HELEU e a monoreflexão

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Mais uma vez,
o tempo se fez neutro.
Quase cinza, quase sem cor.
Oportunamente,
o inegável passado me veio à mente,
para me condenar.
E me condenou.
Pura acusação do tempo!

Desejei lágrimas, elas se recusaram a cair.
Desejei vozes, ouvi apenas uma expressão:
"Mea culpa, mea máxima culpa".

Sem forças, reconheci a verdade:
a culpa era realmente minha!
Porque sempre será nossa culpa
a situação na qual nos encontramos.


Emanamos tristeza porque atraimos tristeza.
Emanamos dissabores porque atraimos dissabores.
E por aí vai...
Vida é ação e reação!
Deus faz a parte que lhe cabe,
que possamos fazer a nossa!
E sem reclamar...Amém!

João D'Olyveira



Mais uma reflexão:


"Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!"


(Chico Xavier)

HELEU e as raízes do amor

RAIZES DO AMOR

Quando as raizes do nosso amor mostrarem a cara
Não me pergunte nada
Nem ultrapasse o tempo dos fatos
Por favor...
Deixe o tempo passar por si só!
Não me olhe de forma acusativa
Nem coloque palavras em minha boca
Por favor...
Deixe o tempo dizer a nossa verdade!
Não me julgue culpado ou inocente
Nem ignore o momento que tanto nos angustia
Por favor...
Deixe o tempo se tornar bálsamo!
Não me poupe da ação humana
Nem decida se fica ou se parte
Por favor...
Deixe o tempo apresentar seu natural esgotamento
E só então decida o fato
Sem entreatos
Em breves palavras
À luz do real momento...
E que seja sem mágoas
Sem farpas
Sem tapas
Sem mentiras...
Porque no amor não se ganha nem se perde
Ou se é presente porque é presente
Ou se é ausente porque nunca foi
Quem joga com o amor compete em posse
Porém...
Amar jamais será sinônimo de possuir!
Assim...
Quando as raizes do amor mostrarem a cara
Decida por enterrá-las ou faça tombar a árvore
Porque já ofereceu os frutos que deveria
Já promoveu sombras em demasia
Já vivenciou por vezes todas as estações...
E decida em qual estação descer!
Se o outro tiver que partir
Que parta em paz!
E que seja feliz!
Porque foi amado no seu e no próprio tempo...
João D'Olyveira

HELEU e o agradecer

Antes de reclamar dos outros e da vida; antes de ignorar as graças recebidas, agradeça. O agradecimento é a chave mestra do nosso sucesso, nosso mais puro vínculo com o Criador. Agradeça a tudo e a todos, em especial a seus pais, que lhe oportunizaram nascer. Por sua vez, justificado pelo seu livre arbítrio, o caminho a seguir é decisão própria. Então, não amaldiçoe aquilo que não tem. Inverta. Abençõe o que já lhe foi oferecido. Lembre-se de que muito se perde em função do nosso próprio descrédito, e também porque não focamos, como deveríamos, os nossos objetivos. Portanto, que saibamos pedir! E que tenhamos, como uma das lições de vida, a máxima "Dai a César o que é de César" (Marcos, Cap. XII, 13 a 17
Informações obtidas no Evangelho Segundo o Espiritismo, na sua 310ª edição (KARDEC, Allan, 2005; Cap. XI, p.145), revelam-nos que essa máxima não deve ser entendida de uma forma restritiva e absoluta, porque esse princípio é uma consequência daquele que manda agir para com os outros como quereríamos que os outros agissem para conosco; ele condena todo prejuízo material e moral acarretado a outrem, toda violação dos seus interesses; prescreve o respeito dos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeite os seus; entende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, assim como para com os indivíduos. Enfim, alerta-nos para nosso dever de restituir a cada um o que lhe é devido. Caso contrário, sofreremos pelas posses indevidas. E reclamaremos das dores e dos dissabores que nos são próprios, por pura atração e posse. Portanto, na totalidade, agradeça ao Pai; até mesmo o sucesso do outro que caminha ao seu lado. Ele é merecedor. E façamos nós por merecer!
João D'Olyveira
Vamos refletir?

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo sabendo que as rosas não falam...
Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro que nos espera
pode não ser tão alegre...
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,
eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes
de ver, reconhecer e retribuir, esta ajuda...
Que eu não perca o EQUILÍBRIO,
mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo
pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas que verei
no mundo escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda
são dois adversários extremamente perigosos...
Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida
são inúmeras e deliciosas...
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu...
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia
meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão
dos meus olhos e escorrerão
por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis
para manter a sua harmonia...
Que eu não perca a vontade de DOAR
ESTE ENORME AMOR
que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!
Que um pequeno grão de alegria e esperança
dentro de cada um é capaz
de mudar e transformar qualquer coisa, pois...
A Vida é construída nos sonhos e concretizada no AMOR!

