades eletrônicas. E tentamos, e recuamos, e nos declaramos, e nos escondemos em nossas próprias declarações. Criamos a possibilidade de que a pessoa amada nos seja íntima, como um filho, como um irmão. Para diferenciá-la damos-lhe outros nomes, apelidos. Coisa de doido, coisa de quem está a mando “de si próprio em dó”.

Um perigo é não ver a própria cara. Se nós pudéssemos nos ver no momento em que olhamos para os olhos da pessoa amada endoideceríamos perante a verdade revelada. Os olhos são reveladores sinceros. Já perceberam como os olhos ficam dilatados quando nos posicionamos frente à pessoa amada? E como eles brilham... E os poros? Eles se abrem, rasgam-se. Outra situação é o toque. Como desejamos tocar o ser amado. Passamos-lhe as mãos, roçamos-lhe o corpo, beijamos em pedaços. A vontade é “sapecar-lhe” um beijo safado, molhado, malcriado... Mas nos controlamos. Então, resta-nos uma música romântica, um filme romântico, um momento romântico. Resta-nos acreditar que tudo será possível, porque verdadeiro. E acreditamos nessa verdade, enquanto a verdade do tempo passa.

De repente tudo passa, não só o tempo. O que sentimos fica na medida, e o momento de êxtase se esvai, até surgir um próximo amor, porque o mais interessante não é a resposta, não é o ter, é poder sentir esse danado sentimento chamado amor, que nos faz vivos e prontos para outros amores ou para os amores antigos, que sempre nos serão novos, porque presentes. E se presentes, temos mais é que agradecer. Muito obrigado! Adorarei recebê-los em qualquer época do ano, e terei muito prazer em servi-los, porque não se ama sem serventia. E, quando falo sobre esse tal sentimento chamado amor, faço minhas as palavras de Jacques Philippe, que nos diz: “Apesar de raramente termos consciência disso, não há dúvida de que a necessidade mais profunda do ser humano é dar-se”.
João D'Olyveira

HELEU e o quase dezembro




CENA 12: Natal!

Num quase dezembro,
de cabeça cheia,
de olhos minguados e cheios de areia,
um corpo cansado, de barriga vazia,
com ombros caídos e rugas na cara,
resolveu aparecer.

Era mais um sobrevivente,
um operário quase indigente,
mais um otário do sistema sem ecos,
mais um protótipo da vítima social.

Vivia escondido nos cantos,
sem encantos,
apenas pó.
Sempre desmazelado,
de corpo presente,
desdentado,
ouvinte e só.

Sujeito que no final de ano visitava as luzes da praça,
admirava os presépios vivos,
observava atento as vitrinas das lojas sem liquidação.
Um qualquer vivente que somava sonhos a pesadelos,
independentemente do prazo e da ação.
E que ainda se torturava,
assistindo às cenas
que somente nesses sonhos protagonizou.

De longe,
via um homem que vendia,
uma mulher que embrulhava,
um filho que pedia,
outro que reclamava.
E um pai que atendia
sem nunca pestanejar.

E aquela mãe exagerada,
ele via.
E ela ria,
e ria,
tanto quase a gargalhar.

Via o outro que pagava
à vista o olho da cara;
e também se via no próprio,
que com cara de importante
apelava pro cartão.

E aquela imagem franzina,
que nada tinha de natalina,
abraçava calado ao filho,
que junto com ele calava na mesma dor .
Daí olhava pra barriga da esposa,
alisava-a,
e a ela pedia perdão.

E tudo cheirava a um crime não cometido,
por ser ele criminoso e vítima,
um bandido.
E tudo porque trabalhador.
E lá continuava ele...

Sempre espremido num canto,
sem encantos,
apenas pó,
era mais um pária desorientado,
mais que ausente,
desmotivado,
mais uma vez ouvinte e só.

E foi esse mesmo homem,
que no mesmo quase dezembro,
no mesmo quase final de ano,
que pelos seus desenganos,
quase se desiludiu,
quase se finalizou.

E que abençoado pela Providência Divina,
antes que o quase se completasse num canto;
encantado,
à beira do desencanto,
em cantos,
da praça a luz desejou.

Depois sorriu mesmo sem os dentes,
quando viu que o caminho se iluminou,
porque quase no findar das horas,
próximo da eternidade,
sentido pra vida encontrou.
Que não estava na loja,
muito menos era posse do revendedor.
Era uma Verdade inteira,
plena e até rasteira,
interna na sua própria vitrina humana,
aquela que todos têm,
e que nem sempre vêem,
e que pr’o próprio crescimento,
às vezes vem decorada de dor.

E o homem saiu do canto,
e até um hino cantou.
E de joelhos c’a família,
abençoado pela Virgem Maria,
dois dobrados de tempo orou.

Ele descobrira ali,
no momento em que ia se findar,
que dentre os seres viventes
todos têm o seu valor;
e que dentre os presentes,
só existe um presente:
que é o ser trabalhador.
E que independentemente das cifras,
que em todos os seus “natais”,
nunca lhe faltassem a paz
e o essencial AMOR!