(Francisco Cândido Xavier)

Por tantos motivos, agradeça!!!

HELEU e o platônico do amor


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P L A T U S

Hoje não foi diferente.,
porque o olhar refletira a mesma vontade, o mesmo desejo.
Não há como negar,
foi muito bom poder olhar pra você,
estar a seu lado.
E, mesmo que suavemente,
poder tocar de leve as suas mãos,
sentir seu cheiro.
Aliás, como é bom poder dizer que seu cheiro me mata,
e que é prazeroso cometer um suicídio perfumado!

No todo do fato que não se encerra,
apenas entendo que,
mesmo sendo uma vontade louca e avassaladora,
o prazer em estar com você é o que mais pesa 
na balança dos meus sentimentos.
Porque trato o nosso trato e não me maltrato.
E essa vontade é a de fazer amor por amor,
não apenas por prazer.

Tudo porque meu sentimento é puro,
não se sustentando apenas no pensar.
É sentimento que busca,
quase por completa,
a ação do amor e do fazê-lo!

Enquanto conversávamos,
mais uma outra vez,
e não diferente de todas as outras vezes
e vezes. 
Não resisti, mais uma vez,
e desenhei seus vermelhos e apetitosos lábios no ar.
E ao desenhá-los, beijei-os, acariciei-os.
No toque dos dedos, dupliquei-os.

Que vontade louca de poder beijar você, tocar você,
possuir em doação esse corpo que me atrai,
assim como em alma já o faço.
Mas, também, quanta dúvida nesta minha certeza...
É porque me sinto achado, mesmo estando perdido.
Por quê?

A resposta solicita mais tempo, mais vento, outro momento.
Não é assim tão simples como parece ser.
Confirmo, então, que
no momento estou tri-confuso!
Bi-duvidoso!
Uni-você! 
E ninguém mais!

A única certeza que quase carrego
é a de que já não sei quase mais nada
do quase nada que já sabia um dia.

Não sei se o tempo passou rapidamente.
Se rapidamente passou o tempo.
Não sei se passou o tempo.
Se estive a seu lado...

Não sei se passou o tempo que estive a seu lado.
Se estive a seu lado nesse passar do tempo...
Sei apenas que me senti o mais feliz dos mortais,
mesmo que por curto espaço de tempo,
a seu lado,
a sua frente,
observando você,
ouvindo você,
tendo você junto a mim.

E tudo isso enquanto um pequeno mundo me desprezava,
semelhantemente à ação que praticava com o próprio...

E na minha íntima indisciplina,
naqueles momento e mundo,
no mesmo mundo que nem meu mundo era,
porque não era mundo,
eu apenas sentia o amor.

Enquanto não reconhecia o meu próprio mundo,
enquanto me fazia único,
meu único mundo era você.

E nesse curtir das horas, entre papos e entreatos,
apenas um sorriso franco.
Sorriso de quem somente verdades me transmitia,
que no toque das mãos,
apenas verdades me oferecia.
Momento e ações que me faziam acreditar que este meu amor não é único,
não é unilateral.

E tudo porque existe um outro lado a ser desvendado...

Todavia,
nas conjunções da vida,
porém, contudo e,
adverbialmente, de repente,
a expressão que normalmente finda sonhos:

"Vamos?"

Aquela que, mesmo com cara de fim,
se apresenta como um duo convite:
embora ou em "boa hora"?

E na hora da partida,
um desejado abraço,
dois abraços,
três abraços e um beijo.

Um beijo,
mesmo que selado,
sem tipo,
esquisito.
Mas, um beijo.
O beijo que não poderia faltar...

Porque despedida sem beijo,
na versão poética mais popular,
é goibada sem queijo,
Julieta sem Romeu...

E esse beijo foi leve e profundo,
ação que serviu de alimento para esta nova história,
o qual me fez,
por momento,
sentir o mais feliz dos homens.
Que me fez repensar que dizer "te amo" era pouco.

Teria mesmo era que conjugar o verbo amar,
em todos os tempos desse amor.

Beijo que me fez acreditar que um dia serei mais atrevido,
antes que apenas o vele,
no aproximar de um possível adeus...

E tudo porque a vida,
sempre em demasia,
é e sempre será o resultado desse amor.

Amor que me é preciso e conciso,
porque necessariamente objetivo,
porque subjetivamente onipresente!

João D'Olyveira


O amor platônico é um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas [...] O medo de não atender aos anseios do objeto amado, o sentimento de desvalorização, incapacidade e desintegração podem contribuir para o não aproximar-se, amar a distância, impedindo que o indivíduo vivencie uma experiência de não só amar, mas sentir-se amado, não só cuidar e se preocupar, mas sentir-se acolhido, contido e amparado. Essa troca de experiências emocionais é que permite o sentimento de que amar e viver vale a pena, e nos ajuda a suportar as dificuldades e os conflitos do cotidiano.(Dra Marisilda Barros - Psicoterapeuta, in http://www.infonet.com.br/saude/).

HELEU e esse tal sentimento chamado amor

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Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.
(Santo Agostinho)

Não é a primeira vez que isto acontece, sendo assim sei que não deveria, todavia ainda me sinto um aprendiz. E dessa maratona, que somam décadas, ficam algumas certezas. Não nos bastam as lições e as fugas, esse tal amor sempre será o novo a nos perturbar. E não é retorno à adolescência, não. O amor é assim mesmo, nessa linguagem que lhe é única, independentemente da idade. Algo que nos é tão simples e, ao mesmo tempo, tão perturbador. Do tudo que lhe é inerente, o que nos resta é a eterna expressão: “Como é complicado o mecanismo do amor!”.

Interessante é como nos portamos, como agimos e a extensão das nossas ações. Hipérboles transitam no corpo e na alma. Nossa masturbação não é somente física, é mental também. Nossas ações confundem nosso cotidiano, que confunde nossas ações. E assim nos posicionamos por horas, por dias, por longo tempo. Curtimos o vago e o preenchemos de esperanças e desejos. E desejamos todos os desejos. Somam-se o puro e o sórdido, porque os dois são necessários aos amantes. Para os amantes não há limites, e se limitado não é amor, é ofício, é sacrifício. Mas o que é o amor senão um sacerdócio?

E nesse cotidiano dos fatos, olhamos para o telefone e desejamos que ele toque, que nos chame, que anuncie a pessoa amada a nos dizer algo, mesmo que seja um “Olá!”. E tudo porque um “olá” nessa altura é um texto sagrado. Depois, sentamo-nos frente a um micro e criamos alternativas para localizar a amada. Usamos todas as possibilidades eletrônicas. E tentamos, e recuamos, e nos declaramos, e nos escondemos em nossas próprias declarações. Criamos a possibilidade de que a pessoa amada nos seja íntima, como um filho, como um irmão. Para diferenciá-la damos-lhe outros nomes, apelidos. Coisa de doido, coisa de quem está a mando “de si próprio em dó”.

Um perigo é não ver a própria cara. Se nós pudéssemos nos ver no momento em que olhamos para os olhos da pessoa amada endoideceríamos perante a verdade revelada. Os olhos são reveladores sinceros. Já perceberam como os olhos ficam dilatados quando nos posicionamos frente à pessoa amada? E como eles brilham... E os poros? Eles se abrem, rasgam-se. Outra situação é o toque. Como desejamos tocar o ser amado. Passamos-lhe as mãos, roçamos-lhe o corpo, beijamos em pedaços. A vontade é “sapecar-lhe” um beijo safado, molhado, malcriado... Mas nos controlamos. Então, resta-nos uma música romântica, um filme romântico, um momento romântico. Resta-nos acreditar que tudo será possível, porque verdadeiro. E acreditamos nessa verdade, enquanto a verdade do tempo passa.

De repente tudo passa, não só o tempo. O que sentimos fica na medida, e o momento de êxtase se esvai, até surgir um próximo amor, porque o mais interessante não é a resposta, não é o ter, é poder sentir esse danado sentimento chamado amor, que nos faz vivos e prontos para outros amores ou para os amores antigos, que sempre nos serão novos, porque presentes. E se presentes, temos mais é que agradecer. Muito obrigado! Adorarei recebê-los em qualquer época do ano, e terei muito prazer em servi-los, porque não se ama sem serventia. E, quando falo sobre esse tal sentimento chamado amor, faço minhas as palavras de Jacques Philippe, que nos diz: “Apesar de raramente termos consciência disso, não há dúvida de que a necessidade mais profunda do ser humano é dar-se”.
João D'Olyveira

HELEU e o quase dezembro




CENA 12: Natal!

Num quase dezembro,
de cabeça cheia,
de olhos minguados e cheios de areia,
um corpo cansado, de barriga vazia,
com ombros caídos e rugas na cara,
resolveu aparecer.

Era mais um sobrevivente,
um operário quase indigente,
mais um otário do sistema sem ecos,
mais um protótipo da vítima social.