João D'Olyveira

HELEU e o beijo







O BEIJO

Segundo o jornalista Miguel Valdivídia, no artigo “O que há em um beijo”, publicado no Site http://www.saudenainternet.com.br, " em suas diferentes manifestações, o beijo é a demonstração de afeto mais amplamente difundida pela sociedade. O tipo de relação que existe entre as pessoas que trocam o beijo é apenas definida pela sua intensidade e intenção, podendo caracterizar uma relação formal, familiar ou amorosa”. Valdivídia ainda afirma que "o beijo é um momento de alta comunicação e erotismo". Segundo o autor, " alguns casais têm observado que apenas beijos podem levá-los ao orgasmo”. Já para a ginecologista Elena Sepúlveda (no mesmo artigo), "um beijo, por mais erótico que seja, não envolve compromisso, mas leva à sensação de prazer e satisfaz a necessidade de contato entre as pessoas”.



TIPOS DE BEIJO

Tradicionalmente, conhece-se pelo nome de "beijo francês" aquele que é dado com a língua. Mas existem outros formatos, segundo a ocasião e o jeito praticado.




Beijo inclinado
Quando os parceiros inclinam suas cabeças para se beijar.


Beijo dirigido
Quando uma das pessoas segura a cabeça e o queixo da outra pessoa e depois a beija.


Beijo reto
Aquele no qual as cabeças aproximam-se em linha reta ou só um pouco inclinadas.


Beijo do lábio superior
O homem beija o lábio superior da boca da mulher, e ela beija o seu lábio inferior.


Beijo de grampo
Quando um dos namorados aperta os lábios do outro com os seus.


Beijo que acende o amor
Aquele dado ao outro quando dorme ou acorda, o qual irá levá-lo à paixão.

Beijo que distrai
Segundo informações retiradas do Kama Sutra, o beijo que é dado quando o outro está ocupado, e serve para distrair a mente e para dirigir o (a) amado (a) a pensamentos eróticos.


Beijo olfatório
Coloca-se o nariz sobre a superfície do órgão genital do parceiro e inala, supõe-se que seja freqüente no Egito, onde o termo “beijar” é utilizado para as ações de beijar e cheirar.


Fonte: http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/o-que-ha-em-um-beijo.php





Não sei se me inclinei,
se ele foi dirigido,
se agi com retidão.
Sei apenas que fiz acender o amor que adormecia há décadas.
Num dado momento,
num breve pedido de licença:
um beijo.
Lábios oportunos que se tocaram na cumplicidade noturna.
Depois o silêncio,
os olhares fixos,
o toque dos dedos nos lábios que foram beijados.

Com carinho,
um tímido pedido de perdão.
O que ouvi foi uma doce voz dizendo:
“não tem porquê”.
A expressão abriu uma imensa cratera de liberdade nos meus desejos.
Senti vontade de pedir um outro,
e meus olhos pediram por mim

No ainda leve novo toque dos lábios,
somei dois beijos,
este segundo junto à sacana vontade de “afrancesá-lo”.
De repente o desvio: um súbito beijo na testa,
sinal de respeito oferecido e resguardado.
No embaraço da ocasião e das ações,
restaram mãos que se tocaram e se acariciaram,
como a buscar alternativas coletivas.

E essas mesmas mãos foram beijadas seguidamente,
quase a dizer que somente nas mãos o beijo era permitido.
Mas foi um beijo no rosto que cessou aquela noite,
como já era normal noutras ocasiões,
sempre nas chegadas e nas saídas.

Restou-me apenas uma afirmação:
"depois que os lábios se tocam,nem tudo volta ao normal".
Porque ficou incompleto,
porque faltou o real do beijo,
porque faltou o outro.

João D’Olyveira



Beijo eterno

Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo,
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!
Fora, repouse em paz
]Dormindo em calmo sono a calma natureza,
Ou se debata, das tormentas presa,
Beija inda mais!
E, enquanto o brando calor
Sinto em meu peito de teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!
...
Diz tua boca: "Vem!"
Inda mais! diz a minha, a soluçar... Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
"Morde também!
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!


Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue: a alma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!


(Castro Alves)

E Shakespeare já havia anunciado:


“Beijos não são contratos.”
Quer saber mais sobre beijo? Beije sem medo de se apaixonar. Se...deixa rolar! 

HELEU e a verdade shakespeareana

Perguntei a um sábio
a diferença que havia
entre amor e amizade, e
ele me disse essa verdade shakespeareana:



"O Amor é mais sensível;
a Amizade, mais segura.
O Amor nos dá asas;
a Amizade, o chão.

No Amor há mais carinho;
na Amizade, compreensão.
O Amor é plantado
e, com carinho, cultivado;
a Amizade vem faceira, e, 
com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.

Quando o Amor, porém,  é sincero,
ele vem como um grande amigo;
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração."


Refleti muito sobre as palavras de William Shakespeare, todavia,
como é difícil travar um diálogo entre amor e amizade, entre amigos e amores,
entre...e por favor...não saia jamais!

João D'Olyveira



DESTAQUES DO MÊS