Vivia escondido nos cantos,
sem encantos,
apenas pó.
Sempre desmazelado,
de corpo presente,
desdentado,
ouvinte e só.

Sujeito que no final de ano visitava as luzes da praça,
admirava os presépios vivos,
observava atento as vitrinas das lojas sem liquidação.
Um qualquer vivente que somava sonhos a pesadelos,
independentemente do prazo e da ação.
E que ainda se torturava,
assistindo às cenas
que somente nesses sonhos protagonizou.

De longe,
via um homem que vendia,
uma mulher que embrulhava,
um filho que pedia,
outro que reclamava.
E um pai que atendia
sem nunca pestanejar.

E aquela mãe exagerada,
ele via.
E ela ria,
e ria,
tanto quase a gargalhar.

Via o outro que pagava
à vista o olho da cara;
e também se via no próprio,
que com cara de importante
apelava pro cartão.

E aquela imagem franzina,
que nada tinha de natalina,
abraçava calado ao filho,
que junto com ele calava na mesma dor .
Daí olhava pra barriga da esposa,
alisava-a,
e a ela pedia perdão.

E tudo cheirava a um crime não cometido,
por ser ele criminoso e vítima,
um bandido.
E tudo porque trabalhador.
E lá continuava ele...

Sempre espremido num canto,
sem encantos,
apenas pó,
era mais um pária desorientado,
mais que ausente,
desmotivado,
mais uma vez ouvinte e só.

E foi esse mesmo homem,
que no mesmo quase dezembro,
no mesmo quase final de ano,
que pelos seus desenganos,
quase se desiludiu,
quase se finalizou.

E que abençoado pela Providência Divina,
antes que o quase se completasse num canto;
encantado,
à beira do desencanto,
em cantos,
da praça a luz desejou.

Depois sorriu mesmo sem os dentes,
quando viu que o caminho se iluminou,
porque quase no findar das horas,
próximo da eternidade,
sentido pra vida encontrou.
Que não estava na loja,
muito menos era posse do revendedor.
Era uma Verdade inteira,
plena e até rasteira,
interna na sua própria vitrina humana,
aquela que todos têm,
e que nem sempre vêem,
e que pr’o próprio crescimento,
às vezes vem decorada de dor.

E o homem saiu do canto,
e até um hino cantou.
E de joelhos c’a família,
abençoado pela Virgem Maria,
dois dobrados de tempo orou.

Ele descobrira ali,
no momento em que ia se findar,
que dentre os seres viventes
todos têm o seu valor;
e que dentre os presentes,
só existe um presente:
que é o ser trabalhador.
E que independentemente das cifras,
que em todos os seus “natais”,
nunca lhe faltassem a paz
e o essencial AMOR!

João D'Olyveira

HELEU e o beijo







O BEIJO

Segundo o jornalista Miguel Valdivídia, no artigo “O que há em um beijo”, publicado no Site http://www.saudenainternet.com.br, " em suas diferentes manifestações, o beijo é a demonstração de afeto mais amplamente difundida pela sociedade. O tipo de relação que existe entre as pessoas que trocam o beijo é apenas definida pela sua intensidade e intenção, podendo caracterizar uma relação formal, familiar ou amorosa”. Valdivídia ainda afirma que "o beijo é um momento de alta comunicação e erotismo". Segundo o autor, " alguns casais têm observado que apenas beijos podem levá-los ao orgasmo”. Já para a ginecologista Elena Sepúlveda (no mesmo artigo), "um beijo, por mais erótico que seja, não envolve compromisso, mas leva à sensação de prazer e satisfaz a necessidade de contato entre as pessoas”.



TIPOS DE BEIJO

Tradicionalmente, conhece-se pelo nome de "beijo francês" aquele que é dado com a língua. Mas existem outros formatos, segundo a ocasião e o jeito praticado.




Beijo inclinado
Quando os parceiros inclinam suas cabeças para se beijar.


Beijo dirigido
Quando uma das pessoas segura a cabeça e o queixo da outra pessoa e depois a beija.


Beijo reto
Aquele no qual as cabeças aproximam-se em linha reta ou só um pouco inclinadas.


Beijo do lábio superior
O homem beija o lábio superior da boca da mulher, e ela beija o seu lábio inferior.


Beijo de grampo
Quando um dos namorados aperta os lábios do outro com os seus.


Beijo que acende o amor
Aquele dado ao outro quando dorme ou acorda, o qual irá levá-lo à paixão.

Beijo que distrai
Segundo informações retiradas do Kama Sutra, o beijo que é dado quando o outro está ocupado, e serve para distrair a mente e para dirigir o (a) amado (a) a pensamentos eróticos.


Beijo olfatório
Coloca-se o nariz sobre a superfície do órgão genital do parceiro e inala, supõe-se que seja freqüente no Egito, onde o termo “beijar” é utilizado para as ações de beijar e cheirar.


Fonte: http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/o-que-ha-em-um-beijo.php





Não sei se me inclinei,
se ele foi dirigido,
se agi com retidão.
Sei apenas que fiz acender o amor que adormecia há décadas.
Num dado momento,
num breve pedido de licença:
um beijo.
Lábios oportunos que se tocaram na cumplicidade noturna.
Depois o silêncio,
os olhares fixos,
o toque dos dedos nos lábios que foram beijados.

Com carinho,
um tímido pedido de perdão.
O que ouvi foi uma doce voz dizendo:
“não tem porquê”.
A expressão abriu uma imensa cratera de liberdade nos meus desejos.
Senti vontade de pedir um outro,
e meus olhos pediram por mim

No ainda leve novo toque dos lábios,
somei dois beijos,
este segundo junto à sacana vontade de “afrancesá-lo”.
De repente o desvio: um súbito beijo na testa,
sinal de respeito oferecido e resguardado.
No embaraço da ocasião e das ações,
restaram mãos que se tocaram e se acariciaram,
como a buscar alternativas coletivas.

E essas mesmas mãos foram beijadas seguidamente,
quase a dizer que somente nas mãos o beijo era permitido.
Mas foi um beijo no rosto que cessou aquela noite,
como já era normal noutras ocasiões,
sempre nas chegadas e nas saídas.

Restou-me apenas uma afirmação:
"depois que os lábios se tocam,nem tudo volta ao normal".
Porque ficou incompleto,
porque faltou o real do beijo,
porque faltou o outro.

João D’Olyveira



Beijo eterno

Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo,
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!
Fora, repouse em paz
]Dormindo em calmo sono a calma natureza,
Ou se debata, das tormentas presa,
Beija inda mais!
E, enquanto o brando calor
Sinto em meu peito de teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!
...
Diz tua boca: "Vem!"
Inda mais! diz a minha, a soluçar... Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
"Morde também!
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!


Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue: a alma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!


(Castro Alves)

E Shakespeare já havia anunciado:


“Beijos não são contratos.”
Quer saber mais sobre beijo? Beije sem medo de se apaixonar. Se...deixa rolar! 

HELEU e a verdade shakespeareana

Perguntei a um sábio
a diferença que havia
entre amor e amizade, e
ele me disse essa verdade shakespeareana:



"O Amor é mais sensível;
a Amizade, mais segura.
O Amor nos dá asas;
a Amizade, o chão.

No Amor há mais carinho;
na Amizade, compreensão.
O Amor é plantado
e, com carinho, cultivado;
a Amizade vem faceira, e, 
com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.

Quando o Amor, porém,  é sincero,
ele vem como um grande amigo;
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração."


Refleti muito sobre as palavras de William Shakespeare, todavia,
como é difícil travar um diálogo entre amor e amizade, entre amigos e amores,
entre...e por favor...não saia jamais!

João D'Olyveira



HELEU e a saudade

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S A U D A D E


Hoje o dia se apresentou morno, quase triste, quase noite, quase. O Sol não apareceu, as flores não perfumaram o ar, os pássaros não cantaram e nem rodopiaram nas árvores. As próprias árvores emudeceram os galhos e as folhas. Eu emudeci minha existência, sem vento, sem medo, sem tempo. A vontade era de permanecer na cama, como paciente, como vítima, como apenas corpo. E tudo porque o dia se apresentou morno, quase triste, quase noite, quase morto. Não desejei o aroma do café, nem o sabor da fruta. Até a pureza da água fora por mim esquecida. Não apareci, não perfumei, não cantei, não rodopiei. Apenas me emudeci, quase triste, quase noite, quase. Depois registrei o fato, quase triste, quase noite, quase morto. Que saudade de minha mãe!


João D'Olyveira

HELEU e a imaginação

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Q U E M S E R Á ?


Quem será que vem de Marte para me visitar?
Quem será que vem da Lua para me levar
Quem será que me espera para o jantar?
Juro que não sei...não sei!


Quem será que me dará prazer,
Nessa viagem para o além?
Quem será que me receberá?
Será você...meu bem?


Quem será que pintará o nosso infinito?
Quem agora ouvirá meu grito de paixão?
Será a aurora azulada?
Será você...meu bem?

Então venha...não se arrependa, não!

João D'Olyveira 


Inspiração - 11/jul/2008-22h10min -Santo Antônio do Pinhal/SP

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